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Custo do projecto será determinante para TotalEnergies retomar actividades em Moçambique

O custo do projecto de gás natural localizado na Bacia do Rovuma vai determinar a retoma das actividades da TotaEnergies em Moçambique, defende o CEO da empresa. Citado pela agência de informação financeira Bloomberg, o gestor refere ainda que a questão dos direitos humanos vai influenciar na decisão.

Cerca de dez dias após ter visitado a província de Cabo Delgado, para ver de perto se há ou não condições de retoma do projecto no Norte do país, o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, alerta que o custo do mesmo será um factor importante para a petrolífera francesa tomar a decisão.

Patrick Pouyanne falava em uma conversa telefónica com investidores, citada pela Bloomberg. “Não tenho pressa para recomeçar. Se virmos os custos a subir muito, vamos esperar”, diz Pouyanne. Tais custos estão ligados à renegociação de contratos com fornecedores e subempreiteiros.

O projecto orçado em mais de 20 mil milhões de dólares está suspenso devido à insegurança na região Norte do país, causada pelo terrorismo. Diante da situação, o consórcio liderado pela TotalEnergies decidiu declarar força maior para suspender as actividades.

Além do custo, o CEO da TotalEnergies diz também aguardar pelas conclusões do estudo que a empresa encomendou sobre a questão dos direitos humanos na província de Cabo Delgado. Espera-se que o relatório fique pronto ainda este mês.

Na conversa, o líder da petrolífera francesa rejeitou a ideia de que terá de haver uma escolha entre o regresso a Moçambique ou a aposta no mercado de gás natural liquefeito, dizendo: “Estamos prontos e temos a capacidade para financiar ambos”, escreve o Notícias ao Minuto que cita a Bloomberg.

Com a suspensão do projecto, os investimentos no país reduziram drasticamente. De Julho a Setembro de 2022, segundo o banco central, o sector da indústria extractiva, que era a maior fonte de entrada de Investimento Directo Estrangeiro, caiu 99,6% face a igual período de 2021.

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