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Crentes “sedentos” no retorno aos cultos e preparação para retomada em curso

Crentes de diversas denominações religiosas já correm com a preparação para a retomada dos cultos. Alguns entendem que os requisitos avançados são um desafio, e outros afirmam que a sede de retornar aos cultos é maior, e que “nessa fé tudo pode ser vencido”.

O Governo já deu sinal para o retorno aos cultos depois da suspensão em Março último, devido o Coronavírus. A publicação da lista de requisitos é a maior prova disso.

“Necessitamos do retorno aos cultos. Precisamos de rezar”, afirmou ao “O País” Felisberto Mangudjo, pastor de uma igreja Zione, na cidade de Maputo.

Mangudjo reconhece que na lista de requisitos há enormes desafios, como é o caso da medição da temperatura aos crentes e o registo do nome e contacto dos participantes do culto. Entretanto, o desejo de voltar à congregação com os crentes leva o pastor à certeza de estar à altura de fazer face ao exigido. “Sim, vamos conseguir enfrentar esses desafios”, afirmou.

Numa outra igreja localizada na Matola, onde “O País” esteve de visita, encontramos a direcção reunida a delinear estratégias para as medidas de prevenção emanadas na lista de requisitos para a reabertura dos cultos.

“Ao nível do nosso presbitério vamos fazer supervisão para garantirmos que todas paróquias cumpram rigorosamente com as recomendações do Governo”, disse Herminio Muiambo, da Igreja Presbiteriana de Moçambique, em Ndlhavela.

Para o líder, os requisitos listados carregam desafios como “o intervalo de uma hora; a pulverização, bem como o registo de crentes com os nomes e contactos”.
Contudo, os desafios podem não ser fáceis. Mas a sede de ter que voltar à rotina eclesiástica sobrepõe qualquer que seja a exigência.

“Teremos que cumprir com essas medidas todas, uma vez que nós também somos pessoas e sabemos que se ‘pisarmos a linha’ havemos de cair. Então, somos obrigados a ter que cumprir com estas medidas”, disse Maria Muchanga, da Igreja Ministerial Graça Infinita, para quem a medida veio como um alívio, pois houve muita oração. “É uma decisão ímpar, clamamos muito”, afirmou.

Ímpar não só para os reformados, evangélicos, ou pentecostais. Sem gravar a entrevista, uma fonte da igreja católica assegurou que a liderança vai reunir nos próximos dias para a harmonização sobre as medidas de prevenção que as paróquias devem seguir. Reuniões para a preparação da retomada que também acontecem na igreja anglicana e, igualmente, com os muçulmanos.

“O País” apurou da Direção Nacional de Assuntos Religiosos que só esta segunda-feira será conhecido o número de denominações religiosas que submeteram a resposta com a possibilidade para o cumprimento dos requisitos para a retomada dos cultos.

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