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Denis Mukwege denuncia o uso da violência sexual como arma de guerra na RDC

O ganhador do Prémio Nobel da Paz, Denis Mukwege, denunciou, hoje, o uso da violência sexual como arma de guerra no conflito na República Democrática do Congo (RDC).

Falando no Parlamento Europeu em Estrasburgo, França , o médico congolês descreveu o que chamou de “situação dramática” na região de Kivu do Norte, no Congo .

“Tivemos 10 mil casos de violência sexual , dos quais 30 a 35% são estupros contra crianças. Há uma tendência à violência inaceitável, mas atacar crianças é ir além de qualquer limite imaginável”, disse Mukwege, citado pelo African News.

Mukwege fundou o Hospital Panzi na cidade de Bukavu, no leste da RDC, e por mais de 20 anos tratou inúmeras mulheres que foram estupradas em meio a combates entre grupos armados, que buscavam o controle de algumas das vastas riquezas minerais do país centro-africano.

O laureado com o Nobel da Paz em 2018  estava em Estrasburgo para um encontro com membros do Parlamento Europeu, com vista a instá-los a ajudar nas negociações e conversas de paz com os grupos rebeldes.

Mukwege dividiu o Prémio Nobel da Paz de 2018 com a activista Nadia Murad , que foi sequestrada e vendida como escrava sexual por militantes do Estado Islâmico em 2014.

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