O País – A verdade como notícia

O seleccionador nacional dos Mambas diz que a primeira vitória da selecção no CAN tem um significado histórico, pois foi conquistada no meio de muitas dificuldades. Chiquinho Conde espera que este seja o prenúncio de uma sequência de bons resultados nesta prova. Para já, todos os jogadores do conjunto moçambicano estão prontos para o embate diante dos Camarões, depois da recuperação de Nené e Edmilson.

É a primeira vitória numa fase final do CAN e os primeiros três pontos somados desde que os Mambas começaram a disputar a prova, em 1986. Por isso tem um significado histórico. Há muitos heróis por detrás deste triunfo e Geny Catamo é um deles.

O prodígio moçambicano diz estar orgulhoso de fazer parte desta história, que promete não ter terminado diante do Gabão.

“Estou muito orgulhoso pelo meu desempenho e pelo desempenho da equipa, porque temos trabalhado muito para poder chegar a essa primeira vitória e agora conseguimos lograr alcançar. Agora devemos trabalhar todos os dias para conquistarmos ainda mais vitórias, mais coisas boas para o grupo”, disse Geny Catamo, na conferência de imprensa no final do jogo.

Mas a menção ao grupo de trabalho no alcance deste feito é também feito pelo seleccionador nacional, Chiquinho Conde, que agradece aos jogadores não só pela vitória, mas também pelo espírito de sacrifício.

“Este grupo merece. Só nós passamos por tantas dificuldades, tantas adversidades, chegar hoje aqui, conquistar algo maravilhoso, uma das pessoas mais lindas. Acho que nem o mais optimista dos adeptos esperaria que nós ganhássemos hoje, com a classe, com a disponibilidade de todos os jogadores inteligentes que tiveram um tempo no campo”, disse Chiquinho Conde.

Uma vitória, diga-se, que define um novo conceito do futebol moçambicano, segundo Chiquinho Conde. “Não conseguimos lhes dar a prenda de Natal que nós queríamos ter dado no dia 24, mas ainda estamos dentro da quadra natalícia e esta é a prenda que todos os jogadores e todos os moçambicanos gostariam de ter. E nós, todos eles, os jogadores foram fantásticos, toda a estrutura, e quero dar um grande abraço de agradecimento a todos os moçambicanos”, disse Conde.

Por seu turno, Catamo pediu que os moçambicanos “continuem a acreditar em nós, porque deste lado estamos trabalhando duro para poder chegar a outros patamares”, realçando ainda que “nós, os jogadores, sentimos que passo a passo e pouco a pouco chegamos lá e estamos nesse caminho e sentimos que o ritmo é esse”.

E porque a história é escrita de actos e factos, Chiquinho Conde e o seu portefólio são a escada escalada por Moçambique até o feito histórico alcançado este domingo.

“Fui o primeiro moçambicano, depois da independência, a ir a jogar para o futebol português, fui o primeiro jogador moçambicano a estar numa selecção da África, fui o primeiro jogador moçambicano a estar presente como jogador em três CAN’s, fui o primeiro atleta como jogador reconhecido pela Universidade de Púnguè como Doutor Honoris Causa, hoje, apraz-me dizer, senhores, que sou o primeiro moçambicano a levar a selecção nacional a uma vitória no CAN, sou o primeiro também”, disse o seleccionador nacional, esperando que esta seja o início da sequência de bons resultados “que irão vir por aí”.

Há mais uma batalha nesta quarta-feira contra os Camarões.

 

Festa dos jogadores iniciou no campo e prolongou-se no balneário

Jogadores da selecção celebraram a primeira vitória de todas as formas, entre cânticos e danças. O triunfo dos Mambas também mereceu destaque na imprensa estrangeira e nas páginas oficiais dos clubes onde militam alguns jogadores.

Se antes havia dúvidas de quem é realmente patrão, agora não. A tradição e coreografia marroquina se fez sentir na celebração. 

A vitória dos Mambas foi destaque em alguns cantos do mundo. A imprensa portuguesa, por exemplo, fez referência ao triunfo dos Mambas. O jornalista italiano Fabrizio Romano, especialista em mercados de transferência destacou a vitória da selecção.

