O País – A verdade como notícia

A selecção nacional de futebol defronta, amanhã, às 21h00 de Maputo, o Senegal em desafio da 3ª jornada do grupo L de qualificação para o CAN Costa do Marfim 2024. À entrada desta ronda, os Mambas ocupam a 2ª posição com quatro pontos, num grupo liderado pelos “Leões de Teranga”, com seis.

Contrariar as estatísticas que dão vantagem aos campeões africanos – venceram cinco dos sete jogos com os Mambas e empataram dois – e aguentar a enorme carga de pressão no “infernal” que se advinha no Estádio Abdoulaye Wade são elementos essenciais para os Mambas saírem de Dakar, Senegal, com um resultado positivo.

Aliás, os dados apontam para mais de 50 mil espectadores que estarão a apoiar a equipa da casa.

É preciso que, hoje, o combinado nacional seja uma equipa coesa, com ideias claras e precisas, optimizando as suas saídas para o ataque e abrindo espaços num conjunto que vai, seguramente, instalar-se no último reduto do seu adversário.

A jogar em casa, o Senegal vai entrar a pressionar para, desde logo, resolver o jogo. Aos Mambas recomenda-se que sejam solidários e seguros a defender. Ademais, a selecção nacional deverá anular as unidades mais influentes do Senegal, sobretudo o avançado e capitão Sadio Mané.

Com o Senegal, prevê-se, a assumir as despesas e rédeas de jogo, os Mambas podem em contra golpe surpreender os donos da casa. Os homens de ataque a serem escalados pelo seleccionador nacional devem ser mais lestos, movimentando-se com rapidez e abrindo espaços para gizar à baliza contrária. Os Mambas partem para este desafio com duas baixas de vulto, nomeadamente Reinildo Mandava, jogador que se lesionou no embate entre o Atlético Madrid.

ARBITRAGEM DA LÍBIA

O jogo entre as selecções nacionais de Senegal e de Moçambique será por um quarteto de arbitragem da Líbia, que será chefiado por Mutaz Ibrahim (árbitro principal) tendo como auxiliares Attia Amsaad e Wahed Al Jahawe. Abdulrazg Ahmed foi indicado como quarto árbitro.

Já o segundo embate, na terça-feira, 28 de Março, terá como arbitragem um quarteto do Marrocos constituído por Jalal Jayed (árbitro principal) que será auxiliado por Yahya Nouali e Abdessamad Abertoune. Por sua vez, Adil Zourak foi nomeado pela Confederação Africana de Futebol como quarto árbitro.

O PALCO DO JOGO

O duelo Senegal vs Moçambique realiza-se no Estádio Olímpico de Diamniadio, formalmente conhecido como Estádio Abdoulaye Wade. Trata-se de um estádio multiúso localizado em Diamniadio, distrito de Dakar, capital do Senegal. Inaugurado oficialmente a 22 de Fevereiro de 2022, o recinto desportivo é utilizado principalmente para competições de futebol, rugby e atletismo e conta com capacidade máxima para 50 000 espectadores. O estádio foi construído para acolher as cerimónias de abertura e de encerramento, bem como as competições de futebol, rugby e atletismo dos Jogos Olímpicos de Verão da Juventude de 2026.

O seleccionador nacional de futebol, Chiquinho Conde, diz que os problemas são sempre os mesmos e que teve que se adaptar às condições encontradas no terreno, neste caso no Senegal. Conde teve mesmo que orientar a sessão de treinos de quarta-feira num relvado já desgastado e com piso irregular contra todos os riscos de lesões a serem contraídas pelos jogadores. Isto, de resto, nas vésperas de dois jogos importantes na caminhada de Moçambique rumo ao CAN Costa do Marfim 2024.

“Estou aqui de corpo e alma, dando o melhor de mim, dentro daquilo que sei para transmitir confiança aos jogadores, independentemente das condições que aqui estão”, começou por dizer o seleccionador nacional de futebol que, em Janeiro, teve que gerir o “barulho” dos atletas que reclamavam melhorias na premiação aquando do CHAN.

