O País – A verdade como notícia

Às 17h30 do dia 12 deste mês, o artista Jorge Dias vai inaugurar a exposição “Fico a ver o lá daqui”, uma iniciativa que marca o arranque da programação anual do Camões – Centro Cultural Português em Maputo e o regresso do trabalho (individual) do artista àquele espaço expositivo, após ter apresentado, em 2017, a mostra “Plano das coisas”.

A exposição, afirma o artista, citado na nota de imprensa do Camões, “é sobre o aqui e agora, sobre as memórias e os valores culturais, sobre o processo de construção de identidade comum e a sua transformação permanente. É sobre as perguntas que fazemos sobre nós, que dão sentido à vida que temos. É o caminho para novos diálogos e significados.”

A individual ocupa o espaço da Galeria do Centro Cultural Português e conta com a participação especial da historiadora Alda Costa, que escreveu um texto inédito, no qual refere uma das directrizes que o Centro Cultural Português quer destacar nesta nova temporada: “No ano em que se celebram 50 anos de Moçambique independente, dar visibilidade aos seus artistas com uma exposição de Jorge Dias (n.1972) só pode ser um bom presságio para uma maior valorização da criação moçambicana.”

No mesmo contexto, avança a nota de imprensa: “Nos trabalhos que Jorge Dias apresenta em cada exposição, reflectindo a sua abordagem única à arte, ele recorre a um processo acumulativo. Aprofunda ideias e formas presentes em projectos anteriores, conecta passado e presente, reutiliza e recria, estabelecendo pontes”.

“Fico a Ver o Lá Daqui” ficará aberta ao público na galeria do Camões – Centro Cultural Português em Maputo até ao dia 15 de Março. O horário de visita é de segunda a sábado, das 10h às 17h, com entrada é gratuita.

Jorge Dias nasceu em 1972, em Maputo. Estudou Cerâmica na Escola Nacional de Artes Visuais, em Maputo, entre os anos de 1987 e 1992; formou-se em Escultura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil) em 2002.

Realizou exposições individuais e colectivas em diversas instituições entre as quais se destacam as seguintes: “Humano” Museu Nacional de Arte, com Gemuce, Maputo em 2005; “Zoologia dos Trópicos” Centro Cultural de Lagos, Lagos/Portugal, com o brasileiro Nelson Leirner, em 2005; “Lisboa-Luanda-Maputo” na Galeria Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Lisboa/Portugal, em 2007; “Réplica e Rebeldia” em Moçambique, Brasil, Cabo Verde e Angola, em 2007); Bienal de S. Tomé e Príncipe, em 2008); “Angaza África” na October Gallery, Londres/Reino Unido, em 2008; “Africa Now” no Banco Mundial, Washington DC/EUA, em 2009; “África 2.0” na Influx Contemporary Art Lisboa/Portugal, em 2012; “Zoologia dos Fluxos” e “Lugares de Passagem” no Centro Cultural Franco-Moçambicano, em 2007 e 2015; “Processos” na Kulungwana, em 2013; “Transparência: Processos Criativos e Devaneios” e “Plano das Coisas” no Camões – Centro Cultural Português – Maputo em 2010 e 2017; Espaço Fundação PLMJ, com Lino Damião, Lisboa/Portugal, em 2012, “Pancho: Outras Formas e Olhares” com Sónia Sultuane, em Maputo e Ilha de Moçambique, em 2018; “Um Urbanista da Memória” No AT | AL | 609 – Lugar de Investigações Artísticas em Campinas, São Paulo Brasil e Espécies Nativas com o artista Genivaldo Amorim, em Valinhos, São Paulo, Brasil em 2022.

Foi curador, em vários projectos a nível nacional e internacional destacando-se os seguintes: Feira de Arte ARCO´06, em 2006; Feira de Arte Lisboa, em 2004 e 2008; Expo Arte Contemporânea Moçambique, 2004/06/08/10); como co-curador na Bienal TDM “A Máquina Que Queria Voar”, 2007 e na Bienal TDM “Espaços de Hoje: desafios e limites”, em 2009.