Os clubes onde militam alguns jogadores também fizeram o mesmo, com destaque para o Sporting, de Geny Catamo, Santa Clara, de Calila, Nacional, de Witi e Sunderland, de Reinildo Mandava.

Mas também não faltaram promessas de Feizal Sidat, presidente da FMF, que, para além do prémio pela vitória, orçada em 150 mil meticais por cada jogador, prometeu a cada atleta, um prémio pessoal de 50 dólares, equivalentes a quase 3.200 Meticais.

 

Jogadores lesionados recuperados para jogo com Camarões

Depois da vitória sobre o Gabão e da euforia que tomou conta de todos na noite de domingo, os Mambas viraram as atenções para a terceira jornada do grupo F. Esta segunda-feira regressaram aos trabalhos de preparação com vista ao embate diante dos Camarões, quarta-feira. 

O treino contou com todos os jogadores disponíveis depois da recuperação daqueles que estavam lesionados. Ernan era um dos preocupava, mas já em condições.

“Na verdade houve uma preocupação com o Ernan que surgiu ontem durante o campo porque teve uma lesão ligeira no joelho. Nós tratámos imediatamente após o jogo e recuperou perfeitamente. Neste momento está em vias de fazer o treino e vai correr tudo bem”, garantiu Mussa Calú, médico dos Mambas.

Relativamente aos outros dois atletas que sofreram nos treinos anteriores, nomeadamente Nené e Edmilson, Mussa Calú garante que a evolução é bastante favorável. 

“Neste momento vão treinar e estão em condições de desenvolver um treino excelente. Portanto, tudo leva a crer que no jogo de quarta-feira poderão participar do combinado nacional. A lesão de Nené está completamente debelada”, garantiu o médico dos Mambas. 

Com a primeira vitória num,a fase final de um CAN a levar os jogadores a uma euforia que poderia afectar a concentração para o jogo diante dos Camarões, Mussa Calú assegura que a mesma não vai beliscar o objectivo traçado.

“Esta vitória realmente trouxe muito entusiasmo entre os atletas porque a vitória determina que nós temos um passo suficiente para dar no jogo contra a equipa dos Camarões na quarta-feira. Portanto, animicamente estão bastante animados e com a perspectiva de sermos qualificados para a fase seguinte”, disse. 

Sobre a alimentação dos jogadores, o médico garante que toda logística está acautelada para que não haja problemas relacionados com a indigestão alimentar.

“Nós elaboramos um menu contendo alimentos que servem directamente aos atletas, isto é, alimentos ricos em carboidratos e com menos proteínas e menos lípidos. O menu está a ser rigorosamente seguido pela gestão do hotel e estamos bastante satisfeitos com a forma como têm sido apresentadas as refeições. Isto não vai criar absolutamente nenhum problema e até aqui ainda não houve nenhum caso de diarreia nem de qualquer indigestão alimentar. Portanto significa que o menu que nós preparamos está a ser rigorosamente cumprido e em excelentes condições”, finalizou.

Os Mambas terão mais uma sessão de treinos, esta terça-feira, antes do jogo de quarta-feira, diante dos Camarões, a contar para a terceira jornada do grupo F.

O Presidente da República, Daniel Chapo, felicitou os Mambas por terem alcançado a primeira vitória no CAN. O Chefe do Estado destaca, na sua mensagem, a bravura e entrega dos jogadores no jogo contra o Gabão, afirmando que esta proeza representa uma viragem na história do futebol moçambicano. 

“Estão de parabéns os Mambas pela vitória. Estão de parabéns, acima de tudo, pela entrega e espírito de sacrifício durante o jogo. Ainda temos mais uma batalha pela frente contra os Camarões, partida na qual poderemos escrever mais uma história”, disse o Presidente da República, falando à Televisão de Moçambique logo após o jogo contra o Gabão.

Os Mambas alcançaram, este domingo, a primeira vitória no Campeonato Africano de Futebol  (CAN), após vencer o Gabão por três bolas a duas. Os três tentos foram apontados por Faisal Bangal, Geny Catamo e Diogo Calila.

Foram precisos 39 anos para que o combinado nacional cometesse essa proeza. Desde 1986 que a selecção participa em fases finais do CAN, tendo já assinado seis presença (1986, 1996, 1998, 2010, 2023 e 2025). É, sem dúvidas, uma vitória com uma dose de paciência, persistência e superação. 

