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“Desestabilizados? Vamos até ao fim”

Quando as contas ainda forem possíveis, o clube Ferroviário de Maputo diz que vai lutar para que o fim seja festivo. A última vez que conquistou o título foi em 2015, com Carlos Manuel no comando técnico.

Tal como naquele ano, Caló voltou a ser recuperado para orientar a equipa e desta vez com as apenas duas jornadas por disputar.

O técnico, que começou a época no comando técnico do Incomáti de Xinavane, substitui o demissionário Nelson Santos. No último domingo, sem avançar motivos, Nelson Santos saltou e deixou o barco à deriva, embora ainda seja possível conquistar o título.

Ao O País, o presidente do clube Ferroviário de Maputo, Sancho Quipisso, diz que a saída de Nelson Santos não vai estabilizar a equipa que, neste momento, continua focada no objectivo de conquistar o Moçambola, até porque ainda é possível.

“A decisão dele de sair naquele momento, só tomamos conhecimento no exacto instante através da comunicação social. Havia uma pré-conversa. Vieram ter comigo a 4 de Outubro e manifestaram intensão de sair mas seria para o próximo ano. Em princípio até concordamos mas o procedimento não foi respeitado”, referiu o presidente do Ferroviário de Maputo, para quem a saída de Nelson Santos não muda o que foi desenhado no início da época.

“Muda parte da equipa técnica mas os objectivos permanecem. O Manuel (Valoi) permanece e entram Caló (Carlos Manuel) e Baúte. É a única coisa que mudou” refere.

Aos jogadores, Nelson Santos terá, também, comunicado a sua saída instantes antes do jogo com o Textáfrica. A postura é condenada pelo presidente da locomotiva e diz que pode ter complicado e comprometido a exibição da equipa naquele desafio mas acredita que os atletas saberão vão saber gerir a situação.

“De forma alguma isto complica. No domingo, sim. Mas os jogadores são profissionais e vão tentar manter a calma e lutar até ao fim” garantiu Quipisso.

Entretanto, nos dois últimos jogos do Ferroviário de Maputo para o campeonato, houve sempre polémica incluindo a acusação, por parte do presidente do Textáfrica do Chimoio, de, o clube locomotiva ter pago ao árbitro para vencer o desafio do último fim-de-semana.

O presidente do Ferroviário de Maputo diz que foi com preocupação que acompanhou tais declarações acusatórias, no entanto, desvaloriza-as.

“Ele sabe o que deve fazer quando tem matéria para acusar. Acho que não fica bem sair da boca de um presidente”.

Quipisso diz que o Ferroviário sequer vai convidar o presidente do Textáfrica a prová-las por não constituírem, neste momento, a prioridade.

“Nós sabemos para onde vamos e não vamos perder o foco”, finalizou Quipisso.

 

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