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Nas comemorações dos cinquenta anos da Independência Nacional de  Moçambique, de São Tomé e Príncipe e de Angola, o escritor Carlos  Paradona Rufino Roque apresenta, em São Tomé, na próxima sexta-feira, e em Luanda, dia 04 de Junho, os seus romances Pita Kufa, o Leito da Morte e Mueda, Nos Labirintos dos Ritos de Iniciação

“Os livros, em circulação restrita naqueles países, têm despertado um interesse inusitado entre as comunidades literária e académica locais, o que motivou a intenção do autor. É o seu tributo e homenagem à luta dos Povos desses  países e dos restantes de Língua Oficial Portuguesa em África”, adianta um comunicado de imprensa. .  

Em São Tomé, a cerimónia de apresentação vai ter lugar na Biblioteca Nacional e, em Luanda, na Sede  da União dos Escritores Angolanos

Moçambique, São Tomé e Príncipe  e Angola conquistaram as suas independências em 1975 e partilham fortes laços de história comum na sua luta pela emancipação e autodetermicação

Na qualidade de Secretáriogeral, Carlos Paradona Rufino Roque vai aproveitar o ensejo para estreitar os laços de cooperação existentes entre a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), a União Nacional de Escritores e Artistas de São Tomé (UNEAS) e a União dos Escritores Angolanos (UEA)

Por Lídia Mathe 

Directora de campanha, do Luís Cezerilo 

 

Luís Cezerilo é o candidato dos jovens escritores  para secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos

 

Há silêncios que doem mais do que as palavras mal ditas. O silêncio dos livros não publicados. O silêncio dos escritores que desistem. O silêncio das bibliotecas que viraram arquivos mortos. E é contra esses silêncios que levantamos a voz – não como heróis, mas como um do nosso povo. Um dos que ainda acredita que escrever é um acto de fé.

Candidatamos ao cargo de Secretário-Geral da AEMO o confrade Luís Cezerilo, porque não podemos mais aceitar que a literatura seja tratada como um detalhe. Num país que enfrenta desafios tão profundos, a palavra pode ser ferramenta de reconstrução. Pode curar feridas, resgatar memórias, inspirar futuros. Mas para isso, ela precisa ser ouvida, lida, sentida – não apenas nos salões de prémios, mas nas salas de aula, nas feiras de bairro, nas vozes de quem nunca publicou nada, mas carrega o dom.

A nova dinâmica que defendemos é um projecto, ou seja, um convite indispensável para a mudança de postura.

Literatura como prática quotidiana

A AEMO precisa sair do pedestal e descer à rua. Levar a literatura às escolas, aos mercados, às estações, às aldeias. Criar pequenas e grandes bibliotecas populares, rodas de leitura informais, encontros literários ao ar livre. A palavra tem que circular.

Tem que entrar na vida real.

Salientar que que em lugares como Gaza, como Zambézia , Cabo-Delgado e tantos outros pontos, em tempo remoto, também jovens e velhos se reuniam em volta da Fogueira/lareira…

Mais escuta, menos burocracia

Precisamos parar de tratar os escritores como números ou cargos. Cada autor é um universo. Queremos que AEMO se transforme num espaço onde se escuta mais do que se manda. Onde se serve mais do que se exige. A escuta e o conselho serão o centro da nossa atuação.

Nós os jovens escritores da AEMO, candidatamos o Confrade LUÍS CEZERILO, para SG da AEMO, pelo facto deste ter mostrado desde sempre a sua abertura, para apoiar, trabalhar com a Juventude…!

Literatura moçambicana é património

É preciso exigir do Estado o reconhecimento formal da produção literária como bem cultural essencial. Que haja linhas de financiamento permanentes, políticas de incentivo à leitura e subsídios reais para publicar. Nenhum país cresce de costas viradas para a sua própria palavra.

Devemos lutar pela Internacionalização contínua dos Escritores, sobretudo a camada jovem que é quem busca mais oportunidades.

Tecnologia a serviço da criação

Vamos criar uma plataforma digital acessível, onde qualquer escritor, de qualquer província, possa publicar, divulgar e encontrar apoio técnico. A descentralização passa também pelo digital

Desconstruir os muros, abrir as janelas

A AEMO precisa abrir-se ao novo. Trazer vozes jovens, autores, escritores em línguas nacionais, narrativas femininas. Não podemos continuar a reproduzir um modelo elitista e fechado. A literatura moçambicana é múltipla – e deve ser representada como tal.