Foi curador no Museu Nacional de Arte em Maputo (2006 – 2010), director da Escola Nacional de Artes Visuais (2010 – 2017), director’adjunto do Museu Nacional de Arte (2017). Actualmente é Coordenador do Instituto Guimarães Rosa Maputo.

É membro fundador do Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique – MUVART. Vive e trabalha em Maputo.

Mais uma vez, a população invadiu e paralisou as obras de construção do terminal portuário de Chongoene, em Gaza. Tal ocorreu, alegadamente porque a empresa gestora do projecto terá falhado um acordo de electrificação de parte da zona.

O acordo entre a população e a empresa responsável pelas obras do terminal portuário de Chongoene, em Gaza, foi firmado há cerca de uma semana, após protestos motivados pelo não cumprimento de acções de responsabilidade social, na comunidade, desde o ano de 2023. No referido acordo, a empresa de capitais chineses comprometeu-se a eletrificar metade da comunidade de Nhampfunhine, o que não veio a acontecer, embora os responsáveis da empresa tenham revelado que já disponibilizaram todo o valor para o efeito.

“O que aconteceu para voltarmos  às ruas é  que do nosso lado está tudo parado e lá na empresa os trabalhos estão sendo apurados é por essa razão que decidimos paralisar as atividades” ,  disse um residente da comunidade de Nhampfunwine

Por isso, na última terça-feira, a população dirigiu-se às instalações onde decorrem as obras do projecto portuário e expulsou os trabalhadores do acampamento, incluindo os respectivos gestores, por falta de cumprimento de um alegado acordo bilateral.

“Não aceitamos mais, decidimos romper a pacificidade e expulsamos os gestores chineses do  projecto assim que condições estiverem reunidas para cumprimento do acordo voltaremos a conversar” ,referiu outro residente.

Por seu turno, o porta-voz, da Desheng diz que a concessionária já desembolsou mais de seis milhões de Meticais para a aquisição do material de eletrificação e culpa as autoridades do governo local pelo atraso das obras.

“Quando assinamos o acordo com o governo e população compramos os materiais [ de eletrificação]  e  os entregamos para Eletricidade de Moçambique [EDM]. O material custou mais de seis milhões de meticais”, esclareceu Lio Ling.

Reagindo, o diretor dos serviços provinciais de planeamento e infra-estruturas em Gaza, Alberto  Matusse, assegura que o projecto de eletrificação já foi executado em 50%.

“Foi concluída Ainda ontem a implantação dos postes  e hoje, decorre a  implantação dos postes de baixa tensão, para posterior passagem aos de média tensão e  por último instalação  dos postos de transformação”

Devido à agitação, o administrador do distrito de Chongoene, Artur Macamo, tentou conversar com a população, sem sucesso. O responsável nega que o acordo tenha falhado.

“Sentamos com a população e pedimos para que as obras retomassem , mas não houve consenso, agora, estamos a interagir com os gestores chineses para aprofundar a  capacidade existente  para cumprimento do acordo de eletrificação”, avançou Artur Macamo.

A paralisação das obras  do terminal  portuário  compromete o escoamento de mais de 270 mil toneladas de minérios processados nas areias pesadas de Chibuto.

O escritor Bento Baloi vai lançar, no próximo dia 21 deste mês, nas Correntes d’Escrita, o seu mais recente romance. “Chave de Areia” ficciona a História de Moçambique, incluindo factos que levaram à queda do avião em que Samora Machel seguia, em Mbuzini

A história do novo romance de Bento Baloi só começa depois da seguinte advertência: “Este livro é uma obra de ficção, porém parte do enredo foi desenvolvido com base em factos históricos e pessoas reais para as quais vai uma grande vénia”.

Só depois da advertência é que inicia a aventura que tem Márcia Monteiro como personagem central. Logo no princípio da trama, a mulher é confrontada por um conjunto de episódios, no Bairro Maxaquene, Cidade Maputo, que a levam à prisão, onde experimenta uma série de peripécias complexas e inimagináveis.

Márcia Monteiro é professora de História e investigadora do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais. Através da personagem, Bento Baloi leva o leitor a (re)encontrar-se com o passado de Moçambique de há 50 anos a esta parte. Na verdade, Márcia Monteiro é, desde o princípio do enredo, a ligação entre a realidade e a criatividade.

