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O saxofonista moçambicano, Ivan Mazuze, radicado na Noruega, volta a Moçambique para mais um concerto, que marca o regresso do músico às suas origens. O notável músico do jazz vai apresentar, no dia 7 de Novembro, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em Maputo, o álbum “Penuka”, uma proposta musical que une tradição, inovação e espiritualidade.

O concerto marca a estreia oficial do álbum “Penuka” em Moçambique, após a sua apresentação oficial em 2024, e uma trajectória internacional de sucesso, tendo passado por Noruega, Brasil e África do Sul. Pela primeira vez, Mazuze traz um elenco de instrumentistas internacionais que constituem o “Penuka Ensemble”, junto com artistas nacionais de destaque e que acompanham a sua jornada internacional, constituindo assim um grande diferencial no que diz respeito às suas actuações nos palcos de Maputo.

O Penuka Ensemble é um elenco que transporta uma expressão vibrante da diversidade musical. Os seus arranjos refinados e as improvisações dinâmicas oferecem uma experiência sonora única, que conecta continentes e culturas. Ivan Mazuze volta a Moçambique para reencontrar o seu público sedento de consumir “Penuka”.

“Volto para o meu país com um resultado que me conforta, como compositor e como moçambicano sobretudo pelo facto de que o trabalho que vou apresentar explora as raízes moçambicanas e africanas, embora com influências árabes e indianas. Chegou o momento dos moçambicanos usufruírem do ‘Penuka’ viver uma experiência diferente”.

Lançado em 2024, “Penuka” é uma obra musical profundamente enraizada nas tradições africanas. O álbum é uma fusão sofisticada entre o jazz contemporâneo e as sonoridades globais, criando uma paisagem sonora rica, espiritual e envolvente. O mais recente trabalho discográfico de Mazuze é um ambicioso projecto apoiado pela Global Oslo Music e é resultado de uma investigação profunda de diferentes influências culturais apresentadas através de uma lente de jazz contemporâneo.

O álbum é o testemunho das trocas culturais seculares facilitadas pelas rotas comerciais através do continente africano. O músico mostra como as tradições musicais africanas absorveram e reinterpretaram elementos do património musical de diferentes continentes ao longo do tempo e quer levar o público amante do jazz a um concerto verdadeiramente imersivo.

O álbum “Penuka” tem recebido ampla aclamação da crítica especializada, em diversos países. Veículos de mídia e profissionais da indústria musical no Canadá, Itália, África do Sul, Brasil, Noruega, Espanha e Portugal destacaram a originalidade, profundidade cultural e excelência artística da obra.

 

Encerrou, segunda-feira, o maior evento de exposições do Japão, a EXPO OSAKA, que durou seis meses e contou com a participação de 158 países, incluindo Moçambique, e 7 organizações internacionais. O Ministro das Comunicações e Transformação Digital, Américo Muchanga, presente no encerramento da Expo Osaka, diz que o país deve aproveitar eventos desta dimensão para buscar parcerias que possam potenciar a área económica na sua amplitude, como caminho para o desenvolvimento do país.

Milhares de pessoas assistiram à cerimónia de encerramento da Expo 2025, de Osaka, Japão, marcada por vários momentos com destaque para apresentações artísticas, num ambiente que decorreu debaixo do sol intenso, mas com os visitantes dispostos a acompanhar cada um deles.

O momento mais alto foi o desfile das bandeiras de todos os países participantes e desfile do mascote oficial do evento designado Myaku-Myaku. Por fim o dia terminou com um espectáculo nocturno de fogos de artifício.

Com o tema “Projectando a Sociedade do Futuro para Nossas Vidas”, a Expo 2025 Osaka, que teve a duração de 6 meses, constituiu uma oportunidade para estabelecer parcerias e é nesse contexto que o Ministro das Comunicações e Transformação Digital, Américo Muchanga, diz que Moçambique deve buscar em eventos desta dimensão fórmulas que possam potenciar a área económica, como caminho para o desenvolvimento do País.

