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Depois dos médicos, professores ameaçam entrar em greve

Foto: O País

Os professores da Cidade e Província de Maputo engrossam o tom de reivindicação e, à semelhança dos médicos, ameaçam levar a cabo uma greve. A causa é a mesma: as irregularidades na implementação da nova Tabela Salarial Única (TSU).

As anomalias constatadas na TSU continuam a causar nervos à flor da pele nos funcionários de diferentes sectores.

Semana passada, a Associação Médica de Moçambique avisou que irá avançar para uma paralisação de actividades com duração de 21 dias, a partir de 07 de Novembro, caso o Governo não resolva as inquietações relacionadas com a implementação da TSU, principalmente na componente de salários e tempo de serviço no Aparelho do Estado.

Esta quarta-feira, foi a vez dos professores de diferentes níveis de ensino na Cidade e Província de Maputo. Sem avançar datas concretas, a classe exige, entre outros, ser paga conforme a sua qualificação académica, o que, segundo diz, não está devidamente acautelado na TSU.

Dionísio Zavala, um dos professores preocupados com a situação, fala de irregularidades no enquadramento, tendo em conta os níveis e/ou escalões na carreira de docente.

Outro professor, que se identificou pelo nome de Leonel Nhancale, disse que as irregularidades de que ele e os colegas se queixam no âmbito da TSU não se deviam verificar “num momento muito sensível do processo de ensino e aprendizagem: as provas finais e os exames. Nós não queremos inviabilizar” o processo.

Entretanto, “se não forem resolvidas as nossas inquietações, vamos” recorrer a formas “que não desejávamos que é paralisação geral das aulas e de actividades lectivas”, afirmou Leonel Nhancale.

O grupo de professores diz que não se revê na Organização Nacional dos Professores (ONP). “Nós não nos revemos na ONP” porque “nunca representou o professor. A ONP assume mais interesses de natureza política. Aparece mais em actos políticos do que em defesa do professor”, disse Nhancale.

A reunião dos professores decorre dias depois de a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, ter pedido calma aos professores. Estes dizem que vão submeter as suas reivindicações ao Primeiro-ministro e ao ministro da Economia e Finanças.

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