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CPLP adere à Coligação para a Alimentação Escolar

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aderiu, quinta-feira,  à Coligação para Alimentação Escolar, destacando a importância dos programas de alimentação nas escolas na luta contra a pobreza e a fome, após um seminário realizado em São Tomé.

A adesão foi formalizada através da assinatura de uma Carta de Compromisso da Coligação para a Alimentação Escolar, pelas ministras da Educação de São Tomé e Príncipe e Timor Leste, e os representantes dos demais países da CPLP, que participaram no terceiro seminário Internacional de Boas Práticas sobre Alimentação Escolar na CPLP.

Segundo o director da Acção Cultural e da Língua Portuguesa da CPLP, João Ima-Panzo, embora alguns países, autonomamente, sejam membros da coligação, a adesão da CPLP simboliza que os Estados membros estão “unidos na luta contra a fome e na promoção de condições que garantam uma infância saudável, um futuro promissor para as crianças e para os jovens da comunidade”.

“A alimentação escolar saudável é mais do que uma preocupação, é uma prática transformadora que ocupa um lugar central nas políticas dos nossos países […] com esta adesão assumimos responsabilidades mútuas, que inclui apoio técnico a mobilização de recursos, a monitorização rigorosa, com base em indicadores credíveis e a vigilância multilateral”, disse Ima-Panzo, citado por Lusa. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros são-tomense, Gareth Guadalupe, defendeu que a parceria com o Programa Alimentar Mundial e outras organizações estratégicas “é fundamental para transformar desafios em oportunidades, capacitar agricultores, pescadores, e sobretudo mulheres”.

Segundo Gareth Guadalupe, em São Tomé e Príncipe, a alimentação escolar é assegurada desde o pré-escolar até ao sétimo ano, mas o Governo são-tomense quer alargar até ao décimo segundo ano até 2030.

No final do seminário de três dias, foram anunciadas 11 conclusões e recomendações, em que se admite que os Programas de Alimentação fomentam o acesso à educação, à equidade social e de género. Defendem ainda os agricultores locais e os sistemas alimentares, apoiam a resiliência climática, criam novos empregos e impulsionam o crescimento económico e a prosperidade.

 

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