O País – A verdade como notícia

A artista plástica moçambicana, Fauziya Fliege, actualmente a residir em Gana, participa na terceira edição da exposição “Women in Art”, cujo tema é “Encontre sua voz”. 

O evento, que ocorre desde quinta-feira (24) e prolonga-se até 1 de Dezembro, reúne 20 artistas femininas e representa um importante espaço para a expressão e a celebração da diversidade de vozes femininas na arte.

O tema “Encontre sua voz” é um chamado para que as mulheres artistas reivindiquem o seu espaço em um campo historicamente dominado por homens. A exposição, por outro lado, encoraja os participantes a libertarem-se de estereótipos e limitações, promovendo a auto-expressão e a autenticidade em suas obras. 

Fauziya Fliege, com as suas três obras – “As palhotas”, “Green maze” (labirinto verde) e “Hold together” (mantenham-se juntos) – exemplifica essa busca por voz e identidade. Utilizando a técnica acrílica e aquarela, as suas criações reflectem não apenas a sua herança moçambicana, mas também as suas experiências e perspectivas únicas como mulher artista.

Em Gana, o Centro de Mulheres nas Artes desempenha um papel crucial na promoção da equidade de género na comunidade artística. O centro oferece plataformas para que artistas femininas se conectem, colaborem e compartilhem as suas obras. Essa abordagem, não apenas empodera os artistas, mas também educa o público sobre a importância da diversidade de género nas artes. Ao criar um espaço seguro e acolhedor, o centro ajuda a cultivar um ambiente onde as vozes femininas podem ser ouvidas e valorizadas.

De acordo com a artista, exposições como “Women in Art” podem inspirar futuras gerações de artistas femininas ao proporcionar modelos de sucesso e visibilidade para o trabalho de mulheres artistas. Essas exposições celebram a diversidade de talentos e estilos, mostrando que há espaço para a criatividade feminina em todas as suas formas. Além disso, ao destacar as histórias e desafios enfrentados por essas artistas, as exposições podem motivar jovens mulheres a perseguirem suas paixões artísticas e a expressarem-se de maneira autêntica”.

No âmbito das celebrações do quinto Centenário do Nascimento de Camões, os Centros de Língua Portuguesa – Camões, instalados na Universidade Pedagógica de Maputo e na Universidade Eduardo Mondlane realizam, sábado, entre as 9h00 e as 10h30, as Olimpíadas Camonianas.

A actividade consiste na realização de uma prova online composta por questões que testam o conhecimento dos concorrentes sobre a vida e a obra de Luís de Camões.

Através da realização das Olimpíadas Camonianas, pretende-se incentivar o conhecimento sobre a vida de Luís de Camões, promover uma postura reflexiva sobre a obra e o legado literário do escritor e desenvolver o gosto pela literatura e pelos estudos literários.

A participação nas Olimpíadas Camonianas está aberta aos estudantes moçambicanos de todos os níveis de ensino, através de uma ligação de acesso à prova disponibilizada pela organização.

Os vencedores receberão prémios monetários e em material bibliográfico num valor total de 18.000,00 meticais, distribuídos pelos primeiros três classificados.

Cultura e Cidadania é a desiganção de uma iniciativa da Fundação MUSIARTE – Conservatório de Música e Arte Dramática, em parceria com Município de Maputo.

Com o patrocínio da Embaixada da Itália em Moçambique, a organização vai inaugurar um mural urbano, na Travessa Tenente Valadim, esta quarta-feira, na capital do país, pintado pelos Orticanoodles, de Milão, e Sebastião Coana, de Maputo.

A inauguração está inserida na celebração da vigésima quarta Semana da Língua Italiana no Mundo. À Embaixada da Itália junta-se a Embaixada da Suíça, nestas celebrações com o Concerto.Li.
O evento coincidirá, igualmente, com a inauguração das novas instalações da MUSIARTE, sita na Travessa Tenente Valadim.