Mas mais do que sentar na poltrona e ficar a reclamar, Chiquinho Conde teve que arregaçar as mangas e começar a projectar o jogo desta sexta-feira, mesmo debaixo de condicionalismos.

“Tivemos que ajustar em função do estado do terreno, porque o desgaste é muito grande. Pese embora as dificuldades, não vale a pena estarmos a bater o ceguinho e nem chorar”, realçou para depois disparar: “.Os problemas, infelizmente, são sempre os mesmos, troca-se o disco e a música é sempre a mesma. Mas a resiliência é isso. É nós nos adaptarmos ao mundo e não o mundo adaptar-se a nós”.

O capitão dos Mambas, Domingues, deu voz ao grupo de trabalho para manifestar a indignação com as condições encontradas em Dakar, Senegal.

A começar, pois claro, com o péssimo estado do piso do Stade Iba Mar Diop, onde os Mambas realizaram a sessão de treinos na quarta-feira. É que, segundo o craque, os jogadores podem sofrer lesões devido à irregularidade do piso.

“São situações que a gente já vem reclamando com a federação. E eu acho que não é bom. A maioria dos jogadores vem dos clubes, onde as condições são boas e quando chegamos e apanhamos situações destas é desagradável. Queremos sempre boas condições”, chamou atenção o jogador com mais internacionalizações pelos Mambas.

Ainda na condição de porta-voz do grupo de trabalho, sublinhe-se, Domingues ajuntou que “encontramos aqui um campo que não está em condições, um campo um bocado rijo, as condições do campo não são boas e os jogadores podem ter lesões”.

E deixou ficar um recado ao elenco da Federação Moçambicana de Futebol (FMF): “Acho que podem melhorar as condições no futuro”.

Mas não se ficou por aqui na apresentação do rol de preocupações dos jogadores dos Mambas. A questão de acomodação veio, uma vez mais, ao de cima.

“Tem a situação do próprio hotel. Acho que para uma selecção como Moçambique ou outra que estivesse cá, tinham que melhorar. Não é um hotel para que uma equipa profissional esteja lá”.

O combinado nacional realizou uma sessão de treinos esta quarta-feira, com todos os jogadores convocados por Chiquinho Conde, esperando-se que se realize mais uma, esta quinta-feira, de reconhecimento do relvado do Estádio Abdoulaye Wade, local do jogo.

Chegaram na noite de terça-feira e não houve espaço para a realização do treino de recuperação física, tal como pretendia Chiquinho Conde, no seu plano de trabalhos.

Ainda que a viagem tenha sido repartida, o chefe da delegação e vice-presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Jorge Bambo, deu garantias de que todos os jogadores estão em boas condições, quer de saúde quer físicas, para defrontar o Senegal.

“Vê-se alegria nos jogadores e estão todos em condições. Acredito que teremos uma boa prestação diante do Senegal. Encontramos no hotel, em Dakar, jogadores que vieram da Europa, na companhia do mister Chiquinho Conde”, disse Jorge Bambo.

Esta quarta-feira, os Mambas estiveram num dos campos perto do hotel onde estão hospedados para o primeiro treino de conjunto, onde a prioridade foi a recuperação física, mas também os trabalhos técnicos-tácticos, com destaque para o sector defensivo, onde o seleccionador nacional quer maior concentração e dinamismo.

É ambição do seleccionador nacional, demonstrada no treino desta quarta-feira, ter uma equipa aguerrida e focada em todos os sectores, e deverá montar uma equipa para jogar em bloco baixo, ou seja, mais defensivo, e a priorizar os contra-ataques para tentar surpreender.

Hoje, quinta-feira, os Mambas realizam o treino de adaptação ao recinto da partida à hora do jogo, ou seja, 19 horas locais, 21 horas de Maputo.

 

CONDIÇÕES ENCONTRADAS SÃO PÉSSIMAS

Entretanto, algumas condições encontradas pelos Mambas em Dakar não são do agrado da delegação, uma vez que não são as que esperavam encontrar naquele país. O vice-presidente para as selecções nacionais, Martinho Mucuane, ou simplesmente Paíto, lamentou a situação e pediu desculpas aos jogadores.