“Moçambique deve buscar neste tipo de exposição parcerias que possam potenciar as suas áreas económicas, das quais pode basear o seu desenvolvimento. A área da agricultura, pesca e pecuária, a área de energia, a área de recursos minerais, a área do turismo, a área de transporte logística e também mostrar aquilo que nós temos da área da cultura, porque a cultura também é parte da nossa economia. Então, são essas parcerias que devemos buscar, porque essas ajudam a levar o nosso país para um outro passo”, disse Américo Muchanga.

No que à área de tecnologias que tutela diz respeito, o ministro considerou ter sido fundamental colher experiências de outros países para implementar internamente, como forma de se conectar cada vez mais com o mundo.

“Em termos de inovação, nós podemos testemunhar que há muitos países que estão a usar as tecnologias de informação e comunicação, estão a usar a inteligência artificial para criar soluções adequadas, digamos, para a sua população, para os seus cidadãos. São essas parcerias que devemos buscar para podermos implementar o nosso país”, disse o Ministro das Comunicações e Transformação Digital.

Os visitantes da Expo dizem que o evento foi uma oportunidade para o Japão conectar-se ao mundo.

“Eu moro em Osaka e hoje foi a décima primeira vez que vim ao evento. No início eu não conseguia entender sobre tudo isto, mas como vim várias vezes acabei entendendo a sua essência. É um local de muita aprendizagem e eu vim buscar boas energias que a Expo transmitiu”, disse Ikue Nishimine.

Por seu turno, Higasji Ryuichi, também visitante, disse que o evento foi produtivo uma vez que “vários países do mundo encontraram-se no mesmo espaço para intercâmbio a mais alto nível. Tudo aqui foi feito pensando no futuro da humanidade e no bem estar do meio ambiente. Foi muito bom viver esta experiência”.

Passaram pela Expo 2025 Osaka cerca de 28 milhões de visitantes de várias nacionalidades, incluindo muitas centenas de moçambicanos que por diversas razões estiveram no Japão.

A Expo universal realiza-se de 5 em 5 anos, sendo que a próxima será em 2030 em Riade, na Arábia Saudita.

“A Mente de um Grande Guitarrista – Um Guia de Motivação Artística” é o livro de estreia do músico, professor e guitarrista Elcides Carlos, sob a estampa da Agência Criativa Vírgula, com o lançamento marcado para o dia 14 de Outubro, às 18h00, no Instituto Guimarães Rosa, em Maputo. A apresentação do livro será feita pelo músico Stewart Sukuma. 

No livro autobiográfico, pedagógico e criativo, Elcides recorda-se de momentos especiais em que sua família se reunia para ouvir os discos de vinil de seu pai, que eram considerados verdadeiros tesouros. Essa exposição a uma variedade de estilos musicais internacionais, como James Brown, Martinho da Vila, Manu Dibango, Steve Kekana e Fany Mpfumo, teve um impacto profundo em sua paixão pela música.

Na adolescência, Elcides foi exposto a músicas mais sofisticadas, que eram transmitidas nos programas de rádio da Rádio Moçambique. A complexidade e a harmonia dos instrumentos nessas músicas despertaram seu interesse e sua paixão pelo som da guitarra de jazz começou a florescer.

“A Mente de um Grande Guitarrista – Um Guia de Motivação Artística, não é apenas um livro sobre a música, é um convite à transformação pessoal e professional, através da música. Elcides Carlos mergulha na essência da jornada artística, partilhando vivências, dúvidas, vitórias e aprendizados acumulados ao longo de 20 anos de busca”,, descreve a sinopse.

O autor oferece “ferramentas práticas, reflexões e princípios essenciais para quem deseja trilhar o caminho da música. Entre histórias, factos e conselhos estratégicos, o leitor descobrirá o que exige e implica desenvolver disciplina, planificação, e superação de desafios, na trilha de uma caminho artístico”.

As histórias contadas no livro serão o motivo para Elcides Carlos se encontrar com o público no Instituto Guimarães Rosa, numa sessão que será apresentada pelo Stewart Sukuma.

SOBRE O AUTOR

Elcides Carlos Armando é um músico moçambicano, nascido em 23 de Julho de 1985, na cidade de Maputo. Cresceu nos subúrbios da cidade, mais especificamente no bairro de Chamanculo “D”. 

Além da sua carreira na música, Elcides Carlos é licenciado em Física pela Universidade Eduardo Mondlane e actua como docente de guitarra na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da mesma universidade desde 2010.

