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Cultos mortíferos no Quénia: Líder religioso admite 15 mortes

Foto: O hoje

Um líder religioso queniano admitiu, este sábado, que 15 membros da sua seita morreram durante as intervenções espirituais. As mortes aconteceram na mesma localidade onde foram encontrados, na semana passada, mais de 100 cadáveres na quinta de outro líder.

É o segundo caso em menos de duas semanas em que membros de seitas religiosas morreram no Quénia, em jejum, cujo objectivo, segundo os fomentadores, é ir ao céu.

Para este caso, foi o próprio líder religioso, de nome Ezekiel Odero, que admitiu terem perdido a vida 15 seguidores do Centro de Oração e Igreja para uma Nova Vida. No entanto, os seus advogados afirmam que os falecidos já estavam em estado crítico quando chegaram à seita.

Os defensores de Odero avançam, ainda, que, em cada morte, as autoridades eram informadas, porém a Polícia não parece convencida com estes argumentos e manteve Odero em prisão preventiva.

Na próxima terça-feira, o tribunal vai decidir se é libertado ou se fica mais 30 dias na prisão.

A investigação sobre Odero deverá levar a acusações de homicídio, sequestro, radicalização, genocídio, crimes contra a humanidade, crueldade infantil, fraude e lavagem de dinheiro.

O Presidente do Quénia, William Ruto, disse, na segunda-feira, que as mortes ligadas à seita são “semelhantes ao terrorismo” e prometeu endurecer as acções contra os cultos que deturpam a religião.

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