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O escritor Leko Nkhululeko vai lançar o seu livro intitulado “Voz e Ancestralidade”, no Instituto Guimarães Rosa.

O lançamento da obra será feito no dia 7 de Outubro, e conta com a apresentação de Dionísio Bahule e os comentários do Antropólogo Hélder Nhamaze.

“Vozes e Ancestralidade” é a primeira obra do autor no campo da narração.

O saxofonista moçambicano Moreira Chonguiça apresentou, na sexta-feira, “Na Ku Randza”, o segundo capítulo da sua trilogia musical em tributo à lenda Gito Baloi, no ano em que Moçambique assinala meio século de independência.

Nesta homenagem, Chonguiça conou com a participação do jovem vocalista Pauleta Muholove, uma das vozes em ascensão no país. A canção “Na Ku Randza” (“Amo-te”, em changana) é uma reinterpretação emotiva do clássico de Gito Baloi – ícone da música moçambicana e africana e cofundador do lendário trio sul-africano de World Music Tananas.

A nova versão mantém a essência do original, mas ganha a assinatura de produção de Moreira Chonguiça e a energia vocal de Pauleta Muholove, unindo gerações e reforçando o diálogo entre tradição e inovação que celebra a riqueza cultural de Moçambique.

A multifacetada artista e escritora moçambicana Mel Matsinhe prepara-se para apresentar ao público a sua mais recente obra literária, intitulada Translúcida, Tilu e o Mar, no dia 23 deste mês, pelas 17h00, na Galeria do Porto, em Maputo.

O livro, que sai sob a chancela da Xiluva Arte Edições, aborda a inclusão como chave de solução em relação a desafios de uma comunidade: crianças, adolescentes, adultos, idosos, pessoas com ou sem educação formal, todas têm algo a contribuir para ultrapassar os desafios relacionados ao meio ambiente.

“Quem disse que as crianças não têm ideias valiosas? A partir de um encontro misterioso, a pequena Tilu compreende a dimensão holística na vida e na comunidade, e inicia, assim, um movimento colectivo de resgate da vila”, diz a autora.

Dirigida ao público infanto-juvenil, esta é uma obra que procura elevar o que de melhor existe nas comunidades e nas pessoas. Translúcida, Tilu e o Mar é a segunda obra infantil da autora, após O Tambor de Nacito, apresentado em 2021.

O evento de apresentação da obra contará com a presença de adolescentes da Escola de Artes Xiluva e com o actor Dadivo.

A carreira de Mel Matsinhe é marcada por uma dedicação à liberdade da criança de ser e criar, com especial atenção às crianças no espectro autista, com as quais desenvolve o ensino do piano como terapia.

É fundadora da Escola de Artes Xiluva e directora do Njingiritana, Festival da Criança. Em 2022, foi reconhecida pela revista Bantumen como uma das 100 personalidades mais influentes da lusofonia. 

Matsinhe é um nome incontornável no sector criativo, dado o impacto do seu trabalho dentro e fora do país, onde se destaca como activista para o desenvolvimento deste sector.

A cidade de Maputo será palco do encontro entre o ícone da música moçambicana Stewart Sukuma e o carismático artista guineense Remna Schwarz, num concerto intimista que terá lugar no palco da XHUB – Incubadora de Negócios Culturais e Criativos.

O espetáculo nasce de uma conexão artística inesperada, mas poderosa. Durante a Residência Artística promovida pela Associação Scala em parceria com a Khuzula, que reuniu talentos de sete países de língua portuguesa, Remna e Stewart não apenas participaram numa criação colectiva que celebra Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, mas também se encontraram em estúdio numa atmosfera de cumplicidade criativa.

Foi aí que as guitarras, as vozes e as emoções falaram mais alto. As afinidades musicais e a paixão pela fusão cultural abriram espaço para um desejo mútuo: partilhar mais do que uma canção, partilhar palcos, histórias e sonoridades. Dessa energia nasceu o convite irresistível a um concerto que promete ser uma viagem entre tradição e modernidade, África e mundo.

