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COVID-19: Autoridades migratórias em Milange apertam o cerco para evitar entrada de malawianos no país

A vila municipal de Milange faz limite com o Malawi através da fronteira de Mulosa. Com o Estado de Emergência em vigor no país, bem como com a situação da COVID-19 que já infectou e matou três pessoas naquele país vizinho, do lado moçambicano as autoridades migratórias estão a apertar o cerco para evitar entrada e saída de pessoas.

Albano de Carvalho, chefe da migração naquele distrito fronteiriço, diz que estão a atender a entrada de camionistas para questões de mercadorias, e estão a limitar a circulação dos dois povos na fronteira.

De Carvalho fez saber que, dado a extensão da fronteira, as forças do ramo estão a desdobrar-se no terreno para que de forma clandestina não entrem e nem saiam pessoas.

Enquanto isto na fronteira de Mulosa, as autoridades de saúde estão a trabalhar na desinfeção dos camiões que entram ido daquele país. Igualmente fazem o processo de higienização, rastreio dos camionistas para evitar eventual contaminação da doença no nosso país, tal como disse Leonardo Maresse, director distrital de saúde de Milange.

Entretanto vive-se cenário paradoxal em Milange, é que enquanto as autoridades desdobram-se na linha de fronteira para evitar situação de contaminação da COVID-19, os munícipes com toda a informação necessária sobre os perigos da doença, não estão a observar o uso de máscaras, tal como se recomenda para evitar a propagação da doença. A situação ocorre sob olhar impávido das autoridades.

Aliás, sobre o assunto o presidente do conselho autárquico de Milange Felisberto Nvua, fez saber que para além de a edilidade já ter distribuído mais de duas mil máscaras nas diversas comunidades da vila, tem efectuado trabalho de sensibilização para o uso de mascaras.

“Temos estado nos mercados, nas comunidades e muitos outros locais a chamar atenção as pessoas sobre a necessidade de envolvimento de todos na luta contra esta pandemia, mas sentimos muita teimosia por parte das pessoas”.

 

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