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Deslocados internos em Niassa querem mais apoio e o Governo avança com soluções

Foto: O País

Os deslocados internos acolhidos na vila-sede de Mecula, na província de Niassa, necessitam de mais apoio para a sua sobrevivência. Quem o disse é a respectiva governadora, referindo que estão a ser criadas condições para que a população pratique agricultura.

O distrito de Mecula, na província do Niassa, sofreu sete ataques armados, entre Novembro e Dezembro de 2021, situação que provocou deslocações envolvendo mais de 3 mil pessoas acolhidas na vila-sede local.

Segundo a governadora do Niassa, Judite Massengele, o executivo está a criar condições para que a população não passe por situações graves de sobrevivência.

ʻʻNeste momento, esta população não está a praticar agricultura, o que faz com que inteiramente dependente de donativos. Isso está a exigir um esforço adicional por parte do Governo, afirmou Judite Massengele.

A respeito da actividade agrícola, Massengele afirmou que estão a ser identificadas zonas onde as populações poderão praticar a agricultura, para que possam produzir e aumentar a base alimentar.

Para tal, a dirigente diz que o Governo vai disponibilizar material e insumos agrícolas, acção que acontece com o apoio de parceiros de cooperação.

ʻʻTodo este esforço é no sentido destas populações poderem fazer algumas coisa, para o seu sustento através da agricultura, actividade que vinham praticando nas suas zonas de origem.

O país está há sensivelmente duas semanas para o arranque do ano lectivo e a dirigente garantiu que os alunos em situação de deslocados poderão ter aulas. Para tal, a governante disse que, neste momento, decorrem acções de reconhecimento do número de alunos e professores, bem como das respectivas necessidades.

ʻʻEstamos a fazer esse levantamento de dados das crianças em idade escolar, para depois se proceder com a inscrição dos mesmos. Há professores que estão no centro de acolhimento e estes é que poderão dar o suporte necessário, revelou Judite Massengele.

Para além do levantamento de dados sobre os alunos e professores, o executivo do Niassa está a mobilizar parceiros para que providenciem tendas, que servirão de salas de aulas.

Judite Massengele diz que há deslocados que desejam retornar a suas zonas de origem, mas o executivo tem estado a pedir calma até que a segurança seja totalmente restabelecida nas zonas atacadas pelos insurgentes.

Numa entrevista exclusiva ao “O País”, a governadora do Niassa assegurou ainda que estão criadas condições para cuidados de saúde aos deslocados e se for necessário, haverá reforço da resposta sanitária.

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