Um diálogo entre duas forças musicais Stewart Sukuma, com a sua carreira marcada por hinos que ecoam no imaginário moçambicano e internacional, traz a experiência, a voz calorosa e a identidade rítmica de Moçambique. 

Já Remna, descrito como um “tesouro africano”, carrega consigo a riqueza de um percurso nómada, que mistura o pulsar da Guiné-Bissau com influências de continentes inteiros, do Mali a Cuba, de Cabo Verde aos Estados Unidos.

Juntos, criam um espectáculo raro, onde as cordas e as vozes se entrelaçam, num jogo de cumplicidade artística que transcende fronteiras. Mais do que um concerto, será um manifesto de que a música tem o poder de unir culturas, curar distâncias e abrir caminhos para colaborações futuras.

O palco da XHUB vai receber este encontro como quem testemunha a primeira faísca de uma parceria que tem tudo para marcar a cena musical lusófona. Stewart Sukuma e Remna prometem partilhar não

só canções, mas também a intensidade de dois universos que se encontram para celebrar a diversidade, a criatividade e o futuro da música africana no mundo.

O ex-Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, lançou, esta quinta-feira, o livro “Agenda Nacional”, em Maputo. Segundo o ex-governante, o livro versa sobre riqueza e cultura mocambicana, com foco na inclusão.

Falar coisas difíceis de forma artística é o que o autor da obra “Agenda Nacional (Moça+mbique = Moçambique)”, Adriano Maleiane, leva aos leitores. Lançada nesta quinta-feira, a obra propõe a inclusão dos moçambicanos na riqueza nacional e valorização da cultura. 

Maleiane aponta que é necessário eliminar a corrupção no país, motivada por problemas de carácter, através da estruturação da família e fiscalização.

O autor da obra sugere que se deve institucionalizar a família para maior inclusão na riqueza nacional. Na ocasião, a Primeira-ministra, Benvinda Levi, referiu que espera colher experiência do livro para seu percurso governativo. 

Além da recente obra, Maleiane tem outras, entre elas, “Banca e Finanças” e “A Visão de Samora Machel sobre a Economia de Moçambique no Pós-independência”, com propostas de soluções para os desafios do país.

Moçambique promove turismo de natureza na Feira Internacional do turismo no Zimbabwe 

Moçambique participa na maior feira Internacional do turismo no Zimbabwe, através do Instituto nacional do turismo, administração nacional das áreas de conservação (ANAC) e províncias de Manica e Sofala, o nosso país quer promover o turismo baseado na natureza para atrair investidores.

A maior feira internacional do turismo que decorre no Zimbabwe, concretamente em Mutare designa-se por Sanganai. É aqui onde o nosso país, estão a promover turismo baseado na natureza, atrair investidores e estabelecer parcerias estratégicas que contribuam para áreas de conservação e desenvolvimento do país. Nesta tenda, o presidente Zimbabweano fez abertura oficial. 

A feira internacional de sanganai é a principal feira anual do turismo do Zimbabwe, e é uma plataforma importante para apresentar as ofertas turísticas mais atrativas de África.

Dos que participam neste evento destacam-se investidores e jornalistas de diversos cantos do mundo, tal é o caso de EUA, Reino Unido, China, Austrália e toda a África.

O Governo vai passar a registar os artistas moçambicanos e atribuir carteiras profissionais aos fazedores de artes e cultura. O facto consta da proposta de estatuto do artista apresentada hoje, em Maputo. Durante a auscultação, alguns artistas chamam atenção para o risco de o instrumento elitizar a classe.

Depois de muitos anos, a classe artística começa a respirar de alívio, com a apresentação da primeira proposta do Estatuto do artista, um instrumento que regula a actividade. 