O concerto clássico e moderno contará com a participação de artistas de renome nacionais e estrangeiros, a destacar: Stella Mendonça, Sónia Mocumbi, Amável Pinto, Argentina Luís, Stefano Pagliari, Luis Lanzarini , Jeanette Micklem, Jessica Urte, e Niamh C.O’Neil.

Cultura e Cidadania é uma iniciativa criada em 2023. O objectivo é promover a utilização das artes como veículo para o desenvolvimento social, através da melhoria dos patrimónios culturais e históricos da capital e da organização de eventos culturais que enriqueçam a qualidade de vida dos munícipes.

A iniciativa será implementada em duas fases, nas quais a primeira fase abrange a requalificação da Travessa Tenente Valadim e da Rua da Catembe, e a segunda fase inclui a Rua do Bagamoio e a Rua Ngungunhane, todas na baixa da cidade de Maputo.

A primeira acção de requalificação foi feita na Travessa, Tenente Valadim, que constitui uma das mais antigas vias da então cidade de Lourenço Marques.

Eduardo António Prieto Valadim (Lisboa, 1865 – Niassa, 1890), mais conhecido por Tenente Valadim, que dá nome à travessa, foi um herói das companhias de conquista e pacificação que Portugal desenvolveu nas suas colónias em finais do século XIX.

A travessa contempla até aos dias actuais, edifícios típicos da arquitectura da era colonial, com destaque para a construção clássica colonial datada do ano 1932, onde mais recentemente funcionou como biblioteca do Banco de Moçambique. Através da parceria entre a Fundação MUSIARTE – Conservatório de Música e Arte Dramática e o Banco de Moçambique, este edifício tornou-se, em 2024, as novas instalações do Conservatório MUSIARTE, como parte do seu projecto de expansão.

O mural urbano da Travessa Tenente Valadim, pintado no contexto desta iniciativa, retrata a diversidade artística musical e vem revitalizar uma das mais pitoresca Travessa no coração da cidade de Maputo. Estiveram também envolvidos nesta acção os jovens moradores de rua que vivem na ruína da esquina entre a Rua da Catembe e a Rua Consiglieri Pedroso.

A pintura também contou com o patrocínio da SwissSolar, a Sika, a Tintas CIN e o o Engenheiro Xavier Nhaca.

A Iniciativa Cultura e Cidadania pretende continuar a juntar esforços com todas as entidades situadas na baixa da cidade, quer sejam culturais, económicas, estatais, turísticas, entre outras, para a melhoria das condições das infra-estruturas, do saneamento do meio, segurança e do aspecto visual desta parte da cidade.

“Se já têm conclusões sobre o assassinto de Elvino Dias e Paulo Guambe, que nos dêm os dados para responsabilizarmos os criminosos como Estado”, diz Presidente da República. Filipe Nyusi teceu duras críticas a comunidade internacional que associa os bárbaros assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe ao partido Frelimo. Nyusi diz que as acusações limitam e que o correcto é esperar as investigações.

O chefe do estado voltou a referir o posicionamento do governo sobre o assassinato de Elvino dias, advogado do candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, e de Paulo Guambe, mandatário do mesmo partido. Nyusi eleogia o gesto solidário da comunidade internacional, que unanimimente condenou os assassinatos.

“Todos os pronunciamentos de missões diplomaticas foram unânimes na condenação dos assassinatos associando-os ao actual processo político, no entanto, sem acusar nas entrelinhas insinuavam que os incidentes pudessem ter algumas ligaçõoes com os vencedores, exceptuando a Commonwealth, que fez um comunicado sucinto e com base em factos disponíveis e sem quaisquer insinuações”, criticou.

O presidente foi ainda mais longe e pediu que a comunidade internacional que apresente as provas de “que o crime foi cometido pelo partido Frelimo, conforme sugerem”.
“Não se pode fazer insinuações. Isso limita o raciocínio. Um dos embaixadoresate teve coragem de emitir uma comunicação em nome do seu país associando o assassinato ao roubo de votos pela Frelimo. Como sabe disso?, se há ja conclusão é talvez, trazer-nos esses dados para responsabilizamos por esses actos como Estado. O mais correto é deixar as investigações prosseguem em todas as versões e pistas que podem estar disponíveis”, apelou.

