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“Agente da passiva” é o título da exposição da artista plástica Maria Chale, a inaugurar esta quarta-feira, 12 de Março, às 18 horas, na Fundação Fernando Leite Couto (FFLC), Cidade de Maputo. 

“Agente da passiva” reúne dois conjuntos de quadros, de linguagens diferentes. O primeiro, adianta a nota de imprensa, são obras de pintura abstrata utilizando a aguarela sobre papel e sobre madeira, numa tentativa de traduzir o que se passa no seu interior, como se fosse um corpo, com as artérias, os músculos e os órgãos vitais expostos. São obras “moldadas pelo imprevisível encontro entre água e pigmento, oferecem uma leitura mais introspectiva e intuitiva da transformação. Uma reflexão sobre sentimentos de impotência, à luz de fenómenos correntes, sociais e políticos, onde a artista explora a sua própria passividade face à entropia da cor, onde o traço lhe pertence, mas o resultado está fora das suas mãos”, segundo Lumina Baptista, citada na nota de imprensa da FFLC.

Por outro lado, a exposição reúne um conjunto de retratos, em aguarela e acrílico sobre papel. “Os retratos captam feições delicadas, em uma reflexão sobre o equilíbrio entre a permanência e a mudança. Com expressões expectantes, os agentes propõem uma meditação sobre a vulnerabilidade humana frente à fluidez das experiências, em uma ponte entre expectativa e realidade”, escreve Lumina Baptista, no texto que nos introduz à exposição, pode-se ler na mesma nota de imprensa.

“Agente da Passiva” é, assim, um diálogo entre o actor e expectador, entre artista e obra, e entre o que pode ser feito e o que pode ser controlado.

A mostra tem curadoria de Yolanda Couto,

 

SOBRE A ARTISTA 

Maria Chale é uma artista visual de Maputo. Desde tenra idade, demonstrou um talento para as artes visuais e o artesanato. A sua visão criativa, aliada a um pensamento metódico, levou-a a licenciar-se em Arquitectura e Planeamento Físico, pela Universidade Eduardo Mondlane. No entanto, foi fora da sala de aula que a sua criatividade floresceu, verdadeiramente, quando, em 2013, começou a receber encomendas de retratos.

O percurso da sua evolução artística tornou-se evidente com a sua estreia em exposições, em 2018, ao participar numa mostra colectiva na galeria 16Neto, Cidade de Maputo, seguindo-se a sua primeira exposição individual, “Motif”, no mesmo espaço, em 2019. A partir daí, consolidou a sua posição no mundo das artes visuais com múltiplas exposições subsequentes, destacando-se a sua participação na instalação temporária “Vocal Streets: Poéticas do Quotidiano”, em 2022. A experiência multimédia imersiva permitiu-lhe conjugar a sua perspectiva artística com o conhecimento arquitectónico, através da cenografia.

Especializada em grafite e aguarela, com cores vibrantes e delicados toques de folha de ouro, a sua obra reflecte a natureza multidisciplinar da artista. 

As suas peças retratam e reinterpretam realidades espaciais, históricas e sociais, apropriando-se de narrativas e conferindo-lhes uma nova perspectiva.

Além das suas criações cativantes, Maria Chale partilha a sua paixão através da dinamização de workshops de aguarela, onde o seu percurso, experiência e entusiasmo servem de inspiração para aqueles que desejam explorar novas formas de expressão.

O Presidente da República, Daniel Chapo, reuniu-se, esta segunda-feira, no seu gabinete, com representantes do sector cultural e criativo moçambicano, incluindo a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) e a Federação Moçambicana das Indústrias Culturais e Criativas (FEMMIC). Durante o encontro, reafirmou o compromisso do Governo em fortalecer a cultura como elemento essencial na educação, na identidade nacional e na coesão social.

Na nota de imprensa sobre o encontro, pode-se ler que a reunião abordou preocupações do sector e discutiu formas de valorizar a prática artística nas escolas, promovendo a cultura como ferramenta de educação e desenvolvimento.