Na voz do autor, “Chave de areia” busca elementos importantes da História de Moçambique, por entender que os mesmos elementos devem ser recuperados para o debate nacional. “Há uma história real, muito importante, neste romance, que é o acidente de Mbuzini, mais no sentido de colocar uma luz na cabeça das pessoas, para que tenham uma ideia mais clara sobre os principais contornos sobre o acidente”.

Para Bento Baloi, muitos moçambicanos não sabem o que existe sobre os factos inerentes à queda do Tupolov-134 em que seguia o primeiro Presidente da República, Samora Machel, quando regressava da Zâmbia. Também por isso, o escritor entregou-se à pesquisa, de modo a compreender factos essenciais à ficção. “A parte mais difícil foi reconstituir os factos que levaram à queda do avião. Esse foi o trabalho intenso de pesquisa, de leitura e de conversas com pessoas”.

Na simbiose de várias linhas narrativas que correm em paralelo, e que a certa altura se encontram, Baloi adoptou um estilo próprio, já explorado nos livros anteriores, para quebrar a monotonia narrativa e criar maior interesse no leitor.

Apesar de ter Samora Machel como personagem importante, no seu novo romance, Bento Baloi também pega nessa figura histórica para projectar um romance que dialoga com o passado de Moçambique e dos países da África Austral.

As 419 páginas de “Chave de areia” foram todas escritas em Tete, ao longo de três anos. Uma vez publicado, Bento Baloi espera que os leitores compreendam um certo fragmento da História do país.

Quanto ao lançamento, o romance devia ter sido lançado em Novembro, mas, devido à situação social e política, no país, não foi possível. Assim, uma vez que o escritor foi convidado a participar nas Correntes d’Escrita, em Portugal, vai aproveitar a sua participação no evento literário para lançar o livro no dia 21. Em Moçambique, o romance será apresentado aos leitores no dia 27 deste mês.

O mais recente romance de Bento Baloi foi editado pela Índico.

O estilista moçambicano, Taibo Bacar, vestiu a atriz britânica Charlotte Carroll, na 82.ªedição dos Globos de Ouro 2025, nos Estados Unidos que decorreu na Califórnia. Trata-se de um dos maiores eventos da industria cinematografica do mundo.

Taibo Bacar desfilou a sua classe, fora de portas, e fez com que uma marca moçambicana fosse exibida em um dos eventos mais prestigiados no cinema mundial. 

O estilista moçambicano vestiu a atriz britânica, Charlotte Carroll, na 82.ª edição dos Globos de Ouro 2025, evento que se realizou em princípios de Janeiro em Los Angeles, nos Estados Unidos da América. 

O feito foi comunicado pelo estilista nas suas redes sociais. E, em reacção, através de um comununicado, o Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas  destacou que é a primeira vez que um estilista moçambicano leva uma marca nacional, a arena internacional, onde várias estrelas do cinema se cruzam, o que é uma conquista para o sector da moda. 

“Ao marcar a sua presença num dos maiores palcos internacionais do cinema e do entretenimento, Taibo Bacar eleva o trabalho dos estilistas nacionais, prova a qualidade do trabalho produzido em Moçambique, evidencia o talento dos moçambicanos e demonstra ao mundo que a produção nacional está ao nível de competir com estilistas de outros quadrantes do mundo”, refere.

As colecções de Bacar descrevem a beleza das mulheres e da cultura moçambicana. 

Ano passado, o filme “Ecos”, de Gigliola Zacara, foi submetido à segunda edição do Festival RENUAC, tendo sido distinguindo em quatro categorias, nomeadamente, Melhor Filme Documentário, Melhor Direcção, Melhor Roteiro Original e Melhores Efeitos Visuais.

A nota de imprensa sobre a distinção avança que a realizadora Gigliola Zacara e o filme deixaram uma marca na última edição, ao fazer parte da celebração do cinema e por compartilhar com o mundo a arte e criatividade a ponto de ter ganho o reconhecimento pelo seu talento e esforço na segunda edição do Festival RENUAC.

Em 2022, Gigliola Zacara foi distinguida no mesmo festival na categoria de Melhor Guionista com o filme “Silêncio”.