O presidente diz que as investigações estão a ser feitas pois é do interesse do Esatado e do Governo que haja responsabilizacao.

“Estamos a investigar de modo a responsabilizar os criminosos para serem julgados e punidos de forma exemplar com vista a desencorajar actos desta natureza. Tendo em conta o historial eleitoral importa referir que nunca aconteceu um acto igual e dessa dimensão. A posição do governo e que ao invés de se presumir que foram assassinados ou que existe relação desses crimes ao processo eleitoral o mais importante e encontramos o assassino não interessa que motivação ele teve e e a unica solução que perimite que nao haja especulacoes.”

Observadores: “O processo eleitoral foi pacífico”

“Os observadores e os jornalistas acreditados pelo órgão competente, os observadores estiveram lá a ver e o jornalista esteve lá. O governo não é da Frelimo e sim do Estado moçambicano. Cada partido concorrente fez a sua campanha em ambiente de festa e tivemos observadores que não sabiam se era festa ou campanha mas era campanha.Todos víamos com excepção de uma mancha de uma linguagem ofensiva contra os outros, insultavam-se alguns, havia situação de falar mal do outro. As mesas tiveram os respectivos membros”.

“As missões de observação nacionais e internacionais constataram que o processo eleitoral em Moçambique incluindo a contagem de votos foi transparente. Disseram que as eleições foram livres e justas só que a posterior alguns referiram-se ao fenômeno dos enchimentos mas se estavam lá e eu até pergunto então colaboraram para os enchimentos, mas em geral a campanha e o processo de votação decorreram bem.

Alguns candidatos apoiados por alguns partidos para além de contestar os resultados numa plataforma digital ridicularizaram os órgãos eleitorais, sobretudo a CNE, e citando nome de pais de famílias, proferindo até impropérios de todo o tipo, ficou um pouco difícil perceber qual é o caminho que se segue. Importa referir que mesmo enquanto ainda estavam apurados menos de 10% dos votos declarou-se vencedor incontestável anunciando que já tinha criado uma comissão de transição de poderes apoiado apoiantes a manifestarem-se. Onde que ouviu-se isso é o que fez para ter certeza absoluta?”.

Na próxima quinta-feira, às 18 horas, no Teatro Avenida, em Maputo, Ramadane Matusse vai estrear “Sobre toda escuridão”, adpatação do original de Mélio Tinga. O espectáculo teatral também será exibido, no mesmo espaço, nos dias  1, 2, 7, 8, 9, 14, 15 e 16 de Novembro.

Depois da morte inesperada da mulher, um homem imerge numa profunda depressão. Entre memórias e alucinações, a personagem tenta encontrar uma nova forma de vida. No entanto, à medida que as lembranças se intensificam, o protagonista vê-se diante de uma escolha difícil. Essencialmente, esta é a  sinopse do espectáculo teatral “Sobre toda escuridão”, com direcção de Ramadane Matusse.

Com a participação de Maria Auzenda e Paulo Jamine (actores), Francisca Minine (dança), Gerson Mbalango (design de som) e Fernanda Muhambe (cenografia), o espectáculo surge como resultado de um desafio dado ao director. “Já existia a ideia de levar [o texto] para o teatro, e eu surgi como solução para a materialização do projecto. Depois de receber o livro e tê-lo lido, apaixonei-me pela escrita do autor, a forma como este trata as palavras e a maneira como descreve os vários episódios desta trama”. Assim, acrescenta Ramadane Matusse, a cada capítulo do livro foi vislumbrando as possíveis formas de adaptar o texto que tem um carácter intimista, com a depressão no centro dos eventos nucleares.

Ramadane Matusse começou a trabalhar no projecto em Junho, o que lhe permitiu, muitas vezes, pensar profundamente na seguinte questão existencial: “Para que é a vida?”