Depois de várias tentativas, em que várias gerações vestiram as cores nacionais com a disposição de alegrar o povo moçambicano, a selecção nacional escreveu uma nova história no seu histórico de participações no CAN. 

Após uma estreia em falso diante da campeã africana Costa do Marfim por 0-1, os Mambas deram a volta por cima e foram à busca da glória contra o Gabão. Chiquinho Conde estava ciente da importância o peso desta partida não só para ele e os jogagores, mas também para a nação moçambicana. 

Duas mexidas no “onze” que defrontou a Costa do Marfim, com a saída de Kambala e Ratifo, lançando para os seus lugares Dominguez e Faisal Bangal. Foram necessários 37 minutos para Bangal corresponder à aposta do seu treinador. 

Centro do endiabrado Geny Catamo, para uma finalização de cabeça de Bangal, diga-se como mandam os compêndios de futebol. Se o que antes parecia sonho começava a fazer sentido. 

Quatro minutos depois foi a vez de Geny Catamo colocar a sua assinatura no resultado do combinado nacional de grande penalidade, após Dominguez ter sido derrubado na grande área. 

Os Mambas atravessavam o seu melhor momento na partida, tudo corria às mil maravilhas. O sonho e a realidade se cruzam, tal como sempre foi o desejo dos moçambicanos. 

No último minuto dos cinco de compensação concedidos pelo árbitro do jogo, ou seja aos 50, o Gabão reduziu a desvantagem por intermédio do suspeito de sempre: Aubameyang. A selecção nacional foi ao intervalo a vencer por duas bolas a uma.   

 

TREMEDEIRA E MAIS UM GOLO

Na segunda parte, sem nenhuma mexida em ambas as partes, os Mambas entraram com a mesma disposição da primeira metade, ante um Gabão disposto a mudar o curso da história. 

Entre momentos de incertezas e indefinições, muito por força da fadiga do combinado nacional, a turma gabonesa agigantou-se no jogo. Ainda assim, os Mambas voltaram a ser imperiais ao chegarem ao terceiro golo através de Calila, que concluiu com êxito um centro milimétrico de Witti.   

A vitória dos Mambas ganhava mais peso e consistência, ainda que houvesse muitos minutos por disputar. O conjunto de Chiquinho Conde desacelerou e se mostrava impotente perante à pressão do gabão, que virou todas as suas baterias para o ataque. 

Apercebendo-se disso, Conde mexeu na equipa e introduziu uma unidade mais talhada às defesa, no caso Kambala. Lançou ainda à quadra o internacional Gildo no lugar de Witti. Já sem Dominguez em campo, os Mambas experimentaram muitas dificuldades para construir jogadas de ataque. Por duas ocasiões Ernani Siluane foi colocado à prova pelos gaboneses, tendo respondido à altura das investidas. 

Aos 72 minutos o Gabão chegou ao segundo golo e acreditou ainda mais que poderia virar o resultado para, no mínimo, garantir um empate. Pressionou, pressionou e pressionou tanto, mas a defensiva nacional soube sofrer e sacudir a pressão. 

Num lance individual, Geny Catamo rasgou a defesa gabonesa e apontou aquele que seria o quarto golo da selecção nacional, mas o árbitro entendeu que houve fora de jogo de Gildo, que estando na área tocou a bola. 

A primeira vitória de sempre dos Mambas numa fase final do CAN consumou-se, com os jogadores Chiquinho Conde e a direcção da Federação Moçambicana de Futebol a entrar nos anais do futebol moçambicano. Geny Catamo foi eleito o homem do jogo, após contribuir com um golo, além de ter sido determinante durante a partida. 

JOGO DECISIVO CONTRA OS CAMARÕES

A vitória dos Mambas contra o Gabão é apenas um pedaço de história para o longo percurso e desafio que ainda têm pela frente. A selecção volta a jogar no dia 31 diante dos Camarões, partida que poderá ditar a continuidade ou o afastamento do conjunto moçambicano na prova. Até lá, a selecção nacional tem quatro dias para preparar esta partida e, sobretudo, corrigir os erros cometidos no jogo diante do gabão.