Para o Presidente da República, o uso das artes na formação da juventude é essencial para fortalecer o patriotismo e a identidade nacional.

A Secretária de Estado das Artes e Cultura, Matilde Muocha, destacou a importância do encontro como um marco na comunicação entre o Governo e a sociedade civil do sector cultural. “Os intervenientes estão preocupados em ser um parceiro estratégico para o cumprimento da agenda do Governo, no que diz respeito ao desenvolvimento social e económico, utilizando as artes, a cultura e as indústrias culturais e criativas como principais activos”, afirmou.

Entre os pontos discutidos, esteve a necessidade de reforçar a distribuição de livros literários nas escolas e consolidar uma parceria entre o Estado e os artistas para garantir maior acesso à cultura. “Claramente há uma pré-disposição e um compromisso reafirmado por Sua Excelência o Presidente da República para o reforço da cadeia de valor da indústria cultural e criativa no país”, acrescentou Matilde Muocha.

O Secretário-Geral da AEMO, Carlos Paradona, expressou satisfação com o encontro, destacando a atenção do Presidente da República às preocupações dos escritores e ao incentivo à leitura. “O Presidente afirmou aos escritores nacionais que vai trabalhar para implementar uma política sólida e profunda acerca do livro e da leitura no nosso país”, disse. 

Carlos Paradona também revelou a intenção do Governo de criar Casas de Cultura em todos os distritos do país, o que, segundo ele, será um grande passo para a promoção da literatura e do conhecimento entre os jovens.

Por sua vez, a Presidente da FEMICC, Amélia Maria Matsinhe, destacou o papel fundamental do sector criativo no desenvolvimento do país e defendeu a necessidade de eliminar preconceitos sobre a área. “Viemos aqui contribuir para destruir o mito de que o sector criativo é um sector complicado ou confuso. Trouxemos seis pontos essenciais para que o sector possa crescer e contribuir para a coesão social e o desenvolvimento económico e social”, afirmou.

Matsinhe salientou a importância do fortalecimento dos instrumentos legais para apoiar a área e defendeu a necessidade de um diálogo regular e construtivo entre o Governo e as organizações culturais. “Esperamos que a FEMICC e outras organizações possam ser parte de um diálogo constante, respeitoso e produtivo, com o objectivo de construir um sector cultural e criativo próspero”, concluiu.

O encontro foi visto como um passo importante para a criação de estratégias de desenvolvimento cultural em Moçambique, reforçando o compromisso do Governo em apoiar e promover a cultura e as artes como pilares do desenvolvimento nacional. Os intervenientes saíram confiantes de que as preocupações apresentadas serão levadas em consideração na formulação de políticas públicas voltadas para o sector. 

Além disso, ficou evidente a necessidade de envolver mais actores do sector privado na valorização das indústrias criativas. A colaboração entre empresas, instituições culturais e artistas poderá criar novas oportunidades de financiamento e sustentabilidade para o sector, garantindo a continuidade dos projectos culturais e a ampliação do seu impacto social e económico.

Esta terça-feira, às 17 horas, no Business Lounge do Nedbank, na Cidade de Maputo, será lançada a antologia de contos “Novas Vozes Novas Estórias” e anunciado o Prémio Literário Carlos Morgado (PLCM), edição de 2025.

A antologia publica as novas dez vozes da literatura moçambicana, cujos contos se destacaram como os melhores entre os 170 candidatos ao PLCM, na edição de 2024.

A criatividade, originalidade e a força da escrita descrevem os dez autores oriundos das províncias de Maputo, Nampula, Sofala e Zambézia.

“Através deste livro, pode-se entrar no universo misto e diversificado das sociedades moçambicanas, encontrando-se personagens, enredos e temáticas que reflectem o Moçambique contemporâneo aos olhos de jovens amantes da ficção narrativa. É esse, aliás, o objectivo dos organizadores, ao instituir o prémio, reforçar o seu compromisso em apoiar a literatura e os jovens escritores, incentivando a criação e valorização da cultura literária em todo o país”, lê-se na nota de imprensa.