O RENUAC é um festival internacional de curtas-metragens com o objectivo de construir uma plataforma útil para a promoção da indústria audiovisual: um espaço e um tempo de divulgação e promoção de conteúdos audiovisuais, transformando-o num ponto de encontro de realizadores, fomentando a troca de iniciativas e promovendo um mercado aberto ao desenvolvimento de novos projectos.

“Ecos”, de Gigliola Zacara, é um projecto social abrangente, que visa combater a violência baseada no género e promover os direitos das mulheres e raparigas em Moçambique, através da sensibilização, educação e intervenção directa.
Ecos trás à luz depoimentos corajosos de mulheres que foram vítimas de violência baseada no género e estão em reclusão no Estabelecimento Penitenciário Preventivo da Cidade de Maputo, conhecido como Cadeia Civil.
O filme foi rodado em Moçambique e exibido em várias sessões públicas e privadas presenciais, de Agosto de 2023 a Dezembro de 2024. A primeira exibição foi a 9 de Agosto de 2023, no Estabelecimento Penitenciário Preventivo da Cidade de Maputo (Cadeia Civil), seguida pela exibição no Estabelecimento Penitenciário Especial de Mulheres de Maputo (Ndhavela), a 10 de Agosto.

A estreia pública foi no Centro Cultural Franco-Moçambicano, a 15 de Agosto. Seguiram-se outras exibições que chegaram a um alcance de aproximadamente 40 sessões, acompanhadas de debates em diversos locais, à nível da cidade e província de Maputo, e com membros de diversos extractos sociais, incluindo durante os 16 dias de activismo contra a VBG, em 2023, no formato presencial e em 2024, no formato online.

O filme documentário teve a sua maior audiência em Novembro e Dezembro de 2023, dentre as 508 obras disponíveis na plataforma de transmissão de documentos audiovisuais (streaming) Netkanema., tendo sido premiado em 2024 para a categoria de “Filme mais assistido do ano 2023”.

A cólera matou 29 pessoas nos últimos três meses na província de Nampula. A vandalização dos centros de tratamento de doenças diarreicas está a comprometer a testagem e o tratamento da doença. Sobre o Marburg, o Ministério da Saúde garante que o país continua livre da doença.  

O Ministério da Saúde chamou a imprensa, esta sexta-feira, para explicar que os casos de cólera continuam preocupantes no país,  com o decurso da época chuvosa. 

Os números registados em Nampula são dos mais preocupantes, onde houve, desde a eclosão da doença,  pelo menos 29 mortos. 

A província de Nampula  é, igualmente, a única que continua com casos activos do Sarampo, outra preocupação de saúde pública.

Sobre a Febre Hemorrágica,  denominada Marburg, que já afecta países de África, como Tanzânia, o MISAU diz não haver casos suspeitos no país.  

O sector da saúde garante ter capacidade de testagem da doença, mas apela ao reforço das medidas de prevenção. O Marburg é um vírus que mata. Causa febre hemorrágica que se transmite através do contacto com objectos ou pessoas infectadas. 

O Centro Cultural Moçambique-China, na Cidade de Maputo, acolhe esta quinta-feira, às 10h30, a conferência de imprensa alusiva a 18ª do Festival de Marrabenta, que celebra a rica tradição cultural e musical do sul de Moçambique. O festival esta marcado para os dias 02 e 03 de Fevereiro de 2025. Este ano, o evento, que junta gerações e resgata memórias, unindo amantes da música num ambiente de celebração e união, tem como grande novidade a realização do “Xitiko xa Marrabenta”, ou seja, o calor da fogueira da Marrabenta.

A abertura do festival ocorrerá no cenário histórico do Município da Vila de Marracuene, onde as raízes do estilo de música ajudarão a celebrar o 130º aniversário da batalha de Gwaza Muthini, ocorrida em resistência à ocupação colonial portuguesa.

No primeiro dia, entre vários artistas, estarão em palco, a partir das 16 horas, os seguintes: Associação Cultural Nkonoluene; Associação Cultural Juvenil; Grupo Cultural Infantil da Macaneta; Xigubo Gwaza Muthine; Xigubo abelhas de Mapulango; Roberto Chitsonzo; Ziqo; Banda Real; Banda Kakana; Banda Tsaka e Mpandene Mazuze.