Moçambique e Gabão defrontam-se, este domingo, numa partida decisiva para as contas finais do Grupo F da Taça de África das Nações (CAN) Marrocos 2025. O duelo é de extrema importância, uma vez que a equipa que sair derrotada ficará afastada da 35.ª edição da maior prova africana de futebol.

As duas selecções entram em campo pressionadas, depois de terem sofrido derrotas na jornada inaugural do grupo, o que torna este confronto determinante para a manutenção das aspirações na competição.

O jogo está marcado para as 14h30 deste domingo, no Grand Stade d’Agadir, em Marrocos, e assinala um momento histórico, por se tratar do primeiro encontro entre Moçambique e Gabão numa fase final da Taça de África das Nações.

Ainda este domingo, e depois do embate entre moçambicanos e gaboneses, as atenções do Grupo F voltam-se para o confronto entre Camarões e Costa do Marfim, agendado para as 22h00, que poderá também influenciar o desfecho do grupo.

A selecção nacional de futebol, os Mambas, defronta, na noite desta quarta-feira, a sua similar da Costa do Marfim, no jogo inaugural do grupo F do Campeonato Africano das Nações, CAN, que decorre em Marrocos. Os Mambas estão prontos para a festa do futebol africano e apostam em fazer história na sua sexta participação na competição.

Dia D para o combinado nacional de futebol! Os Mambas estreiam-se nesta quarta-feira no CAN de Marrocos diante da poderosa e candidata ao título africano, para além de ser detentora do troféu, a Costa do Marfim.

Moçambique entra como outsider no grupo, já que Costa do Marfim e Camarões, devido à sua posição no ranking da FIFA, para além de serem potências africanas e mundiais, serem candidatas a passar à fase seguinte, sem contar com o Gabão, que segue logo atrás das selecções poderosas.

Por isso mesmo, a ambição dos Mambas é maior nesta prova, depois do brilharete feito na última edição, em que fizeram vida negra a duas grandes potências, nomeadamente Egipto e Gana, com as quais empatou a duas bolas, e com os ganeses a serem eliminados por Moçambique.

O facto de Moçambique não ter somado nenhuma vitória na fase final do CAN em todas as cinco presenças e nem ter conseguido passar da fase de grupos é outro factor emotivo do lado dos jogadores, que querem mudar a história e começar a fazer diferente.

Chiquinho Conde está ciente de que o grupo é forte, mas diz que esta geração de jogadores dos Mambas é experiente e tem tudo para fazer uma campanha excelente. E mais: o facto de iniciar a competição defrontando a campeã africana em título é um factor motivador para qualquer jogador, mesmo reconhecendo que o primeiro jogo é sempre o mais importante e que define o que pode ser o resto da prova.

Aliás, Chiquinho Conde não quer “estender o tapete vermelho para a selecção campeã africana desfilar a sua classe” e promete muita luta, dificuldades ao adversário e, acima de tudo, “estamos consciencializados de que esta é uma prova única em África, e queremos aproveitá-la ao máximo para desfrutar e lutar, competir”.

Dominguez falou em nome dos jogadores e diz que, apesar de ser um adversário poderoso, logo na primeira jornada, “não vamos nos intimidar por causa disso”, garantido que a selecção vai tentar fazer o seu jogo, “respeitarmos a equipa campeã, cometer poucos erros e aproveitar as oportunidades”.

O capitão dos Mambas espera um jogo aberto e com possibilidades iguais de vencer, assegurando que o facto de defrontar a campeã africana aumenta a motivação, destacando que futebol é dentro das quatro linhas e “vamos ver o que vai acontecer”.

 

Terceiro jogo entre Mambas e Elefantes no CAN

O embate da noite desta quarta-feira entre Moçambique e Costa do Marfim é o terceiro em fases finais do Campeonato Africano das Nações, para além de outras quatro partidas em fases de qualificação para os Mundiais de 2010 e 2022.

O primeiro jogo entre ambos foi na estreia absoluta dos Mambas num CAN, no Egipto, em 1986, com Chiquinho Conde a integrar o “onze” inicial, juntamente com os seus irmãos Geraldo e Elcídio, para além de outros emblemáticos jogadores, casos de Filipe, Joaquim João, Gil Guiamba, entre outros.

Nesse jogo, os Mambas perderam por 3-0, ainda a mostrar a sua inexperiência em provas similares.