“O campo que nos foi oferecido para treinar é péssimo e sem condições mínimas para a prática de futebol. É de lamentar, porque os jogadores são profissionais e merecem boas condições para trabalhar, e é prejudicial para uma selecção. Por isso, peço desculpas a estes profissionais que fizeram tantos quilómetros para estar aqui e encontrarem estas condições. Até o próprio hotel não tem condições para receber uma selecção”, disse Paíto ao RM Desporto.

Paíto disse ainda que houve falha da equipa de avanço na escolha do hotel e do campo para os Mambas. “Se Moçambique almeja estar no topo das grandes selecções africanas, temos que começar nós mesmos, como federação – [e] os nossos parceiros – a criar melhores condições para os jogadores. Deparamo-nos com esta situação logo de manhã e já não temos como mudar isto. Enviámos uma equipa para vir preparar esta chegada e confiamos nela, mas, claramente, eles falharam na escolha do campo e nós, como federação, temos que assumir esta responsabilidade”, acrescentou Paíto.

Domingues, capitão dos Mambas, também lamentou as condições oferecidas para os trabalhos da selecção nacional. “São situações que já viemos reclamando com a Federação, acho que não é bom, a maioria dos jogadores vem dos clubes e as condições são boas e quando chegamos à selecção encontramos estas situações é desagradável treinar num piso duro e propenso a lesões. Por outro lado, temos a questão do hotel que não é para o nível de uma selecção como Moçambique, temos que encontrar condições para uma equipa profissional”, comentou Domingues.

Houve ainda espaço para o baptismo a Gion Chande, novo membro do banco de dados dos Mambas, que mostrou-se satisfeito por poder integrar a selecção de Moçambique e disse estar integrado no conjunto.

Chande disse que vai trabalhar a todo gás por forma a merecer a escolha de Conde para o embate frente ao Senegal. “Estou muito satisfeito por juntar-me ao grupo pela primeira vez. Ontem (terça-feira) fizemos uma viagem longa e agora estamos já a trabalhar no Senegal, estou entusiasmado para as duas próximas partidas. Não conhecia ninguém e a equipa está feliz por me ver e receber, é um grupo simpático e alegre”, disse Gion Chande.

Os Mambas procuram um resultado satisfatório nas terras de Sadio Mané, para receber o Senegal, a 28 deste mês, com alguma margem de possibilidade de qualificação para o CAN 2023, que terá lugar na Costa do Marfim.

 

ALIOU CISSÉ DIZ QUE MOÇAMBIQUE É ADVERSÁRIO DIRECTO

O seleccionador nacional de futebol do Senegal já começou a fazer a antevisão ao jogo da próxima sexta-feira diante dos Mambas, em Dakar, e assume que é o adversário directo no grupo, no que diz respeito à qualificação para a fase final do Campeonato Africano das Nações da Costa do Marfim, em Janeiro e Fevereiro de 2024.

Aliou Cissé, treinador do Senegal, assumiu, em conferência de imprensa que marcou o arranque dos trabalhos de preparação dos leões de Teranga, que “Moçambique é o nosso adversário directo do grupo”.

Para o seleccionador senegalês, as duas próximas jornadas, diante dos Mambas, são as mais importantes para a qualificação da sua selecção para o CAN 2023. O técnico da selecção do Senegal assume que Moçambique, adversário que soma quatro pontos, vai apresentar dificuldades aos Leões de Teranga por ser bem treinada e possuir jogadores interessantes.

“Temos uma terceira e quarta jornadas muito importantes e não podemos esquecer que iremos disputar as nossas duas últimas jornadas fora de casa, contra Ruanda e Benim. Então, vencer os próximos dois jogos pode ajudar-nos, principalmente porque é contra uma equipa que é nosso adversário directo com 4 pontos, difícil de vencer e que tem alguns jogadores interessantes”, disse Aliou Cissé.

A selecção do Senegal iniciou a preparação na terça-feira, um dia antes dos Mambas, e está focada em vencer o jogo. Cissé diz mesmo que “estamos a preparar-nos para perturbar o nosso adversário e conquistar os três pontos”.

