Daúde Razak já não é treinador do Ferroviário de Maputo na sequência dos maus resultados que a equipa vem acumulando no Moçambola-2021. Carlos Baúte assume interinamente o comando técnico dos “locomotivas”.
Chegou ao fim a relação entre Daúde Razak e o Ferroviário de Maputo. Apresentado como treinador dos verde-e-brancos em Janeiro de 2019, Razak, qual maquinista, não conseguiu evitar o descarrilamento da “locomotiva” antes mesmo do fim da estação.
Razak, que tinha contrato com os “locomotivas” da capital até dia 31 de Agosto corrente, viu interrompido o vínculo por maus resultados da equipa no campeonato nacional de futebol.
A derrota, sexta-feira, diante da União Desportiva do Songo, por 1-0, foi a gota que fez transbordar o copo de água.
Esta foi, de resto, a sexta derrota dos “locomotivas” na competição que caíram agora para a quinta posição com 23 pontos.
De resto, e o que nunca foi, não é e nunca será visto como normal até pela pujança do clube, o Ferroviário de Maputo já não vence há cinco jogos no campeonato nacional de futsal, sendo que o último triunfo foi na 9ª jornada diante do Incomáti, por 2-0.
“A Direcção do Clube Ferroviário de Maputo, CFvM, comunica às entidades público-privadas, à Federação Moçambicana de Futebol, aos sócios, adeptos e simpatizantes, a não renovação do contrato de trabalho celebrado entre o clube e o treinador da equipa principal de futebol, Daúde Razaque, cujo término estava previsto para dia 31 de Agosto do ano em curso”, lê-se no comunicado publicado na página do CFvM.
Carlos Baúte, homem da casa, vai dirigir interinamente a equipa até a indicação do novo treinador nos próximos dias. A sua estreia está prevista para a próxima quarta-feira, 11 de Agosto, quando o Ferroviário de Maputo medir forças com o Desportivo de Maputo.
“As primeiras palavras são de agradecimento à Direcção do clube por esta indicação para o cargo, mas mais do que isso é ir logo ao trabalho. A equipa encontra-se numa posição não muito boa no Moçambola e por aquilo que ia acompanhando, é um conjunto com uma boa produção em termos de volume de jogo, mas faltava-lhe o poder ofensivo. Vamos trabalhar muito no aspecto da finalização de forma a mudar o rumo dos acontecimentos”, disse o treinador interino do CFvM.
Baúte quer dar o seu melhor no seu clube de coração. Mas não tem a varinha mágica para colocar, mediamente, o Ferroviário de Maputo no topo do Moçambola-2021.
“Temos que atacar naquilo que falta para as vitórias aparecerem. Como disse antes, que por causa do próprio tempo não é possível fazer mudanças profundas. Há um bom trabalho que estava a ser desenvolvido, mas de uma forma paulatina vamos melhorar um e outro aspecto para sairmos da posição que a equipa se encontra no Moçambola”, notou.
Dias antes do desaire no Songo, um grupo de sócios solicitou um encontro com a direcção do Clube Ferroviário de Maputo para perceber o que estaria por detrás dos maus resultados da equipa no Moçambola, mesmo com o investimento na contratação de jogadores. A reunião deverá acontecer esta segunda-feira, na sede social do Clube Ferroviário de Maputo