Foram membros de júri da edição 2024 do PLCM, os escritores Dany Wambire, Hélder Faife, Virgília Ferrão, Rogério Manjate, a professora Marieta Namakoma e Marina Morgado.

Na mesma cerimónia do dia 11 de Março no Business Lounge de Nedbank, serão apresentadas as linhas que orientação a edição de 2025 do PLCM, cujas inscrições estarão
abertas de 13 de Março a 13 de Maio de 2025, para cidadãos de nacionalidade moçambicana (residentes ou não no país), com talento para a escrita de ficção no género “conto”, com idade não superior aos 35 anos.

“O prémio já se consolidou como um importante marco na cena literária nacional, é instituído pela Fundação Carlos Morgado e organizado pela Catalogus, com o patrocínio da MGC – Matola Gas Company, na edição 2025, tem como objetivo promover a produção literária nacional, dar visibilidade aos novos talentos e fomentar a troca cultural entre escritores e leitores, bem como celebrar Carlos Morgado enquanto cidadão moçambicano e defensor de causas nobres”, avança a nota de imprensa.

Este sábado, em Maputo, será realizada a Corrida Laranja, uma acção simbólica para celebrar o Dia Internacional da Mulher, no contexto do mês da mulher. O tema do ano 2025 para o Dia Internacional da Mulher é “Para TODAS as mulheres e raparigas: direitos, igualdade e empoderamento”. 

De acordo com uma nota de imprensa da Embaixada da Suécia em Moçambique, com o tema visa-se sensibilizar a sociedade em geral para a eliminação da violência

baseada no género, reforçar a luta pelos direitos das mulheres e promover um futuro mais igualitário e sem violência para todas as mulheres e raparigas.

Com distâncias de 5 km, 10 km e 15 km, a corrida terá início às 5h30 da manhã e partirá e terminará no Centro de Manutenção Física António Repinga, onde todos os participantes serão acolhidos e premiados com certificados e medalhas. 

A corrida, adianta a fonte, será uma verdadeira celebração da força, resiliência e determinação das mulheres, reflectindo o compromisso geral da sociedade de correr rumo à igualdade.

é organizado por uma aliança de Embaixadas, Agências de Cooperação e Organizações da Sociedade Civil, incluindo a Embaixada da Bélgica, o Governo de Flandres, a Embaixada da Suécia, o Alto-Comissariado do Reino Unido, a Embaixada da República Federal da Alemanha, a Embaixada do Reino dos Países Baixos, a Embaixada da Irlanda, o Alto-Comissariado do Canadá, a Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento e o Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil.

A Corrida Laranja é um evento inclusivo, aberto a todos, independentemente de género, raça, classe social e condição física, com o objectivo de unir a comunidade em prol da erradicação de todas formas de violência contra as mulheres e na promoção de igualdade de género.

A Corrida Laranja integra as celebrações do Mês da Mulher em Moçambique, que teve início no dia 28 de Fevereiro e culminará no dia 7 de Abril, com a comemoração do Dia da Mulher Moçambicana.

A Corrida Laranja, além de promover saúde e bem-estar, também serve como uma plataforma de reflexão sobre os desafios diários enfrentados pelas mulheres e uma demonstração do compromisso colectivo em criar um futuro mais justo, seguro e igualitário.

Nesta segunda-feira, 10, pelas 13h, no anfiteatro da Universidade Íris, na cidade de Pemba, será lançado o livro “Minha Capulana, Meu Alicerce — Símbolo de Identidade, Tradição e Cultura Moçambicana”, de  Sofia Ahamad de Jany Vasco. 

A ser apresentada por Severino Ngoenha, “Minha Capulana, Meu Alicerce”, que resulta da tese de doutoramento da autora, tem 186 páginas e está dividido em duas partes e nove capítulos. 