Aliás, Aliou Cissé acredita que os Mambas foram bem supervisionados e, por isso, a sua selecção está a preparar uma surpresa para conquistar os três pontos.

Senegal é líder do grupo L de qualificação para o CAN da Costa do Marfim com seis pontos, fruto de duas vitórias conquistadas diante do Benim e Ruanda, respectivamente.

Moçambique regressa à casa sem medalhas na edição deste ano do Campeonato do Mundo de Boxe, que decorre na Índia, depois das eliminações de Alcinda Panguana e Rady Gramane, esta quarta-feira, nos quartos-de-final. Benilde Macarringue terminou nas eliminatórias e Helena Bagão terminou nos oitavos-de-final

Foi sem sucesso, desta vez, a participação de Moçambique no Campeonato do Mundo de Boxe, em Nova Deli, Índia. Sem medalhas nem muita glória, as pugilistas moçambicanas regressam à casa em branco.

Rady Gramane foi a última a ser eliminada na competição, no embate diante da indiana Lovlina Borgohain, na categoria dos 70-75kg.

Apesar da forte entrada da Rady no combate, a indiana aproveitou-se da sua altura e braços longos para “atirar” golpes certeiros contra a moçambicana e, por isso, não estranhou que, no primeiro assalto, tivesse saído com a pontuação máxima do jurado: 50-45, ou seja 5-0.

Havia que se fazer mais alguma coisa por parte de Rady Gramane no segundo assalto, que tentava “ir com tudo” para cima da adversária, mas, mais uma vez, a pujança de Lovlina veio ao de cima.

No final do segundo assalto, Gramane tinha conseguido a pontuação máxima (10 pontos) apenas de um membro do júri, enquanto Lovlina somava quatro pontuações máximas.

No terceiro e último assalto, Rady Gramane ainda tentou forçar um KO para sair vitoriosa, mas as suas tentativas “morriam” no ar, uma vez que Lovlina Borgohain controlava os golpes e o tempo.

Fim do combate, 5-0 para a indiana, que assim passa para as meias-finais e arrecada a quarta medalha para o seu país, enquanto Rady, tal como Alcinda Panguana, termina nos “quartos”, sem conseguir defender o bronze conquistado ano passado.

Participação inglória de Moçambique neste mundial, depois de dois anos de muita alegria e conquistas. Resta, agora, a preparação para a qualificação aos Jogos Olímpicos, em Agosto próximo, onde as pugilistas vão procurar um lugar na maior competição interplanetária do desporto.

Em breve, chega o Campeonato do Mundo de masculinos e, novamente, Moçambique estará presente, à procura de medalhas e da desforra às eliminações dos femininos.

 

ALCINDA PANGUANA TERMINA NOS “QUARTOS” E FALHA MEDALHAS

A pugilista moçambicana Alcinda Panguana voltou a perder no frente-a-frente com Kaye Frances Scott, da Austrália, desta vez no Campeonato do Mundo de Nova Deli, na Índia. Panguana terminou os três assaltos em grande estilo, mas a decisão dos cinco juízes acabou por não ser favorável à moçambicana.

O resultado final do jurado foi de 5-2 a favor da australiana, que, depois de ter vencido nos Jogos das Commonwealth, voltou a levar a melhor sobre a pugilista moçambicana e campeã africana.

No primeiro assalto, o jurado atribuiu 47 pontos a Panguana, enquanto Kaye Scott somava 48. No segundo assalto, os resultados inverteram-se, sendo que Panguana terminou com 48 pontos e a australiana com 47.

A decisão final ficou para o último assalto, altura em que Alcinda Panguana recebeu dois avisos do juiz principal, além de ter visto uma contagem sobre si, depois de um golpe da adversária.

No fim das contas, a pugilista moçambicana acabou por perder na decisão final por 5-2.

Alcinda Panguana, na categoria de 66-70 kg, e Rady Gramane, nos 70 -75 kg, procuram hoje garantir a conquista de medalhas no Campeonato do Mundo de Boxe Feminino, competição que decorre em Nova Deli, na Índia. As pugilistas disputam os quartos-de-final da prova com a final no horizonte. O combate de Alcinda Panguana está marcado para às 12h de Maputo. Já Rady Gramane combate às 14h de Maputo.

