O recenseamento eleitoral terminou a 17 de Maio, com 6.7 milhões potenciais eleitores inscritos, o corresponde a 88% da meta prevista, segundo o relatório do Centro de Integridade Pública, que aponta que a participação do cidadão está muito próxima do habitual, que ronda aos 90%.
O Centro refere ter acompanhado rigorosamente o recenseamento e notou que “o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) alterou diversas vezes o universo de eleitores a recensear, sem nunca explicar a base das alterações. Do início do recenseamento estava prevista a inscrição de 8.5 milhões de eleitores mas ao fim a meta foi reduzida para 7.6 milhões”. E aponta alguns exemplos. “No caso de Niassa, houve situação estranha. Por exemplo, no balanço do dia 06 de Maio, Niassa tinha meta de 568 293 cidadãos por inscrever. Uma semana depois, no balanço do dia 13 de Maio, a meta foi cortada para 495 380 eleitores por inscrever. Mas nos dados finais de 17 de Maio, Niassa volta a subir de meta para 582 192 eleitores. O STAE nunca explicou detalhadamente a razão dos cortes e aumentos do universo de cidadãos a recensear”, diz.
Por outro lado, diz que dos dados finais, destaque para as províncias de Gaza e Cabo Delgado – “ambos bases de apoio da Frelimo – que superam a meta. Gaza inscreveu 117% e Cabo Delgado, 102%. Inhambane, outra província dominada pela Frelimo inscreveu 99,7%. Niassa é a província com menos eleitores inscritos: 63%”.
A Cidade Capital, Maputo, não atingiu 80%. Em termos das grandes cidades, Lichinga registou apenas 57% dos eleitores, enquanto Beira (106 %), Xai-Xai (128 %), Tete (106 %), superaram a meta, ainda de acordo com o relatório do CIP.