Sem respostas categóricas, Matusse compreendeu a necessidade que Homem deve ter de prestar e dar mais atenção às pessoas à sua volta, sem nunca corromper a verdade. Por via da instropecção, a preparação do espectáculo tornou-se um processo terapêutico, tanto para si, como para os actores.

Com efeito, a partir do enredo de “Sobre toda escuridão”, o director do espectáculo e os actores esperam levar os espectadores a uma imersão em outros planos emotivos, muitas vezes evitados. “Queremos partilhar, em uma hora [duração do espectáculo], um pouco da nossa sensibilidade, um pouco do resultado de dias, semanas e meses de trabalho, de partilha do nosso eu. Queremos que as pessoas reflictam em torno da saúde mental”, afirmou Ramadane Matusse.

Referindo-se, particularmente, à adaptação, Mélio Tinga referiu que a sua convicção é que o texto literário, em si, não termina. Pelo contrário, sempre precisa de um elemento que o amplie ou amplifique. Dependendo do contexto, pode ser o leitor, o músico ou o actor a fazê-lo. “Aprecio este diálogo e, no caso desta peça, o encenador mostrou-me que o texto nunca é completo, pleno, mostrou-me a face não visível na escrita, interpretando a partir, também, da sua visão do mundo e do problema global que é a depressão da perda”, disse o escritor.

Os ingressos para o espectáculo “Sobre toda escuridão” podem ser adquiridos na Catalogus, no Camões – Centro Cultural Português, na Sabura e no Teatro Avenida.

O Ministério da Cultura e Turismo, através do Instituto Nacional do Turismo (INATUR), participou, de 23 a 25 de Outubro, na primeira fase do projecto TRILAND 2024-2025, uma iniciativa estratégica de promoção turística conjunta, envolvendo três países da África Austral: Moçambique, África do Sul (província de Mpumalanga) e Eswatini.

A colaboração visa criar um corredor turístico que integre os destinos naturais, culturais e históricos dos três países, promovendo o turismo transfronteiriço e fomentando o desenvolvimento sustentável da indústria turística.

A iniciativa pretende, igualmente, fortalecer a cooperação regional e consolidar a imagem da África Austral como um destino turístico diversificado e competitivo no cenário internacional.

Para esta edição do TRILAND, o plano de execução contempla três excursões, tendo sido Eswatini o primeiro país escalado.

O Reino de Eswatini recebeu as delegações de Moçambique e da província sul-africana de Mpumalanga, que exploraram os principais pontos turísticos do país, incluindo atrações culturais e naturais.

A excursão foi por alguns lugares de destaque, como o Summerfield Botanical Gardens, Mantenga Cultural Village, Swazi Candles, visita à cidade de Mbabane e à estátua do Rei Gwamile, visita ao Museu Old Stone Church em Manzini, visita ao Hlane Royal Nacional Par, com realização do intercâmbio de negócios entre os três países.

O Director-Geral do INATUR, Richard Baulene, que encabeçou a delegação de Moçambique, disse que o TRILAND tem sido uma plataforma que permite fortalecer o relacionamento amigável e profissional entre os três países participantes, e, sobretudo, porque o esforço conjunto encoraja os participantes a compartilhar esforços e sonhos.
“Queremos que, a partir destas acções, o número de turistas em Moçambique venha a crescer e que haja apetência pelo destino que cobre as três regiões”.

A Ministra de Turismo e Ambiente de Eswatini, Jane Mkhonta, disse que o Reino de Eswatini está preparado e comprometido para colaborar com Moçambique, bem como com a África do Sul, no fortalecimento dos sectores do turismo e da cultura, visando consolidar a imagem da África Austral.
“Vamos em conjunto garantir que este projecto seja activo. O que nos satisfaz é que o TRILAND já saiu do papel e o nosso compromisso é que se materialize em acções e actividades tangíveis, visíveis e sustentáveis”.