Dez anos depois, as duas selecções voltaram a cruzar-se numa fase final do CAN, desta vez na vizinha África do Sul, com os Mambas a voltarem a perder, desta vez à tangente, ou seja, 1-0.

Esta é a terceira vez que se cruzam e Chiquinho Conde espera que “a terceira seja de vez” e que os Mambas consigam, finalmente, vencer.

Os outros jogos entre ambos aconteceram nas fases de qualificação para os Mundiais de 2010 e 2022. Para o Mundial da África do Sul, os Elefantes venceram a primeira mão por uma bola sem resposta e na segunda volta houve empate a um golo em Maputo.

Para a qualificação para o Mundial do Qatar, a turma costa-marfinesa voltou a vencer o primeiro jogo, desta feita por 3-0, mas registando-se mais um empate, novamente a um golo, em Maputo.

No cômputo geral, os Mambas e Elefantes defrontaram-se seis vezes, com Costa do Marfim a vencer quatro jogos e Moçambique a somar apenas dois empates, com dez golos marcados pelos marfinenses e apenas dois remates certeiros dos moçambicanos.

 

CHIQUINHO CONDE

Seleccionador nacional

Esta nova geração, já com alguns dos jogadores catapultados do último CAN, já tem um capital de experiência maior e, como primeiro jogo, obviamente que queremos começar bem. Vamos começar com uma selecção forte, que é a campeã africana, o que aumenta o nosso grau de dificuldade. Mas como é um torneio curto e a experiência que nós adquirimos no último CAN, onde estávamos também num grupo difícil… a importância do primeiro jogo é relevante e nós queremos começar bem. Não queremos desta vez só participar, como temos feito nas outras edições. Estamos consciencializados de que esta é uma prova única em África, e queremos aproveitá-la ao máximo para desfrutar e lutar, competir. Não vamos estender o tapete vermelho para que a selecção campeã africana desfile a sua classe.

 

DOMINGUEZ

Capitão dos Mambas

Sabemos que defrontamos a Costa do Marfim, mas não vamos nos intimidar por causa disso, vamos tentar fazer o nosso jogo. Respeitamos a equipa campeã africana, mas vamos tentar fazer o nosso jogo e cometer poucos erros, porque futebol é sobre isso, cometer poucos erros e aproveitar as oportunidades. Então, vai ser um jogo aberto, e acho que uma das duas equipas pode ganhar. Sabemos que eles trazem o título de serem os campeões da África, mas isso é um motivo para nos dar ainda mais moral, porque sabemos que tudo é possível, futebol é dentro das quatro linhas e vamos ver o que vai acontecer.

O seleccionador nacional já ensaiou aquela que pode ser a equipa inicial para o jogo diante da Costa do Marfim, nesta noite. O facto é que não vai contar com Nené, que ficou lesionado durante uma das sessões de treinos e não recupera a tempo.

Moçambique e Costa do Marfim defrontam-se na noite desta quarta-feira no Grand Stade de Marrakech, em Marrocos, na estreia do grupo F do Campeonato Africano das Nações.

Mas foi na manhã desta terça-feira que a selecção realizou o último treino, num dos quatro campos anexos ao estádio que vai acolher o jogo, e Chiquinho Conde já ensaiou o “onze” inicial para o referido embate.

Numa sessão em que os disponíveis foram divididos em dois grupos para ensaiar os aspectos técnicos-tácticos, com enfoque nas transições defesa-ataque, bem como trabalhar nos blocos específicos em função do jogo, num dos lados estava o provável “onze” para a noite desta quarta-feira.

Ou seja, em função dos “habitués” titulares, onde estavam integrados Ernani na baliza; Diogo Calila, Mexer, Reinildo e Bruno Langa, na defesa; Kambala, Alfonso Amade e Guima, na zona central do centro do terreno; Witi e Geny Catamo nas laterais e Faisal Bangal mais adiantado, pressupõe-se que seja esta a equipa inicial.

Quanto muito, pode haver algumas pequenas alterações, casos da entrada de Stanley Ratifo para o lugar de Faisal Bangal, ou até mesmo a entrada de início de Domingues, para o lugar de Kambala, empurrando Alfonso Amade e Guima para mais atrás, a fazerem o primeiro tampão.

