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COVID-19: Zimbabwe entra em estado de confinamento por 21 dias

Zimbabwe entrou hoje no estado de confinamento por 21 dias como forma de conter a pandemia COVID-19. Entretanto, vários analistas e a oposição receiam que o povo morra à fome, devido à crise económica no país.

Os cerca de 15 milhões de habitantes do Zimbabwe estão a ser obrigados a partir desta segunda-feira a permanecer em casa como forma de prevenir-se da pandemia COVID-19 que já matou uma pessoa e infectou seis no país.

A medida já havia sido anunciada pelo presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangwawa, numa altura em que o país vive a pior crise económica marcada por uma hiperinflação de mais de 500%. Ademais, Zimbabwe tem uma taxa de cerca de 90% de desemprego, e actualmente enfrenta escassez de alimentos, combustível, medicamentos e energia.

Por estas razões, muitos cidadãos citados pela NEWS 24, receiam que os 21 dias de confinamento sejam de tortura e fome. A Confederação de Indústrias de Zimbabwe avisou que um estado de isolamento total no Zimbabwe seria catastrófico, pois maior parte dos cidadãos está no mercado informal e vive por aquilo que consegue durante o dia.

A Confederação apela ao governo para permitir que algumas empresas continuem a operar, pois elas adoptaram altas medidas de segurança e seus trabalhadores nem sequer usam transporte público. Por sua vez, o principal partido da, MDC, condenou a medida, pois não vai de acordo com a realidade de milhões de zimbabwianos desempregados.

Entretanto, medidas de confinamento contra a pandemia COVID-19 têm surtido um efeito considerável em países africanos relativamente estáveis.

Ruanda, por exemplo, com cerca de 60 casos confirmados, o governo do presidente de Paul Kagame iniciou no sábado a distribuição de alimentos em distritos de Kigali para pessoas economicamente vulneráveis e não assalariadas. A mesma medida foi tomada pelo governo da Nigéria em Lagos, a maior cidade do país, avançou Africanews.

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