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COVID-19: Confinamento na Rússia termina hoje

A Rússia terminou hoje o confinamento que havia sido imposto para controlar a propagação do novo Coronavírus, numa altura em que reporta diariamente mais de 10 mil novos casos da COVID-19.

Os russos tem carta-branca para regressar ao trabalho já esta terça-feira. O anúncio de Vladimir Putin colocou um ponto final a seis semanas de confinamento mas apenas de forma condicional, uma vez que o Presidente russo deixou nas mãos de cada governo regional a gestão do processo e o levantamento de restrições.

O anúncio ocorreu no mesmo dia em que a Rússia registou seu recorde diário de novos casos de covid-19: 11.656 diagnósticos positivos para a doença, de segunda para terça-feira.

Com esse número, o país chegou a ultrapassar a taxa de infectados do Reino Unido e da Itália, ocupando agora o terceiro lugar na lista de países com mais doentes, com 221.344 pessoas com o novo coronavírus, atrás apenas da Espanha e dos Estados Unidos.

Ao todo, a Rússia contabilizou pouco mais de 2 mil mortes. Segundo o governo local, isso deve-se a um programa de testagem massiva adotado no país.

Ainda que a Rússia tenha sido a única nação europeia a decretar o fim da quarentena, outros países do continente começaram esta semana a aliviar suas medidas restritivas. Vladmir Putin sublinhou que a luta contra a COVID-19 era para continuar e vangloriou-se do trabalho já efetuado.

“Estas medidas extraordinárias permitiram-nos travar o avanço da epidemia e dessa forma ganhar algum tempo.

Graças a estas medidas, que foram adotadas antecipadamente, conseguimos salvar, e posso dizê-lo sem qualquer exagero, conseguimos salvar vários milhares de vidas", disse o Presidente Russo.

O número de mortes é ligeiramente superior a dois mil, mas uma reportagem da Novaya Gazeta, que comparou as mortes mensais com a média dos anos anteriores, sugere que o número real pode ser três vezes superior.

O próprio presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobyanin, já tinha admitido que o número de casos na capital podia ser até três vezes superior aos números oficiais.

 

 

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