O sector privado, representado pela Confederação das Associações de Moçambique (CTA), equaciona criar, em breve, um gabinete de apoio ao empresariado. Numa primeira fase, tal gabinete deverá funcionar para as empresas associadas à CTA, mas não descarta a possibilidade de evoluir e dar assistência a empresas não associadas em diversas situações.
A informação foi avançada pelo presidente da CTA, Agostinho Vuma, durante a reunião que decorreu sexta e sábado em Bilene, província de Gaza.
Na qualidade de porta-voz da reunião, Noor Momade, que também é presidente do pelouro de cooperação internacional, revelou que a intervenção da CTA neste sentido poderá ser transversal, podendo incluir a organização da contabilidade das empresas entre outros aspectos.
Na reunião, cujo objectivo era discutir ideias e consolidar planos para melhorar o ambiente de negócios no país entre 2017 e 2010, o presidente da CTA, Agostinho Vuma, destacou que as principais recomendações incluem o alargamento dos mandatos do conselho directivo e dos conselhos empresariais provinciais de três para quatro anos, de modo a que tenham tempo suficiente para implementarem as suas acções. Além disso, é objectivo acelerar o código de ética da CTA (para combater a corrupção e comportamentos que atentam ao bom ambiente de negócios), entre outros pontos.
Governo preocupado com a corrupção
No encerramento da reunião da CTA, a governadora da província de Gaza, Stella Zeca, fez uma intervenção contundente, no sentido de que os empresários devem denunciar a corrupção, reconhecendo que há situações flagrantes e que prejudicam a actividade empresarial e o ambiente de negócios.
As ideias traçadas na praia do Bilene devem resultar no Plano Estratégico da CTA para o triénio 2017 – 2010, a ser aprovado em Assembleia-geral da organização em Novembro.