O reconhecimento da classe é um dos desafios que se pretende responder no instrumento. Diante dos fazedores da arte, Ivan Bonde, Director Nacional de Artes e Culturas, apelou a contribuição de todos neste processo. 

Apresentada a proposta, os artistas até saúdam a iniciativa, mas temem pela elitização da classe. O roteirista e actor Alvim Cossa questiona o facto de o instrumento atribuir ao Governo o poder de registar os artistas. Por isso, defende que o estatuto acolha todas as opiniões sinceras de quem faz o dia a dia das artes e cultura. 

O processo de auscultação da proposta do estatuto vai decorrer em todo o país.

O ex-Embaixador e ex-Secretário Executivo da CPLP, Murade Murargy, lança, esta quinta-feira,  o livro “Traços de uma Vida de Superação”, na cidade de Maputo. A apresentação da obra será feita pelo escritor Hélder Muteia. 

“Traços de uma Vida de Superação” é um livro de memórias e sai sob a chancela da Gala-Gala Edições que, desta forma, dá continuidade a uma colecção de obras do mesmo género.  Com cerca de 25 capítulos, o livro aborda, de forma frontal e ousada, o percurso do autor desde a infância, em Manjacaze, até à vida adulta. 

A obra retrata as raízes e os destinos do autor e explora, de forma didáctica, os meandros das suas relações afectivas com a sua família, amigos e demais parceiros de jornada. Partilha episódios marcantes do seu percurso e explora, de forma detalhada, os dramas da transição do regime colonial para a Independência Nacional, observados a partir de Lisboa, onde se encontrava a residir, bem como a decisão de regressar ao país para se juntar aos esforços para a edificação de uma Nação livre e próspera. 

A Secretária de Estado das Artes e Cultura, Matilde Muocha, visitou a residência artística do projecto “Resistência e Afirmação Cultural”, em Maputo, onde mais de 14 jovens criadores de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Portugal, maioritariamente mulheres, estão a transformar memórias das lutas de libertação e do antifascismo em Portugal em actos artísticos contemporâneos.

Muocha recordou a sua própria ligação à iniciativa. “Eu era funcionária do projecto Resistência e Afirmação Cultural, e para mim foi um projecto muito emocionante. Foi um prazer poder passar e familiarizar-me com as pesquisas, os pedaços da investigação toda, e começar a conhecer as conexões.”

A governante sublinhou ainda a importância de reconhecer a raiz comum entre diferentes países e práticas artísticas: “Nós estamos em pontos distintos, mas temos uma raiz comum. É emocionante ver isto que começámos a escrever em teoria, no papel, ganhar vida, a se transformar numa produção em que podemos voar, ganhar espaço, sempre com uma dimensão crítica.”

A visita foi também um momento de reflexão sobre o papel da arte como linguagem universal de resistência e reinvenção: “Às vezes um instrumento vê o outro lado, um extracto, uma perspectiva, da resistência cultural. É inspirador perceber como podemos contemporaneizar estas memórias e como a audiência irá receber este tecido no palco. Eu estarei na primeira fila para assistir ao produto final”, disse.

Organizada pela Associação Cultural Scala e pela Khuzula Investiments, a residência seleccionou artistas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Portugal, escolhidos entre mais de uma centena de candidaturas.

A iniciativa integra o “Resistência e Afirmação Cultural”, projecto coordenado pela Associação Cultural Scala, de Moçambique, e reúne sete instituições dos países de língua portuguesa. A acção visa investigar e recriar manifestações artísticas ocorridas durante o processo de libertação colonial dos PALOP e de Timor-Leste, assim como durante as lutas antifascistas em Portugal.

O espectáculo final, marcado para 12 de Setembro, cruzará teatro, música, dança e poesia, reunindo mais de 50 intervenientes em palco. O trabalho será filmado e integrado na plataforma digital CASA, biblioteca virtual das artes performativas dos países envolvidos.

 

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