Artistas internacionais, dos quais o moçambicano Pedro Julião, mostram criatividade inspirados no meio ambiente, no BITUR 2025, em Luanda.

Pedro Julião junta-se a Romeo Niyigena do Rwanda, Dulce Fulai do Moxico, Leonaldo Wally de Cabinda e Rufino Nguvulu do Icolo e Bengo, no leque de artistas visuais em residência artística pelo Resiliart Angola, que tiveram intervenções criativas durante a Bolsa Internacional de Turismo de Angola (BITUR) 2025, realizada em Luanda.

Em declarações ao Jornal de Angola, o curador do projecto, Hermenegildo Kindala, informou que a participação dos artistas do ResiliArt Angola foi em consequência de um convite do Gabinete Provincial da Cultura e Turismo de Luanda

A nossa fonte revelou que realizaram sessões de pintura ao vivo (live painting) com a técnica de acrílico sobre tela, explorando paisagens e observações artísticas inspiradas no turismo interno, particularmente nas visitas realizadas ao Mussulo.

A exposição, oficinas artísticas e as actividades culturais foram acompanhadas pelo ministro da Turismo, Márcio Lopes Daniel, numa manifestação do reconhecimento institucional à importância das artes no fortalecimento do turismo e da identidade nacional.

A participação dos artistas, de 6 e 7 de Outubro, na BITUR, realizada no Centro de Convenções de Talatona, reafirma o compromisso do ResiliArt Angola em dar voz aos artistas. 

Sara Costa, João Borges de Oliveira, Eduardo Tchandja, e o ensaísta e crítico literário moçambicano, Francisco Noa, são alguns dos rostos do VIII Festival Internacional de Poesia (FIP) em Moçambique, que se realiza de 20 a 25 de Outubro, na província de Gaza.

Moçambique acolhe a oitava edição do Festival Internacional de Poesia, um evento que contará com nomes sonantes da Literatura. De Portugal, a escritora Sara Costa e o escritor João Borges de Oliveira, de Angola, o poeta Eduardo Tchandja, do Brasil, a pesquisadora e ensaísta actualmente radicada em Moçambique, Suely Vasconcelos, de Moçambique, o ensaísta e crítico literário, Francisco Noa, o ensaísta e pesquisador, Alberto Mathe, o ensaísta e pesquisador, Aurélio Ginja, o ensaísta e pesquisador, José dos Remédios.

Ainda de Moçambique, o evento contará com a presença da poeta Hera de Jesus, o poeta Léo Cote, o escritor e cineasta, Alex Dau, o escritor Jorge de Oliveira, o escritor Dragon bee Yoni, o sociólogo Elísio Macamo, o poeta Fernando Absalão, o escritor e editor Jessemusse Cacinda, e entre outros.  

Os convidados juntam-se ao elenco da Xitende, composto por diversos escritores tais como: o Almeida Cumbane, o Acácio Massingue, a Begnen Zaqueu, a Deusa d’África, o Dom Midó das Dores, o Edson Pereira, o Elísio Miambo, o Estevão Zitha, o Jordão Domingos, o Lahissane, a Matilde Matema, o Mbalapala, o Mupfana wa Xithokozelo, o Otildo Justino Guido, e músicos como Adérito Luis, Bartolomeu Hassane e Marcos de Aurora.  

Associação Xitende realiza esta oitava edição no presente ano em que celebra seus 29 anos de existência e continua firme na sua visão de ser um veículo de dinamização e divulgação da Literatura

Derek Littleton apresentou, na quarta-feira, a exposição de pintura intitulada “Onde sonhamos enquanto os leões rugem”, com a curadoria de Yolanda Couto. A exposição foi inaugurada na Fundação Fernando Leite Couto.

Derek Littleton dedica a sua vida à conservação ambiental e social, protegendo elefantes, restaurando ecossistemas e empoderando comunidades, um caminho que iniciou nos parques nacionais do Zimbabwe, até chegar a Moçambique, onde há 25 anos se baseou na zona Norte, concretamente na Reserva Especial do Niassa.