Mais do que administrar, queremos criar oportunidades. Mais do que dirigir, queremos deixar legado. Mais do que planejar, queremos sentir o que pulsa, o que falta, o que já não se diz.

Queremos uma AEMO que não tenha medo de mudar. Que não tema incomodar. Que não se limite a organizar eventos, que se envolva na formação de leitores, na luta

contra o analfabetismo cultural, na defesa de uma literatura viva, crítica, transformadora.

Porque escrever, no nosso contexto, é um acto político. Um gesto revolucionário e de resistência. E a associação que nos representa precisa estar à altura desse gesto.

Buscamos apresentar a classe e não só, um Secretário Geral que caminha com os pés na terra e o ouvido voltado para o país real, um militante da palavra.

Com coragem, afecto e responsabilidade.

 

A cantora Lenna Bahule lança o novo álbum intitulado “Kumlango”, uma experiência sensorial que a liga às raízes, memórias e recorda a rica herança cultural africana.

O novo disco, que estará disponível a partir do dia 30, nas principais plataformas digitais, significa “portal”, em jaua, língua de um dos principais grupos étnicos e linguísticos da província moçambicana do Niassa, também língua materna da mãe de Lenna Bahule.

“Kumlango” é uma trilogia intercultural, marcada por sons tradicionais de Moçambique e de outras culturas afro, cantados em diferentes línguas como jaua, xitswa, chope, tswa-hlengwe e crioulo da Ilha da Reunião. Mas há também interpretações na língua nómada, autêntica, fruto da criatividade de Lenna para inventar palavras musicais. Baseando-se na música e cultura tradicionais.

O disco ainda explora diferentes texturas sonoras orgânicas e electrónicas para criar uma paisagem de ritmos enraizada no passado, mas olhando para o futuro.

Na sua nova proposta, Lenna Bahule inspira-se na experiência humana universal dos ciclos da vida que repetidamente convidam a passar do mundano e material ao místico, seguindo a vocação. “Portanto, o álbum é uma ode à procura de respostas, ao trabalho árduo e às sincronicidades necessárias para processar e, eventualmente, ao momento de atravessar o portal para um estado de êxtase, euforia e realização”, adianta uma nota de imprensa.

Dividido em três EPs, o disco celebra uma jornada da alma, da ignorância à iluminação, do mundano ao místico. Uma viagem que liga o passado ao presente reconhecendo a herança ancestral, lidando com as questões levantadas e o trabalho envolvido na busca pela realização e, finalmente, atravessando o portal para a alegria da transcendência.

A primeira parte do projecto intitulado Kwisa, saiu em Junho 2024 e representa, claro, o início de uma jornada, a inocência no começo de um ciclo de vida, de uma busca por significado e a reunião para a invocação dos ancestrais, encontrando conexão e orientação através do processo de introspecção e devoção, fortalecendo a alma para a jornada ao desconhecido.

Em Outubro de 2024, a artista lançou o segundo capítulo desta trilogia musical, Nadawi, no qual se encontra meio ao processo de lidar com as questões e respostas que foram levantadas anteriormente. “É uma fase confusa e catártica dos ciclos da vida, quando você sente que não consegue ver o fim do túnel. Até que o façamos. Este é o tempo necessário para processar, rezar, curar e realizar o trabalho interno e externo que nos permite estabelecer uma conexão profunda com nós mesmos e com a nossa ancestralidade. É um momento precioso para nos recolhermos à introspecção, buscando compreender nossas próprias jornadas. É através deste processo de autorreflexão e cura que fortalecemos os nossos laços com a nossa essência mais profunda e com a sabedoria transmitida de geração em geração. É uma jornada de autodescoberta e reconexão, essencial para nutrir nosso crescimento pessoal e espiritual”, adianta ainda a nota de imprensa.

O último EP, Mate, que chegou às plataformas em Março 2025, resume a euforia de finalmente descobrir a felicidade plena, onde as respostas se alinham sem esforço. “É uma sensação semelhante a voar alto, onde as preocupações se dissipam e reina uma paz suprema. Imagine rituais de colheita, onde a abundância da terra é celebrada com reverência e as bênçãos da chuva são recebidas com gratidão. Neste estado de euforia, cada respiração soa como uma sinfonia e cada batimento cardíaco ressoa com o ritmo do universo. É um momento de alegria pura e desenfreada, onde as fronteiras entre o mundano e o extraordinário se confundem, deixando apenas um profundo sentimento de admiração e encantamento”.