Lesionado, Nené é “carta fora do baralho”

Entretanto, o quadro clínico dos Mambas até pode ser animador, em função dos que estão disponíveis para este primeiro jogo, já que todos estão prontos, excepto um: Nené.

O internacional moçambicano sofreu uma lesão muscular no treino da última segunda-feira e foi forçado a abandonar o treino. No treino desta terça-feira, o último antes do jogo, Nené não integrou o grupo de trabalho, e Chiquinho Conde já confirmou a sua ausência.

Durante a conferência de imprensa de antevisão ao jogo, Conde foi claro ao dizer que “felizmente temos todos os jogadores disponíveis, com excepção de um que se lesionou”, assegurando que o que é importante é trabalhar com os disponíveis, até porque “num grupo que nós temos de 25, conseguimos colmatar esta situação, mas queremos iniciar bem”.

Por isso, sem Nené, Kambala acaba por entrar nas contas iniciais para o jogo desta quarta-feira, sendo que é o único ausente.

Moçambique e Costa do Marfim abrem o grupo F do CAN, quando forem 19h30 de Maputo, sendo que Camarões e Gabão fecham a primeira jornada da competição, quando forem 21h30.

Os Mambas jogam posteriormente a 28 de Dezembro, diante do Gabão, a partir das 21h30 de Maputo, encerrando a fase de grupos frente aos Camarões, também às 21h30, desta feita no último dia do ano, 31 de Dezembro.

 

Caifadine Manasse junta-se aos Mambas em Marrocos

O ministro da Juventude e Desporto, Caifadine Manasse, juntou-se à selecção nacional de futebol, os Mambas, no seu quartel-general, em Marrocos, onde está a participar no Campeonato Africano de Futebol, CAN 2025.

O dirigente moçambicano levou consigo a mensagem de força, patriotismo e carinho de todos os moçambicanos, bem como do Governo liderado por Daniel Chapo, Presidente da República, que considera o desporto um dos motores de inclusão, desenvolvimento e orgulho nacional.

Faz parte da agenda do dirigente durante a sua estadia em Marrocos – para além de ter participado na cerimónia de abertura do CAN, em representação do Chefe do Estado, acompanhar os Mambas, principalmente no primeiro jogo, nesta quarta-feira – reforçar parcerias estratégicas no sector do desporto e promover investimentos em infra-estruturas, formação e intercâmbio técnico-científico.

Manasse também manterá encontros com autoridades marroquinas e parceiros institucionais, visando aprofundar a cooperação bilateral e fortalecer a presença de Moçambique nos grandes palcos desportivos africanos.

 

MJD mantém encontro de cortesia com Patrice Motsepe

Ainda em Marrocos, o ministro da Juventude e Desporto, Caifadine Manasse deslocou-se a Marrakech, na companhia do presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, para estreitar relações com organizações desportivas internacionais.

A deslocação a Marrakech foi marcada pelo encontro de cortesia mantido entre o ministro da Juventude e Desporto e o presidente da Confederação Africana de Futebol, Patrice Motsepe, onde dentre vários aspectos o dirigente moçambicano transmitiu os cumprimentos do Presidente da República, Daniel Chapo, pela organização do CAN, que decorre em Marrocos.

O defesa central moçambicano Edson Sitoe, mais conhecido por Mexer, desembarcou em Agadir na madrugada desta segunda-feira e foi a tempo de integrar o treino matinal com o grupo antes de seguir viagem a Marrakech. Era a última pedra que Chiquinho Conde esperava para ter um conjunto completo.

Os Mambas já estão completos em Marrocos! Mexer Sitoe juntou-se nesta segunda-feira ao grupo de trabalho, para a tranquilidade de Chiquinho Conde, que lamentava a sua chegada tardia.

Aliás, Mexer falhou o estágio no Algarve por falta de visto de entrada em Portugal e tinha de esperar que os Mambas se deslocassem a Marrocos para poder juntar-se a eles. Ainda assim, falhou o primeiro treino da equipa em solo marroquino, realizado na tarde deste domingo.

Assim, no treino matinal desta segunda-feira, a equipa técnica contou com a participação de todos os convocados, sendo que todos estiveram às ordens de Chiquinho Conde, mesmo depois das dúvidas em relação a alguns jogadores que estavam tocados no estágio, nomeadamente Bruno Langa, Witi Quembo e Infren.