Após Eswatini, a próxima fase irá realizar-se em Moçambique, de 2 a 4 de Dezembro de 2024, e a Província de Maputo será a anfitriã das actividades, que incluirão visitas ao destino turístico de Macaneta e à Cidade da Matola, onde serão realizados encontros com operadores turísticos locais. Além disso, os participantes dos três países terão a oportunidade de participar em actividades recreativas nos destinos, como passeios de barco e visitas a resorts. Será organizado um jantar oficial com a participação de operadores turísticos, Governador da Província, Secretário de Estado da Província e a Ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula.
A terceira fase será na África do Sul, concretamente na Província de Mpumalanga, em Fevereiro de 2025. Neste último destino da excursão, os participantes dos três países terão a oportunidade de avaliar o potencial turístico da região, tendo em conta que esta iniciativa tem como objectivo principal promover o desenvolvimento de um turismo sustentável e inclusivo entre Moçambique, África do Sul e Eswatini, através da criação de uma oferta turística integrada. Pretende-se, igualmente: Aumentar o número de turistas na região;
Fomentar a cooperação entre os três países; Diversificar e fortalecer os produtos turísticos de cada país; e Valorizar os patrimónios naturais e culturais da região.

Para além do INATUR, Moçambique esteve representado por operadores turísticos, agências de viagens e comunicação social.

Em 2022, o TRILAND cobriu numa única fase Moçambique, Eswatini e África do Sul explorando as potencialidades dos três países e envolvendo operadores de vários ramos do sector do turismo da região.

A Cooperativa Musical vai lançar, em Novembro, os EP “Trânsitos Sonoros”, de Lenna Bahule, e “HALO”, de TRKZ.

Composto por cinco faixas, “Trânsitos sonoros” é uma trilha que acompanha os ciclos do dia, evocando paisagens oníricas e contemplativas que fazem parte do cotidiano. “A produção é imersiva e meditativa, criando uma atmosfera que convida à introspecção e ao diálogo com o dia a dia”, afirma Lenna Bahule, citada numa nota de imprensa da Fundação Fernando Leite Couto.

Quanto a “Halo”, TRKZ apresenta uma jornada espiritual. “Sempre fui fascinado pela simbologia do Renascimento, e nestes temas procuro retratar o que a espiritualidade significa para mim. Para mim, ela sempre esteve profundamente presente em nossa cultura e cotidiano. É fundamental estabelecer uma conexão entre a espiritualidade, o mar, o cristianismo e o pentecostalismo, de forma despretensiosa, associando símbolos e conceitos à realidade africana”, diz o artista, citado na mesma nota da Fundação Fernando Leite Couto.

“A religião sempre fez parte da minha vida, assim como acredito que faz na vida de muitos. Tenho vários membros da família que são líderes espirituais, e em muitas conversas discutimos a importância da música no mundo espiritual. Dessas conversas nasceu este álbum, como uma forma de abrir esse diálogo e reflectir sobre nossas acções. A água que nos baptiza é a mesma onde nossos antepassados foram deixados para trás. A mesma que nos purifica também simboliza nossa morte. Existe uma profunda correlação entre a Morte e a ideia de Nova Vida e Renascimento a partir das águas”, acrescenta TRKZ, na mesma nota.

Segundo a fonte, o projecto Cooperativa Musical é uma iniciativa de um colectivo de curadores, produtores e gestores culturais moçambicanos, em parceria com a Fundação Fernando Leite Couto e a UX Information Technologies.

Através da Cooperativa Musical, foi criada uma Plataforma de Música Moçambicana Alternativa, lançada em Novembro de 2023, com o apoio do PROCULTURA, uma acção do programa PALOP–TL e UE, financiada pela União Europeia, co-financiada e gerida pelo Camões I.P. O objectivo é promover o emprego e actividades geradoras de rendimento no sector cultural dos PALOP e Timor-Leste.