Neste momento, Lenna Bahule prepara um concerto para 14 de Junho, em Maputo.

Com 75 anos de idade, uma bibliotecária reformada empurra, todas as semanas, um carrinho-de-mão cheio de livros, que leva para as crianças do bairro Mafalala, na Cidade de Maputo, lerem. Enquanto faz isso, Cecília Mate, sonha com uma biblioteca comunitária com seu nome  e livros para todas as crianças do bairro.

Maputo ainda era Lourenço Marques, quando a paixão pelos livros tomou Cecília Mate, ou melhor a vovó Cecília, como todos a chamam em Mafalala.

Havia poucos livros de leitura lúdica e quase nenhuma biblioteca.

Em 1978, fez parte de um curso que formou os primeiros bibliotecários de Moçambique pós-independente, o que aumentou a sua conexão com os livros.

Em 2014, a avó Cecília tomou uma decisão que terminaria com a sua foto na capa do jornal “O País”. Aos 65 anos, a bibliotecária teve uma ideia: com um carrinho de mão, de beco em beco, a tornar o acesso aos livros possível e fácil para quem não tem condições de os comprar.

Os livros ficam num depósito, antigo quarto dos seus pais, na casa da família. Ali, a avó Cecília estima ter mais de 500 livros.

Com 65 anos, José Mate, irmão da avó Cecília, fala mais de três idiomas e escreve poemas. Diz que tudo tem a ver com o gosto pela leitura que tem desde a infância, por isso aplaude a iniciativa da sua irmã.

Casada, com 4 filhos, 12 netos e 4 bisnetos, a avó Cecília sempre teve apoio da sua família sobre a biblioteca móvel. No entanto, fora de casa, a ideia não foi bem recebida no princípio.

Há 10 anos que a avó Cecília leva livros para os seus netos adotados na Mafalala. Estima que, em média, 70 crianças leiam na sua biblioteca móvel.

Estima-se que existam, em Moçambique, pouco mais de 40 bibliotecas públicas para cerca de seis milhões de estudantes, um número que não satisfaz as necessidades de leitura.

A avó Cecília começou a biblioteca com livros próprios. Agora recebe doações, como a que resulta de uma campanha de um mês feita pela Fundação Fernando Leite Couto.

Cecília Mate nasceu, cresceu e ainda vive em Mafalala.  A bibliotecária reformada sonha com “A Biblioteca Comunitária Avó Cecília”, sem notar que ela é uma biblioteca viva do histórico bairro de Mafalala.

Por Amosse Mucavele 

 

A leitura do artigo sobre as próximas eleições da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), da lavra do confrade Aurélio Furdela, revela uma observação oportuna sobre a forma como as eleições devem ser conduzidas, especialmente num campo tão delicado como a literatura, que deve primar pela liberdade, honestidade intelectual,  inteligência, discernimento e reflexão crítica.

No entanto, a reflexão sobre a data do pleito eleitoral, marcada para o dia 26 de Julho, leva-nos a questionar os motivos que justificam este intervalo entre a convocatória da Assembleia-geral e a realização das eleições. Antes de mais, é fundamental destacar que a sistemática violação dos estatutos da AEMO, mencionada no artigo, coloca em cheque a integridade e a legitimidade dos processos eleitorais internos da associação. A falta de respeito pelos prazos e procedimentos estatutários compromete o direito dos membros de participar de um processo eleitoral transparente e justo. Nesse sentido, a AEMO, enquanto entidade representativa dos escritores moçambicanos, deve ser exemplar no cumprimento das suas próprias regras, de modo a fortalecer a confiança dos seus membros na instituição e evitar trazer à mesa fantasmas do passado.