Em termos de programa, os Mambas realizaram duas sessões de treino nesta segunda-feira, devendo realizar uma sessão nesta terça-feira, à hora do jogo de adaptação ao palco, na quarta-feira, a partir das 19h30, diante da Costa do Marfim, em Marrakech.

Os Mambas partiram ainda nesta segunda-feira para Marrakech, local onde vão ficar instalados para os jogos do grupo F, nomeadamente diante da Costa do Marfim, Gabão e Camarões.

Nas sessões de treinos efectuados em Agadir, a equipa técnica priorizou aspectos técnicos-tácticos, com enfoque para as transições defesa-ataque, testando as capacidades de cada jogador, para além de procurar montar o seu “onze” inicial para a estreia na competição.

 

Geny Catamo é o novo camisola 10 dos Mambas

O internacional moçambicano Geny Catamo mudou de camisola na selecção nacional e, tal como no Sporting Clube de Portugal, vai passar a vestir a camisola 10 dos Mambas.

A nova camisola do extremo moçambicano foi revelada pela Confederação Africana de Futebol na publicação de algumas imagens da sessão fotográfica do combinado nacional, onde cada jogador devia estar vestido com a sua camisola.

Trata-se de uma camisola já vestida por ícones do futebol moçambicano na selecção nacional, com destaque para o próprio seleccionador nacional, Chiquinho Conde, para além de outros ex-capitães da selecção nacional, nomeadamente Gil Guiamba e Dário Monteiro, para além de jogadores como Sonito e Clésio Baúque, este último que a vestia até há bem pouco tempo.

Assim, a jóia moçambicana deixa de vestir a camisola 20, que passa a ser vestida pelo médio Keyns Abdala, jogador que actua em Portugal.

Em termos de alterações da numeração das camisolas dos Mambas para esta edição do Campeonato Africano das Nações, há que destacar João Bonde, que passa a vestir a camisola 11, que era vestida por Pedro “Pepo” Santos, que falha o CAN 2025 por lesão.

Os Mambas vão estrear neste CAN um novo modelo nos seus equipamentos, mas continuarão a ser vestidos pela mesma marca. A camisola principal continuará a ser a de cor vermelha com faixas pretas e amarelas.

Moçambique faz a sua estreia nesta quarta-feira, diante da campeã em título, Costa do Marfim, a partir das 19h30 (de Maputo), em Marrakech.

A equipa da Universidade Pedagógica de Maputo (UPM) conquistou a medalha de bronze no Campeonato Africano de Voleibol em seniores femininos, após vencer a formação do Spikings Stars do Botswana, por 3-1. Assim, as “pedagogas” voltam a ocupar uma posição de destaque naquela que é a maior competição de voleibol africano a nível de clubes. 

O Reitor da UPM, Jorge Ferrão, considera que esta conquista eleva a instituição e reitera o compromisso de continuar a apoiar as iniciativas do desporto. 

Em uma mensagem dirigida às atletas, equipa técnica e direcção do clube, Ferrão disse que “as nossas meninas voltam ao pódio. Pode não ser o lugar mais alto desta vez, mas continua a ser um lugar nobre, digno e profundamente orgulhoso”, lê-se. 

O Reitor da Universidade Pedagógica de Maputo refere ainda que durante a prova as atletas mostraram raça, disciplina, espírito de equipa e a capacidade rara de superar a tristeza e transformar desafios em conquistas.

“São campeãs no jogo, na atitude e na forma como representam o país e a UPM”, anota Jorge Ferrão.

Um dos maiores eventos do futebol africano reunirá as principais potências do continente, como Costa do Marfim, Marrocos, Egipto e Nigéria, mas também duas selecções que representam a lusofonia, Moçambique e Angola. Será de 21 de Dezembro a 18 de Janeiro que Marrocos vai acolher a 35ª edição da prova africana.

A principal competição de futebol do continente africano chega à sua 35ª edição. O Campeonato Africano de Nações (CAN) será disputado em Marrocos, entre 21 de Dezembro de 2025 e 18 de Janeiro de 2026. Esta será a primeira edição realizada nesse período, por decisão da Confederação Africana de Futebol (CAF) em alinhamento com a Federação Internacional de Futebol (FIFA), para facilitar a liberação de jogadores pelos clubes.