É, tal como a própria Alcinda Panguana fez questão de sublinhar, um combate de “revanche” diante da australiana Kaye Scott. Dito de outro modo: de “tira teimas”. Porque, ao recuarmos a fita dos Jogos da Commonwealth de Birmingham, no Reino Unido, vem logo à memória a derrota da pugilista moçambicana frente a Kaye Scott por 4-1, uma decisão apenas confirmada após a recorrência ao “split decision (ndr: quando alguns árbitros dão vitória a uma atleta e outros definem a outra como vencedora).

Hoje, em Nova Deli, na Índia, Alcinda Panguana entra com tudo no ringue para “derrubar” Kaye Scott, na categoria dos 66-70 kg, ciente, outrossim, das dificuldades que poderá enfrentar, mas sempre com firmeza na vitória.

Ademais, está bastante motivada depois de ter eliminado, na “ronda anterior”, a húngara Regina Lakos, que até tentou oferecer alguma resistência no ringue. “Estou muito feliz por ter passado para os quartos-de-final. Tenho uma adversária complicada que é indiana. Eles são os donos da casa.

Eu vou tentar dar o meu melhor para chegar àquele que foi o meu lugar no pódio que foi na Turquia. Vou tentar manter o terceiro lugar ou subir ainda mais. Agora vamos para a próxima fase que é uma ‘revanche’. Ela ganhou-me na Inglaterra, então, agora, vou com tudo acima dela.

Queremos a vitória para levar para casa. Nós queremos trazer a vitória para o país”, disse, convicta, a vice-campeã do mundo.

Panguana reconheceu, antes mesmo de fazer a antevisão do combate de hoje, ter tido algumas dificuldades frente a húngara. “O jogo foi um bocado difícil, porque eu não conhecia a adversária. Ela é muito persistente, mas consegui ultrapassar esta fase.”

O passado fica para trás. Hoje, os moçambicanos estarão de olhos virados para Nova Deli e, certamente, a “torcer” para que Alcinda Panguana volte a fazer história.

GRAMANE TAMBÉM ENTRA EM CENA HOJE

Ainda hoje, entra em cena Rady Gramane, pugilista que vai procurar levar a melhor sobre a indiana Lovlina Borgohain, na categoria dos 70-75 kg. Gramane, medalha de bronze no Mundial da Turquia, vai procurar apresentar argumentos para vencer uma pugilista que também esteve presente nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Com uma série de resultados encorajadores nas últimas provas, sendo de destacar a medalha de bronze açambarcada em Fevereiro deste ano, no Golden Belt Series de Marraquexe, Rady Gramane está bastante motivada e com ambição de voltar a conquistar uma medalha.

Por sua vez, o seleccionador nacional de boxe, Lucas Sinoia, considera que a transição para os quartos-de-final foi mais “um passo” nos objectivos traçados pela delegação moçambicana. Sinoia não coloca o Mundial de Boxe Feminino como a grande meta.

“Feliz. Ganhámos. Foi mais um passo. Como eu dizia, vamos passo a passo. O nosso foco, realmente, é para qualificação este ano e não apenas nesta competição. Esta competição, sim, serve, mas o nosso foco maior é a qualificação. As atletas estão a dar o seu melhor. Gostava de agradecer ao público pelo enorme apoio”, agradeceu.

GABRIEL JÚNIOR PREOCUPADO COM A SITUAÇÃO DE BAGÃO

O Presidente da Federação Moçambicana de Boxe (FMB), Gabriel Júnior, manifestou a sua insatisfação com o reagendamento do combate de Helena Bagão, pugilista que acabou por ser afastada da prova. Segundo o dirigente desportivo, a FMB já fez chegar a sua indignação à organização do evento: “Estamos a discutir isso com a organização”, assegurou Gabriel Júnior.

 

GABRIEL JÚNIOR NA CONFERÊNCIA DA IBA SOBRE MULHER NO DESPORTO

A Conferência Internacional de Mulheres e Desportos da Associação Internacional de Boxe realiza-se esta sexta-feira, 24 de Março, em Nova Deli, Índia, palco do Campeonato Mundial Feminino da IBA.