O intervalo entre a convocatória e a eleição pode ser visto como uma manobra da actual direcção que se encontra fora do mandato ou como uma oportunidade para que os candidatos apresentem, de forma clara e detalhada, os seus projectos e ideias. No entanto, é crucial que este tempo seja utilizado de forma construtiva e não como um simples caminho para manipulação das preferências eleitorais. O que se espera de uma eleição na AEMO é que seja um espaço de discussão de propostas concretas e o fortalecimento da própria associação, que há 5 anos perdeu o seu lugar de fala na sociedade moçambicana. A eleição não deve ser um jogo de estratégias pessoais ou de influências externas, tal como bem precisou o confrade Furdela, mas sim um debate de ideias em que os membros da AEMO possam exercer o seu direito de escolha com base em ideais e não compromissos extraliterários.

O dia 26 de Julho, portanto, não deve ser visto apenas como uma data qualquer, mas como um marco para a reflexão e para a discussão profunda sobre o futuro da AEMO e da literatura moçambicana. É necessário questionar de forma insistente, Quem estará a frente da agremiação até a data das eleições? Será que actual secretariado que está fora do mandato tem legitimidade para dirigir este processo? Afinal , qual é o papel do Presidente da Mesa da Assembleia?

Além disso, deve-se evitar que o processo eleitoral da AEMO seja contaminado por práticas nocivas à democracia, o que se assumiu como uma raridade no condado que se encontra fora do mandato.

Que, ao contrário de se viver uma “histeria das massas”, possamos observar uma eleição consciente, onde cada voto seja dado com a certeza de que está a contribuir para um caminho mais sólido e duradouro para a AEMO e para os escritores moçambicanos.

 

A sala da plenária do Centro de Conferências Joaquim Chissano, bem como as duas outras auxiliares,  acolheram os amantes da literatura sacra que afluíram ao local para testemunhar, em primeira mão, a chegada da primeira pentalogia moçambicana.

Trata-se de uma colectânea composta por cinco obras: A palavra e o Espírito, A epístola ministerial, O código de ética ministerial, Crescimento Ministerial, A unção e a fé, que na perspectiva do autor Onório Cutane vêm preencher um vazio cada vez mais notável no que se refere à postura das lideranças eclesiásticas, em particular, bem como da comunidade cristã moçambicana em geral.

Além de beneficiar a comunidade cristã moçambicana, as obras de Cutane têm uma abrangência internacional, o que justificou a sua tradução em diferentes línguas com principal destaque para o inglês, francês e espanhol.

Com efeito, através da plataforma internacional Amazon, os amantes da literatura cristã podem aceder a esta pentalogia transformadora, antecedida pelos anteriores onze livros publicados por Onório Cutane, no período compreendido entre 2019 e 2025.

Onório Cutane é líder da igreja ministerial nações para Cristo, com sede no bairro chinonanquila, distrito de Boane, na província de Maputo, com congregações em todas províncias do país, bem como em diferentes países da África, América e Europa.

“A mensagem principal destas cinco obras é empoderamento dos ministros do evangelho, [19/05, 11:26] Patmos Editora: Para serem eficientes e eficazes, na obra de Deus. Mas também empoderamento da comunidade cristã para terem autoridade e poder contra  as forças das trevas que destroem e vitimizam a vida dos humanos aqui na terra, por que a vida é espiritual, somente os que têm ferramentas espirituais da fé e conhecimento da palavra de Deus é que podem neutralizar e mitigar o impacto do reino das trevas sob a vida das pessoas”, pode-se ler ainda no comunicado de imprensa. “A expectativa é que estas obras contribuam para edificação e robustez da igreja, promovendo avivamento não só a nível nacional mas em vários quadrantes do mundo. Forjar um carácter exemplar nos líderes cristãos”.

A realizadora de cinema e guionista Natércia Chicane estreou-se, ontem, na literatura com o romance  “O Baú dos Infelizes”. O livro ficciona realidades sociais do pais como Poligamia e dilemas da vida conjugal.

Na simbologia Baú dos infelizes, o Baú é o lugar onde os infelizes e as pessoas que passaram por experiências tristes guardam todo o sofrimento. 

Na sua estreia literária, Natércia Chicane propõe que o baú seja aberto.

“Baú dos infelizes é um conjunto de histórias ficcionadas, sobre a realidade de Homens e Mulheres adolescentes, que vivem em relacionamentos abusivos, relacionamentos que os tornam infelizes. Posso também dizer que é um lugar, onde muitos de nós está, como protagonistas ou como vítimas. A questão é o que fazer, como agir para sair do baú dos infelizes e ser feliz”, explicou Natércia Chicane, autora do livro. 