A plataforma é um espaço digital que promove artistas alternativos e distribui seus produtos, com suporte de uma campanha de comunicação e visibilidade nas redes sociais e nos media tradicional. Além disso, oferece acesso a estúdios de gravação, mentoria, lançamento de novos produtos e maior exposição ao mercado global.

Até o momento, a plataforma cooperativa.me já lançou seis (6) EP, de Matchume, Silke, Naila Taquidir, PIZZAWPINEAPPLES, Constantine e Eliana N’zualo. Em Dezembro de 2024, mais dois trabalhos de outros artistas serão lançados.

A XHUB abriu, este mês, o processo de inscrição para bandas moçambicanas, excepto as da Cidade e Província de Maputo, para se candidatarem ao projecto de incubação artística.

Segundo a organização,  o processo de inscrição decorrerá até ao dia 03 de Novembro e a segunda fase do projecto será de incubação artística, que ocorrerá durante 30 dias, em Maputo, com o intuito de desenvolver e capacitar artistas sobre a indústria musical.

Neste contexto, a XHUB, junto da Embaixada da França em Moçambique e o Centro Cultural Franco-Moçambicano, realizam, no dia 30 de Outubro, pelas 11horas, na XHUB, uma conferência de imprensa, com intuito de partilhar mais subsídios relacionados ao processo de Incubação artística, Critérios de seleção e avaliação dos projectos e partilha de informações relacionada com os módulos de formação que os artistas receberão.

O conceito central do projecto de incubação artística é virado para criação de um programa de residência criativa que ofereça às bandas moçambicanas a oportunidade de serem treinadas em várias disciplinas relacionadas à indústria musical como: produção musical, produção técnica, gestão de direitos autorais, gestão de carreiras, marketing e promoção, mas também contará com sessões de mentoria e visitas guiadas aos principais espaços culturais do país, que acolhem grandes festivais de arte, como o Festival Azgo.

Esta formação surge com objectivo de dar acesso a recursos educacionais e formação específicas que possam catapultar o crescimento e projecção das bandas nacionais no mercado musical, nacional e internacional.

Assim, a segunda fase do projecto preconiza a realização de uma residência artística, que terá duração de 30 dias, a acontecer na cidade de Maputo, incluindo uma série de formações técnicas e artísticas.  

Numa outra vertente, este projecto visa criar diversidade e inclusão visto que a participação de mulheres em bandas musicais constitui uma vantagem para o crescimento da indústria Cultural e Criativa.

O projecto é uma iniciativa da Khuzula, com o financiamento do fundo Création Africa – Moçambique da Embaixada de França em Moçambique, em colaboração com o Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) e implementado pela XHUB.

As bandas interessadas podem obter mais informações e realizar suas inscrições através do site ou redes sociais da XHUB

Arrancou, esta segunda-feira, a Semana da Dança, que decorre até próximo domingo.

Segundo avança a organização, a Semana da Dança pretende levar o melhor da dança contemporânea a vários espaços de Maputo, incluindo o Centro Cultural Franco-Moçambicano, a Casa Velha, o Cine Teatro Scala e o bairro da Polana Caniço.

O evento, organizado pela Iodine Produções, destaca-se como uma plataforma para artistas nacionais e internacionais, promovendo o intercâmbio cultural e o desenvolvimento das artes em Moçambique.

“Com uma programação diversificada, a Semana da Dança proporciona uma oportunidade única para o público imergir nas mais variadas formas de expressão artística ligadas à dança”, lê-se na nota de imprensa do Centro Cultural Franco-Moçambicano.

No Franco-Moçambicano, os interessados poderão assistir às seguintes performances: Quarta-feira, às 18 horas, “Mpimiso”, de Francisca Mirine, no Auditório; “Rituais do Corpo”, de Pak Ndjamena, às 19 horas, na Sala Grande.

Já na sexta-feira, às 18 horas, podem ser vistas: “Um Corpo Chamado Templo”, de Dinis Quilavei, no Auditório; e, às 19 horas, “Dzuza”, de Ídio Chichava, na Sala Grande.

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