Na exposição, mostra-se o artista profundo que é Derek Littleton. Em “Onde sonhamos enquanto os leões rugem”, o artista coloca uma paleta de cores, onde predominam o verde, o azul, o cinza, castanho e amarelo, partindo de um ambiente de natureza intacta, onde tudo segue um curso normal ou ideal, com todos os seres em coabitação, intimamente ligados, desconhece-se o conflito, antes a harmonia de se ser e se pertencer.

São telas, na sua maioria, pintadas em acrílico e pastel sobre madeira, mas traduzindo o universo inesgotável das “coisas” e dos elementos da natureza, em diálogo com o espírito observador e sensível do artista. As obras de Derek fantasiam a humanidade onde o homem ao invés de lutar para alterar a ordem das coisas ele se envolve, adapta-se e complementa-se a outros seres.

A poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares é a vencedora da 37.ª edição do Prémio Camões, anunciou, nesta quarta-feira, a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) em Portugal. Ana Paula Tavares torna-se, assim, a primeira angolana a vencer o maior prémio literário da língua portuguesa, que já foi conquistado pelos moçambicanos José Craveirinha (1991), Mia Couto (2013) e Paulina Chiziane (2021).

Ao atribuir o Prémio Camões 2025 a Ana Paula Tavares, é distinguida “a sua fecunda e coerente trajectória de criação estética e, em especial, o seu resgate de dignidade da Poesia”, refere o júri, num comunicado divulgado pela DGLAB.

“O Júri sublinhou que, com a dicção do seu lirismo sem concessões evasivas e com os livres compromissos da produção em crónica e em ficção narrativa, a obra de Ana Paula Tavares ganha também relevante dimensão antropológica em perspectiva histórica”, lê-se no comunicado.

O nome do vencedor foi decidido nesta quarta-feira, numa reunião que juntou todos os elementos do júri: a poeta e investigadora Ana Mafalda Leite (Portugal), o escritor e professor José Carlos Seabra Pereira (Portugal), o ensaísta, professor e crítico literário Francisco Noa (Moçambique), o historiador e professor Arno Wehling (Brasil), a professora Maria Lucia Santaella Braga (Brasil) e o poeta e crítico literário Lopito Feijóo (Angola).

Nascida em 1952 em Angola, na cidade de Lubango, Ana Paula Tavares é doutorada em Antropologia da História, pela Universidade Nova de Lisboa.

A poeta e historiadora vive actualmente em Lisboa e é docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, colaborando também com várias instituições como investigadora convidada, como o CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o AHNA (Arquivo Histórico Nacional de Angola).

Entre 1983 e 1985, coordenou o Gabinete de Investigação do Centro Nacional de Documentação Histórica em Luanda, e foi membro do júri do Prémio Nacional de Literatura de Angola entre 1988 e 1990.

Em declarações à agência Lusa, Ana Paula Tavares afirmou que “espero que haja a possibilidade de continuar a provar que a poesia tem um lugar nas nossas vidas, nos nossos compromissos, nas nossas lutas diárias”.

Ana Paula Tavares afirmou que, desde o momento em que soube da notícia, a primeira coisa que lhe ocorreu foram as mulheres do seu país, Angola: “Aquelas que continuam em silêncio, a lutar pela vida todos os dias, a inventar a vida, a reconstruir essa mesma vida”.

“Não tenho pretensões de falar em nome das mulheres do meu país. Sou uma mulher angolana e essa é a minha função, mas se a minha palavra de alguma maneira puder tocá-las e tocar as instâncias que podem — ou que devem — mudar as coisas é um objectivo que gostava” de alcançar, afirmou a escritora.

A autora integra a “geração de 80”, preocupando-se especialmente com a condição da mulher na sociedade angolana. A sua poesia utiliza um “sujeito poético” feminino como veículo de denúncia e libertação, explorando símbolos como cores, frutos e ornamentos, mesclando religiosidade cristã e realidade africana. Entre os seus livros de poesia destacam-se: Ritos de Passagem (1985), O Lago da Lua (1999) e Dizes-me Coisas Amargas Como os Frutos (2001), tendo também publicado crónicas e ensaios sobre a história de Angola.

Em comunicado, a Editorial Caminho afirmou Ana Paula Tavares é “uma referência incontornável no espaço da língua portuguesa” e “foi com imensa alegria que recebemos a notícia que a poeta e historiadora foi distinguida com o Prémio Camões 2025”.