No segundo dia, o palco será transferido para o Centro Cultural Moçambique-China, que ressoará com a mais bela expressão da nossa identidade cultural.

Mais de trinta artistas estarão à volta da fogueira, levando clássicos e sucessos do osso gênero musical.

O encontro não se trata apenas de música; será uma oportunidade de redescobrir e fortalecer os laços que unem a comunidade. “Através da música, contaremos histórias, vivenciaremos lembranças e celebraremos os altos e baixos da vida”.

Divididos em dois palcos, a lista de artistas Bernando Xidiminguana, Pedro Chau – Fernando Luis, Seth Swazi – João Cossa, Ben Muthemba, Daniel Langa, Timóteo Cuche, Lena Soto, Zoco Dimande, Lindo Cuna, Pika Tembe e Dj Ardiles.

 

 

Os cineastas Jozz Yunn e Bless Ngonhama estreiam, esta sexta-feira, nas plataformas digitais, a curta-metragem “Tribulação”. O filme pretende contribuir para o fortalecimento da fé entre os cidadãos

“Tribulação” é o título da nova curta-metragem de Jozz Yunn e Bless Ngonhama. Com 13 minutos de duração, a ideia do filme surgiu da necessidade que os autores sentiram em promover o cinema na perspectiva evangélica, já que poucos cineastas investem nessa vertente no país.

Escrito e dirigido por Bless Ngonhama, a curta-metragem “Tribulação” foi rodada na Província de Maputo, concretamente na comunidade de Chipoco, nas proximidades da Mozal.

Sem grandes vaidades, todos os actores e figurinos do filme são de primeira viagem, tendo Jozz Yunn, igualmente, como protagonista, enfrentando o antagonista Flávio com o seu grupo de insurgentes.

“Que esta obra sirva de inspiração na hora da tribulação ou momentos de provação. Que o espectador perceba que a fé em Deus move qualquer montanha e que o bem vence o mal”, disse Bless Ngonhama a propósito do filme.

Produzida pela BNS Films, a curta-metragem de ficção vai estrear esta sexta-feira e disponibilizado de forma gratuita na plataforma nacional de cinema Netkanema e em todas plataformas digitais de Bless Ngonhama.

SINOPSE

Um grupo de terroristas entra numa comunidade e sequestra o pastor de uma igreja e alguns crentes. Entre a tribulação, a morte iminente parece a coisa mais evidente, mas, no enredo, o bem tem de vencer o mal.

Pelo menos 20 pessoas morreram, na sequência da queda de um avião, no norte do Sudão do Sul, segundo informações tornadas públicas, esta quarta-feira, pelo ministro da Informação do Estado de Unity, onde se situam os campos petrolíferos.

Havia 21 pessoas a bordo. De momento, há apenas um sobrevivente”, disse à agência France-Presse Gatwech Bipal Both, ministro da Informação deste estado do extremo norte do país.

O avião despenhou-se perto dos campos petrolíferos pouco depois de ter descolado num voo de rotina, para transportar trabalhadores para a capital do sul, Juba.

“O avião despenhou-se a 500 metros do aeroporto” por volta das 10:30 locais, acrescentou.

O funcionário disse ainda que o avião, originário da Ucrânia, foi fretado pela Greater Pioneer Operating Company (GPOC), mas era operado por outra empresa, a Light Air Services Aviation Company.

“O Governo local está a enfrentar uma grande tristeza”, disse ainda, acrescentando que estava a decorrer uma investigação e mencionando a possibilidade de uma “colisão mecânica”.

O Sudão do Sul, uma nação independente desde 2011, a braços com uma crise económica e política crónica, não dispõe de infraestruturas de transporte fiáveis. Os acidentes aéreos são frequentes e geralmente atribuídos à sobrelotação e ao mau tempo.

Em 2021, cinco pessoas morreram quando um avião de carga que transportava combustível para o Programa Alimentar Mundial (PAM) se despenhou.

Quatro anos depois, um avião Antonov da era soviética despenhou-se em Juba, matando 36 pessoas.

Em 2017, um avião que tinha saído da pista embateu num carro de bombeiros antes de se incendiar, tendo as 37 pessoas a bordo escapado ilesas.

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