Na primeira parte, a obra apresenta, entre vários assuntos, a evolução histórica da capulana, o seu significado e simbolismo e os desafios e a preservação da tradição. 

A segunda parte do livro aborda, de forma abrangente, o “Projecto Ikuru”, uma iniciativa que une arte, cultura e transformação de vida por meio da capulana.

Para a autora, citada na nota de imprensa da Gala Gala, o livro é “uma homenagem às nossas raízes, à riqueza da nossa cultura e ao poder que a capulana tem de contar histórias, unir gerações e fortalecer a nossa identidade”.

De acordo com Ibraimo Hassane Mussagy, Vice-reitor da Universidade Rovuma, que assina o prefácio, “as palavras Minha Capulana, Meu Alicerce, logo no título da obra, são reveladoras da apropriação, de pertença da mulher, deste pano de quem o lê. À partida, a autora visa revelar a importância, a força vincada e a interferência cultural e identitária diária que este pano possui nas mulheres moçambicanas”. 

No mesmo diapasão, escreve a professora Alice Albertina Nhamposse, da Universidade Católica, “a obra nos convoca a uma reflexão crítica sobre o papel que a cultura desempenha na formação da identidade colectiva, através da capulana, enquanto veículo de honra”.

“Na ocasião de lançamento, Edna Tuabo, a Primeira-Dama Provincial de Cabo Delgado, Iolanda de Almeida, Directora Provincial de Cultura e Turismo e a Professora Tanira Suandique comporão uma mesa-redonda para comentar sobre a obra. O evento é aberto ao público”, le-se na nota de imprensa da editora.

“Minha Capulana, Meu Alicerce” sai sob a chancela da Gala-Gala Edições e integra a colectânea Nossa Gente, Nossas Línguas.

SOBRE A AUTORA

Sofia Ahamad de Jany Vasco é doutora em Ciências da Comunicação, com especialização em Comunicação e Marketing. Possui mais de oito publicações científicas em revistas indexadas, nacional e internacionalmente. Constou, por dois anos consecutivos (2023 e 2024), no rank dos cem (100) cientistas moçambicanos, estando entre os cinco destacados para a Universidade Católica de Moçambique pela AD Scientific Index. É empreendedora e membro da Ordem dos Contabilistas e Auditores de Moçambique. Desde 2022, é avaliadora externa de cursos e Programas do Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade (CNAQ).

Actualmente é Vice-Reitora para a área de Gestão Académica na Universidade Íris.

A fim de celebrar o “Mês dos Direitos da Mulher”, o Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) recebe, na Sexta-feira, 7 de Março, às 20h, na Sala Grande, a 7ª edição do espectáculo “Quem Disse que as Mulheres Não Podem Fazer uma Serenata?”.

A iniciativa da Banda Kakana celebra a força e o talento feminino, reunindo diversas formas de expressão artística num encontro singular. Assim, o espectáculo destaca o talento e a arte das mulheres de várias partes do mundo, inspirado pela música “Serenata”, do primeiro álbum da banda, que transmite uma forte mensagem de empoderamento feminino.

”Por ocasião do Dia Internacional dos Direitos da Mulher, que se assinala a 8 de Março, a Banda Kakana promove anualmente, desde 2019, este evento que dá palco a artistas de diferentes estilos e linguagens artísticas. Esta será a terceira vez que o CCFM acolhe o espectáculo, reforçando o seu compromisso com a valorização da arte e do protagonismo feminino”, lê-se na nota de imprensa.

Na edição deste ano, o espetáculo contará com a participação de Ângela Comé (violoncelista), Anneliese Huber (bailarina), Anita Macuácua (cantora), Beauty Sitoe (cantora e mbiricista), Catarina Rombe  flautista), Ema de Jesus (poetisa), Iveth Mafundza (rapper), Ivete Vales (saxofonista), Orlanda da Conceição (cantora e contrabaixista), Rosália Mboa (cantora) e Juliana de Sousa como MC.