O evento contará, entre outros, com a participação do Presidente da Federação Moçambicana de Boxe, Gabriel Júnior.

O programa divulgado pela IBA (International Boxing Association) indica que figuras importantes e atletas da Federação de Boxe da Índia irão debater temas relacionados com a chamada “nobre arte”.

Os principais administradores de boxe estarão entre os palestrantes, incluindo o presidente da IBA, Umar Kremlev, e o presidente da Federação de Boxe da Índia, Ajay Singh, enquanto vários outros representantes da IBA também contribuirão para as discussões, incluindo os membros do conselho Pearl Dlamini, Dian Gomes, Marta Forcen Celaya, Kristy Harris, Elise Seignolle e Zsuzsanna Toth.

Neha Anand, executiva sénior da Mahindra Automotive, estará entre os palestrantes do evento. A conferência, organizada pela IBA, terá como tema ‘Level Canvas – “Igualdade de oportunidades” e deverá explorar, entre outros, o tema “quebrando as barreiras à participação feminina no desporto”.

O evento contará com sessões sobre como o desporto pode criar um ambiente para as treinadoras prosperarem e como o desporto está a responder às necessidades do bem-estar físico e mental das atletas, além de vários outros tópicos.

A Piscina Olímpica do Zimpeto acolhe, sábado e domingo, a 36.ª edição do Torneio Nadador Completo – Petromoc –, prova que irá movimentar perto de 350 nadadores entre nacionais e estrangeiros.

É uma das provas de destaque do calendário da Associação de Natação da Cidade de Maputo (ANCM). O tradicional Torneio Nadador Completo, Petromoc, vai, seguramente, rodar jornadas de grande intensidade com os nadadores dos Tubarões, Barracudas e Golfinhos a procurarem fazer valer a sua rivalidade e espírito competitivo nas águas da Piscina Olímpica do Zimpeto.

As três colectividades, aliás, ocuparam os lugares de pódio na Taça Frederico Santos – prova em homenagem ao antigo seleccionador nacional – e “Fust and Furious”.

O certame contará com a participação dos melhores praticantes da natação no país, sendo que os mesmos procuram evidenciar-se nas categorias projectadas para esta edição.

Aliás, o Torneio Nadador Completo tem como objectivo distinguir individualmente os melhores nadadores por categoria, género e absoluto, através do somatório de pontos contabilizados em cada prova.

O certame, criado em 1987, tem ainda como finalidade dar espaço para que novos valores se afirmem nesta modalidade olímpica.

Ano passado, os nadadores Matthew Lawrence, em masculinos, e Alicia Mateus, em femininos, foram os grandes vencedores do Torneio Nadador Completo, que decorreu, na Piscina Olímpica de Zimpeto.

Matthew Lawrence, de 18 anos, atleta do Barracudas de Maputo, foi o nadador completo em masculinos, com 2923 pontos. Por sua vez, em femininos, Alicia Mateus, de 17 anos, atleta do Golfinhos de Maputo, esteve em destaque com 2144 pontos.

Domingas Munhemese voltou a ocupar o segundo lugar no Torneio Nadador Completo, réplica da Travessia Maputo KaTembe edição 2019 e, igualmente, em 2021.

A prova teve a participação de seis equipas: Barracudas, Tubarões, Golfinhos, Ferroviário de Maputo, Clube Natação do Zimpeto e Associação de Natação do Zimpeto e Associação de Natação de Luanda.

A Associação de Natação da Cidade de Maputo (ANCM) procede, na quinta-feira, ao lançamento da 36.ª edição do Torneio Nadador Completo, Petromoc.

Rady Gramane puxou, hoje, dos galões de uma das melhores pugilistas da actualidade para garantir, sem sobressaltos, a presença nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo de Boxe Feminino na categoria de 70-75 kg.

A pugilista internacional moçambicana cerrou os punhos no ringue e venceu com categoria Sokhiba Ruzmetova, do Uzbequistão, por 5-0.

