O Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou ontem que 10% da população terá acesso a uma vacina da COVID-19, em meados do próximo ano, no âmbito do programa Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Como parte daquele programa, “contamos que a África do Sul irá receber as primeiras vacinas para abranger cerca de 10% da nossa população na primeira metade do próximo ano”, declarou ao país Cyril Ramaphosa, segundo escreve o Notícias ao Minuto.
Numa comunicação à Nação, ontem à noite, sobre novas medidas de contenção da segunda vaga da pandemia do novo Coronavírus no país, Ramaphosa referiu que a vacina será “a única defesa viável” contra a doença, que já causou 866.127 infecções e mais de 23 mil mortos na África do Sul, desde o início do primeiro confinamento em Março.
Moçambique também entrou em confinamento no mesmo período, logo que o primeiro paciente infectado foi anunciado pelo Ministério da Saúde a 22 daquele mês.
“Também fazemos parte do grupo de Aquisição de Vacinas para África, que criei na qualidade de presidente da União Africana, e que procura mecanismos de financiamento alternativos para garantir vacinas adicionais para os países africanos além do programa Covax”, adiantou o Presidente sul-africano.
O Chefe do Estado disse que a segunda vaga da pandemia do novo Coronavírus “será mais severa” na África do Sul, salientando que a quadra festiva “coloca riscos significativos a todo o país”, numa altura em que a economia mostra sinais de recuperação.
“Até à data, mais de 38.000 profissionais de saúde no serviço público testaram positivo ao novo Coronavírus, dos quais cerca de 5.000 foram hospitalizados”, afirmou o estadista, salientando que “destes, 391 profissionais de saúde morreram no serviço público”.
Ramaphosa instou a população a observar o uso de máscara, a higienização e o distanciamento social por forma a desfrutarem do “esplêndido Verão quente sul-africano”, tendo em conta o rápido agravamento do número de infecções no país.