Segundo a nota se imprensa do Franco, como é tradição, a noite prestará homenagem a uma figura feminina da música moçambicana, reconhecendo o seu legado e a sua contribuição para a cultura musical do país.

Além do espectáculo, haverá também uma feira de artesanato, enriquecendo a experiência do público e promovendo o trabalho de artistas e criadores locais.

O evento marca a abertura das actividades alusivas ao Mês dos Direitos da Mulher, promovido pela Embaixada da França em Moçambique, que se estendem até ao dia 7 de Abril, data em que se celebra a Mulher Moçambicana.

SOBRE A BANDA

Fundada em 2004, por Azarias Arone, guitarrista e líder da banda, e Yolanda Chicane, vocalista, a Banda Kakana é composta actualmente por um grupo de seis músicos. A banda é amplamente reconhecida pela fusão inovadora de estilos, como Afro Rock, Afro Jazz, World Music e toques de Marrabenta, criando uma sonoridade única que conquista o público moçambicano e internacional.

Kakana também se distingue por interpretar canções em várias línguas bantu de Moçambique e em inglês, uma característica que reflecte a rica diversidade linguística do país.

Em 2013, a banda lançou o seu primeiro álbum, Serenata, que lhe valeu o prémio de “Disco Mais Vendido” no Mozambique Music Awards do ano seguinte. Em 2017, a banda lançou Juntos, e, em 2022, foi a vez de Uma Nova Flor, seu terceiro disco, gravado durante a pandemia. O trabalho marcou uma evolução no som da banda, com uma proposta mais introspectiva e uma forte intenção de resgatar valores culturais e reforçar a moçambicanidade na sua expressão musical.

Em 2024, a Banda Kakana celebrou 20 anos de carreira, consolidando-se como uma das principais referências da música moçambicana, com uma trajectória marcada por inovações e pela valorização da cultura do país.

Na 97ª edição dos Oscars, o filme “Anora” foi o grande vencedor da noite, coleccionando os Oscars de Melhor Filme, Melhor Realizador (Sean Baker) e Melhor Actriz (Mikey Madison). Adrien Brody ganhou a estatueta de Melhor Actor pelo seu papel em “O Brutalista”, e o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, foi o Melhor Internacional

Não faltaram surpresas na grande noite dos Oscars, que se realizou este domingo em Hollywood, Los Angeles, nos Estados Unidos. Durante o evento anual, “Anora” destacou-se diante de alguns fortes candidatos, como “O brutalista” e “Emilia Pérez”, e conquistou galardões importantes, como Melhor Filme. Na verdade, a realização de Sean Baker foi a grande vencedora da noite, levando para casa cinco Oscars. Além da mais apetecida, coleccionou ainda as importantes estatuetas de Melhor Realizador (Sean Baker) e Melhor Actriz (Mikey Madison), a que juntaram os Óscares de Melhor Argumento Original e Melhor Montagem.

Adrien Brody ganhou o Oscar de Melhor Actorc pelo seu papel em “O Brutalista”, filme que acabou por ser o grande derrotado da gala no Dolby Theatre, apresentada por Conan O’Brien. Realizado por Brady Corbet, venceu em apenas três categorias. Cumprindo as expectativas mais realistas, o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, foi o Melhor Internacional, representando, assim, o universo de língua oficial portuguesa. 

Abaixo, segue a lista dos vencedores em todas as categorias:

Melhor Filme, Anora;  Melhor Realizador, Sean Baker (Anora); Melhor Actor Principal, Adrien Brody (O Brutalista); Melhor Actriz Principal, Mikey Madison (Anora); Melhor Actor Secundário, Kieran Culkin (A Verdadeira Dor); Melhor Actriz Secundária, Zoe Saldaña, (Emilia Pérez);  Melhor Filme Estrangeiro, Ainda Estou Aqui; Melhor Argumento Original,

Anora; Melhor Argumento Adaptado, Conclave; Melhor Documentário, No Other Land; Melhor Caracterização, A Substância; Melhor Guarda-Roupa, Wicked; Filme de Animação,