O país encerrou, nesta segunda-feira, a sua participação na Expo Osaka 2025 de forma grandiosa, com a participação de diversos artistas nacionais que emocionaram centenas de participantes do evento. Foi uma oportunidade para o país divulgar a sua identidade, e a timbila foi a que mais emocionou os estrangeiros presentes.

Brilhante! Sedutor! Emocionante! Vibrante! Foi, diga-se, em grande estilo que o país encerrou, na segunda-feira, 6 de Outubro, a sua participação na Expo Osaka 2025.

Nada melhor que fechar em grande com um espectáculo multidisciplinar denominado “Raízes do Futuro: Moçambique entre Memória e Máquina”, numa viagem pela tradição e inovação.

Uma obra superiormente dirigida pelos conceituados David Abílio, na direcção artística, e Pérola Jaime, responsável pela coreografia.

Um momento de empatia entre os artistas e o público, que vibrou do primeiro ao último minuto da actuação.

Subiram ao palco Xixel Langa, Radja Ali, António Marcos, Sick Brain, May Mbira, Lucrécia Paco, Alvim Cossa e Matchume Zango.

De resto, a execução da timbila levou os demais presentes à loucura, com a exposição da diversidade cultural de Moçambique.

“Foi emocionante vibrar, dançar e cantar com a força dos artistas moçambicanos, particularmente com a actuação dos jovens representando a sua cultura. Eles transmitiam energia e experiência aos nossos jovens. Espero que esta cultura seja preservada e que seja levada para o mundo inteiro”, manifestou Iwee Kanako,  cidadã japonesa.

Quem também se mostrou feliz com a actuação dos moçambicanos é Eku Tukuda, que enalteceu a actuação dos moçambicanos.

“A convivência com os moçambicanos, nos últimos seis meses, foi maravilhosa, porque foi uma oportunidade para entender melhor a cultura dos moçambicanos. Espero que seja uma porta para uma  amizade eterna.”

Falando em timbila, cujos sons contagiaram o público, o artista Matsumbe Zango indicou,  no fim do espetáculo, que chegou a hora de haver mudanças nas políticas culturais.

Por sua vez, a secretária de Estado da Cultura, Matilde Maoche, fez, no final, um balanço da participação do país, destacando, neste sentido, a abertura da comercialização da timbila ao nível internacional.

Nos últimos seis meses, o país exibiu as suas potencialidades, ilustrando a riqueza nacional, desde terra arável a recursos minerais, energia, pesca, potencial agrícola, turismo, cultura, projectos sociais, entre outras áreas e vertentes.

De igual modo, foram exibidas técnicas e soluções que têm sido utilizadas para solucionar problemas locais.

Com esta participação, Moçambique teve a oportunidade de expôr a sua imagem ao mundo e estabelecer parcerias que possam trazer benefícios para a economia nacional.

Derek Littleton apresenta, nesta quarta-feira, a exposição de pintura intitulada “Onde sonhamos enquanto os leões rugem”, com a curadoria de Yolanda Couto. A exposição será inaugurada na Fundação Fernando Leite Couto. 

Derek Littleton dedica a sua vida à conservação ambiental e social, protegendo elefantes, restaurando ecossistemas e empoderando comunidades, um caminho que iniciou nos parques nacionais do Zimbabwe, até chegar a Moçambique, onde há 25 anos se baseou na zona norte, concretamente na Reserva Especial do Nissa.

Na exposição, mostra-se o artista profundo que é Derek Littleton. Em “Onde sonhamos enquanto os leões rugem”., o artista coloca uma paleta de cores, onde predominam o verde, o azul, o cinza, castanho e amarelo, partindo de um ambiente de natureza intacta, onde tudo segue um curso normal ou ideal, com todos os seres em coabitação, intimamente ligados, desconhece-se o conflito, antes a harmonia de se ser e se pertencer.

São telas, na sua maioria, pintadas em acrílico e pastel sobre madeira, mas traduzindo o universo inesgotável das “coisas” e dos elementos da natureza, em diálogo com o espírito observador e sensível do artista. As obras de Derek fantasiam a humanidade onde o homem ao invés de lutar para alterar a ordem das coisas ele se envolve, adapta-se e complementa-se a outros seres.

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