O romance ficciona temas como poligamia, traições, violência doméstica, fisica e psicologica e outras relaidades sociais. Chicane acredita que  os personagens podem ter um final feliz.

“Então, através dessas histórias, criamos uma  ideia ou uma incitação a tomar uma posição a favor do bem-estar e da felicidade”, acrescentou a autora. 

A obra foi apresentada, na noite desta terça-feira,  pela atriz Lucrécia Paco. “São muitas histórias de coragem, de amor, histórias também de desilusão, que nos trazem essa esperança, sobretudo quando a protagonista, de vez em quando, recua no tempo e ganha coragem para continuar, não só a contar a sua história e as outras histórias, mas a singrar como mulher”, disse a atriz.      

Na noite de lançamento, Chicane juntou amigos, familiares e colegas. A obra foi chancelada pela editora Fundza.

O TP50 vai apresentar, no dia 07 de Junho, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, Cidade de Maputo, duas sessões da peça musical Gala Gala Matreco.

A primeira sessão está prevista para as 10h30 e a segunda às 15h00. O espectáculo sucede às anteriores produções do TP50 baseadas na obra de Chico Buarque, “Os Saltimbancos”. Depois do sucesso das versões anteriores, o TP50 continua a explorar a narrativa dos personagens emblemáticos — Burro, Cão, Galinha e Gato — agora acompanhados por um novo personagem, o Gala Gala.

A nova abordagem, escrita por Mia Couto, com a criação musical de Sérgio Castanheira e Cheny Wa Gune, promete envolver o público numa história repleta de música, criatividade e mensagens de esperança.

O Gala Gala Matreco promete ser uma oportunidade única para toda a família e amantes do teatro, unindo música, a dança e a cultura em geral num ambiente enriquecedor.

A direcção artística do espetáculo está a cargo de António Prista, com encenação de Josefina Massango, coreografia de Eugénio Macuvele e direcção musical assinada por Sérgio Castanheira e Cheny Wa Gune.

O evento conta com a participação dos actores Samuel Nhamatate, Fernando Macamo, Sufaida Moiane, Tandi Prista e Arménio Matavele, que darão vida a aventura, acompanhados por uma banda composta por Albano Gove (Baixo), Américo Sambo (Bateria), António Prista (Guitarra acústica), Ebenezer Sengo (Guitarra eléctrica), Sarmento de Cristo (Sax Alto), Timóteo Cuche (Sax tenor), Catarina Rombe (Flauta), Sérgio Castanheira (Trombone), Cheny Wa Gune (Timbila) e Nicolau Cauneque (Teclado).

As vozes serão interpretadas por Letícia Deozina, Eugénio Sumbane, Mário Mate e Beatriz Mate.

Na próxima sexta-feira, a partir das 18 horas, o Centro Cultural Franco-Moçambicano, na Cidade de Maputo, será palco de um Showcase Musical inserido na programação do Fórum AzgoDialogar 2025. 

O showcase, depois das sessões de debate e workshops temáticos, será um dos momentos altos, com um concerto que homenageia os 50 anos de evolução da música moçambicana pós-independência.

Mais do que um espetáculo, adianta um comunicado de imprensa, o showcase é uma celebração da identidade, resistência e criatividade moçambicana, traduzida em som.

Reunindo artistas de diversas regiões e gerações, o palco será um espelho da riqueza cultural do país, com actuações que fundem tradição e inovação, recriando géneros e ritmos que marcam a história da nação.

A curadoria do evento destaca projectos que exploram o cruzamento entre linguagens musicais tradicionais e sonoridades contemporâneas, revelando como a música moçambicana se reinventa e dialoga com o mundo sem perder o seu enraizamento local.

Subirão ao palco os músicos Cheny Wa Gune, Xixel Langa, Radjha Ally, Banda Marrove e Banda Kassimbos.

O concerto oferecerá uma experiência imersiva para programadores, curadores, produtores e profissionais da indústria musical nacional e internacional, revelando o potencial universal da música moçambicana e a sua capacidade de contar histórias, cruzar tempos e conectar geografias.

O Showcase do Fórum AzgoDialogar 2025 não é apenas uma vitrine artística — é também uma plataforma estratégica que posiciona Moçambique como um laboratório criativo de inovação cultural em África.

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