Flow; Melhor Banda-Sonora Original, O Brutalista; Melhor Canção Original, El Mal, de Emilia Pérez; Melhor Fotografia, O Brutalista; Melhores Efeitos Visuais, Duna: Parte Dois; Melhor Som, Duna: Parte Dois; Melhor Montagem, Anora; Melhor Design de Produção, Wicked; Melhor Documentário de Curta-Metragem, The Only Girl In The Orchestra; Melhor Curta-Metragem, I’m Not A Robot; e Melhor Curta-Metragem de Animação, In The Shadow Of The Cypress. 

“Com Energia Lemos Melhor” é o lema da iniciativa LER COM ENERGIA, dinamizada pelo escritor Ungulani Ba Ka Khosa, que realizará uma série de actividades literárias nos municípios de Chimoio e Gorongosa, entre os dias 4 e 7 de Março do ano em curso.

As acções incluem palestras na Universidade Pungué, Universidade Católica de Moçambique (Chimoio) e Universidade Católica de Moçambique (Gorongosa), e o apetrechamento de duas bibliotecas escolares: Escola Secundária da FEPOM (Chimoio) e Escola Secundária Eduardo Mondlane (Gorongosa).

O projecto LER COM ENERGIA tem como objectivo promover a leitura, abordando hábitos de leitura, acesso ao livro e uso de bibliotecas, bem como incentivar a interracção entre escritores e estudantes das escolas e universidades públicas, ampliando a presença de obras literárias moçambicanas.

Com a doação de livros às bibliotecas escolares, garante-se que os exemplares permaneçam disponíveis como referência literária nessas instituições.

Ungulani Ba Ka Khosa acredita que as visitas às províncias de Sofala e Manica contribuirão para melhorar os hábitos de leitura em Moçambique, pois, a leitura é uma grande ferramenta de inclusão cultural e desenvolvimento sustentável.

Durante a estadia, o escritor pretende sensibilizar e mobilizar a sociedade para acções voltadas à leitura e fortalecer a responsabilidade social na cadeia produtiva do livro.

A iniciativa Ler Com Energia conta com o patrocínio da empresa Eletricidade de Moçambique (EDM) e a curadoria da Agência Criativa Vírgula.

A Fundação Calouste Gulbenkian, de Portugal, abriu uma candidatura de apoio à realização de cursos de curta duração em artes cénicas para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), designadamente, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O concurso destina-se a apoiar a realização de cursos de curta duração (masterclasses), através da atribuição de subsídios a instituições de produção artística de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique ou São Tomé e Príncipe.

Com o objectivo de contribuir para reduzir a falta de oportunidades e de apoio para artistas emergentes dos PALOP integrarem as tendências globais das artes, nomeadamente na formação em artes cénicas (encenação e direcção artística, cenografia e espaço cénico, iluminação, sonoplastia, figurinos e caracterização, dramaturgia, etc.), o concurso pretende incentivar a formação de qualidade, com recurso a formadores nacionais ou internacionais.

Em termos de elegibilidade, o apoio destina-se a instituições de produção artística, privadas, sem fins lucrativos, com sede em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique ou São Tomé e Príncipe, com actividade comprovada na cena artística do país, não devendo ter outra candidatura no âmbito do presente concurso.

Os cursos não devem ter uma duração superior a 2 semanas e devem ser realizados no máximo até 30 de Novembro de 2025.

De igual modo, os cursos devem ser orientados por formadores de reconhecido mérito na área das artes cénicas.

Com efeito, só serão aceites candidaturas online, mediante um registo, uma submissão do formulário de candidatura com a verificação de todos os critérios de elegibilidade. 

A candidatura só será admissível depois de preenchidos todos os campos obrigatórios do formulário e feito o upload da documentação exigida no Regulamento, disponível nas plataformas online da Fundação Calouste Gulbenkian.  

As candidaturas estão abertas desde 3 de Fevereiro e encerram a 31 Março deste ano. 

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