Após 37 anos, Marrocos volta a sediar a competição pela segunda vez na história. As partidas serão disputadas em nove estádios, distribuídos por seis cidades-sedes: Rabat, Casablanca, Fez, Tânger, Marrakech e Agadir. A prova contará com 24 selecções, divididas em seis grupos de quatro equipas. As duas melhores classificadas de cada grupo, além dos quatro melhores terceiros colocados, avançam aos oitavos-de-final. Assim, a competição segue em fase eliminatória até a definição do campeão.

A edição reunirá algumas das maiores potencias do futebol africano e representa mais um capítulo histórico da competição, criada em 1957. Na edição inaugural, o Egipto conquistou o título, num torneio que contou com apenas três selecções: Egipto, Etiópia e Sudão.

Actual campeã, a Costa do Marfim chega como uma das favoritas e busca o quarto título da sua história. Conhecidos como “Os Elefantes”, os marfinenses também garantiram vaga no Campeonato do Mundo após 12 anos de ausência.

O Marrocos também está entre os concorrentes ao título, impulsionado pela vantagem de actuar em casa e por uma campanha histórica, marcada por 18 vitórias consecutivas em jogos internacionais. Sob a liderança do capitão Achraf Hakimi, estrela do Paris Saint-Germain (PSG), a selecção marroquina busca seu segundo título continental, desde a conquista de 1976, na Etiópia.

Maior vencedor da história da competição, o Egipto, liderado por Mohamed Salah, do Liverpool, soma sete títulos, seguido por Camarões, com cinco, e Gana, com quatro. O Egipto é a única selecção com três vitórias consecutivas, com títulos em 2006, 2008 e 2010.

O Senegal, comandado por Sadio Mané e que garantiu a vaga directa para o Mundial de futebol, também figura entre os favoritos. Após ficar fora da Copa do Mundo, a Nigéria, inspirada pelo atacante Victor Osimhen, busca reerguer-se e conquistar o quarto título continental.

Um dos confrontos mais aguardados da fase de grupos será pelo Grupo D, entre Senegal e a República Democrática do Congo, campeã em 1968 e 1974, que Avançou à repescagem intercontinental da FIFA. A competição terá início em Rabat, capital marroquina, com o duelo de abertura do Grupo A, entre Marrocos e Comores.

Angola e Moçambique: nações lusófonas no CAN 2025

Nesta edição do CAN, duas selecções lusófonas estão presentes: Angola e Moçambique. Em relação à edição anterior, a lusofonia ficou sem dois representantes, a Guiné-Bissau, que tinha estado nas quatro últimas edições, e Cabo Verde, que em contra-partida estará presente no Mundial do próximo ano.

Angola vai marcar presença pela décima vez. Os Palancas Negras integram o Grupo B com o Egipto, a África do Sul e o Zimbabwe. Na última edição do CAN, a selecção angolana atingiu os quartos-de-final, onde foi eliminada pela Nigéria por 1-0. A grande novidade é a substituição do seleccionador português Pedro Gonçalves pelo francês Patrice Beaumelle.

Quanto a Moçambique, vai estar presente pela sexta vez. Os Mambas integram o Grupo F com a Costa do Marfim, os Camarões e o Gabão. Na última edição do CAN, a selecção moçambicana foi eliminada na fase de grupos. A grande novidade é a presença na convocatória de Dominguez, médio de 42 anos.

Bola oficial e mascote do CAN 2025

A bola oficial da competição, batizada de ITRI, foi apresentada em conjunto pela CAF e pela Puma. O nome significa “estrela” em amazigh, idioma ancestral do Norte da África, em referência à bandeira do Marrocos e às ambições das 24 selecções participantes.

O design da bola traz inspiração nos padrões geométricos do zellige, arte tradicional marroquina, com uma estrela central e linhas fluidas que simbolizam energia, movimento, unidade e a riqueza cultural do futebol africano.

Além da bola, o mascote oficial da edição é Assad, inspirado no Leão do Atlas, símbolo nacional do Marrocos. Representando força, orgulho e identidade cultural, o mascote animará estádios, fanzones e eventos comunitários, além de actuar como embaixador do torneio em acções voltadas ao desenvolvimento do futebol de base e de programas para jovens no continente.

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