Gramane foi muito forte nos três assaltos nos quais venceu por 4-1, 5-0 e 5-1, tendo sido indicada como vencedora do combate por unanimidade pelo jurado.

Rady Gramane é, igualmente, uma pugilista referenciada, até pelo facto de ter chegado, ano passado, ao bronze depois de ter perdido, nas meias-finais, diante da canadiana Tâmara Thibeault, na categoria de 70-75 quilos.

Rady Gramane tem igualmente o estatuto de tetracampeã de boxe da zona IV, além de ter conquistado medalha de prata nos Jogos Africanos de 2019 e do Torneio Internacional de Budapeste.

 

MAIS SOBRE A ADVERSÁRIA DE RADY NOS “QUARTOS”

Nos quartos-de-final, Rady Gramane vai ter como adversária a pugilista olímpica indiana Lovlina Borgohain.

É, pelos registos, uma pugilista que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2020 nos pesos-médios. Com a conquista, a indiana Lovlina Borgohain tornou-se a terceira pugilista indiana a ganhar uma medalha nas olimpíadas de verão. Há ainda a destacar a medalha de bronze conquistada no Campeonato Mundial de Boxe Feminino da AIBA em 2018 e 2019.

Lovlina começou a dar os primeiros passos no boxe depois de ver as suas irmãs gêmeas Licha e Lima a praticarem o “kickboxing”.

Rezam as crónicas que as autoridades da Índia realizaram testes na escola secundária Barpathar Girls High School, onde Borgohain participou e foi seleccionada pelo renomado treinador Padum Chandra Bodo no SAI STC Guwahati de 2012.

Missão (a primeira) cumprida. A pugilista Alcinda Panguana assegurou, esta segunda-feira, 20 de Março, o acesso aos quartos-de-final do Campeonato do Mundo de Boxe Feminino, competição que decorre em Nova Deli, na Índia.

No combate dos oitavos-de-final da categoria dos 70-75 kg, Panguana levou a melhor sobre a húngara Regina Lakos, a quem venceu por 5-0 na pontuação do jurado.

Panguana dominou a sua adversária nos três assaltos e deu claros sinais de que é uma forte candidata a chegar à final, tal como na edição passada da prova realizada na Turquia.

Na próxima fase, Alcinda Panguana terá como adversária a australiana Kaye Scott. Panguana é, pelo seu desempenho nas últimas provas internacionais, uma das grandes esperanças do país em chegar ao ouro no Mundial de Boxe Feminino.

A medalha de prata conquistada ano passado, na Turquia, dá-lhe claramente o estatuto de favorita diante de Kaye Scott.

 

QUEM É KAYE SCOTT?

Nascida a 2 de Julho de 1984, Kaye Scott é uma pugilista australiana que actua como amadora de elite. Segundo dados, Scott chegou a atingir o 3.º lugar no ranking da divisão de peso-médio após a conquista da medalha de prata no Campeonato Mundial Feminino de 2016, em Astana, Cazaquistão. Kaye Scott nasceu e mora em Sydney e compete há 7 anos na Austrália e internacionalmente.

A adversária de Alcinda Panguana nos quartos-de-final é treinada por Jamie Pittman, sendo que já competiu na divisão intermediária feminina nos Jogos da Commonwealth de 2014, mas não conquistou uma medalha, perdendo para Lauren Price, do País de Gales. Estreou-se no Campeonato Mundial Feminino em 2016.

Em Setembro de 2017, Kaye ganhou o título estadual de “NSW” ao vencer um combate diante de Jessica Messina, inserido na divisão de pesos-médios, uma vitória que abriu espaço para que pudesse competir na divisão de peso-médio.

Kay integrou, por outro lado, a equipa da Austrália que disputou os Jogos da Commonwealth de Gold Coast, em 2018. Neste evento, venceu Jessica Messina e foi premiada como pugilista feminina de elite australiana melhor classificada internacionalmente em 2017, devido às suas conquistas.

Kaye trabalha activamente para apoiar o boxe feminino na Austrália. Depois que a proibição do boxe feminino em NSW foi suspensa, ela participou na primeira luta feminina em NSW, defrontando Ramona Stephenson em Outubro de 2009.

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