Com cerca de 3.500 casos confirmados e um lockdown que deve continuar até 1º de Maio, a África do Sul anunciou um "orçamento extraordinário" de 500 bilhões de rands, cerca de 26 bilhões de dólares, para enfrentar os efeitos sociais e económicos da pandemia do novo coronavírus.
Numa Comunicação à Nação esta terça-feira, Ramaphosa disse que o valor equivale a aproximadamente 10% do Produto Interno Bruto do país.
As principais prioridades são combater o vírus e aliviar "fome e angústia social". “Estamos agora a embarcar na segunda fase de nossa resposta económica para estabilizar a economia, enfrentar o declínio extremo na oferta e na demanda e proteger empregos”, introduziu o presidente sul-africano indicando que “como parte dessa fase, anunciamos um pacote massivo de assistência social e apoio económica de 500 bilhões de rands, o equivalente a cerca de 10% do PIB”.
Dez por cento do pacote especial será destinado a população mais vulnerável durante os próximos seis meses. Serão 50 biliões destinos aqueles que são mais severamente afectados pelos efeitos da pandemia. “Isso significa que os beneficiários de pensão alimentícia receberão 300 rands extra em Maio e de Junho a Outubro vão receber 500 rands acionais a cada mês”, afirmou Ciryl Ramaphosa. De acordo com o Presidente da África do Sul, “todos os outros beneficiários de subsídios vão receber 250 rands extra por mês pelos próximos seis meses”.
Mas uma das medidas principais será o pagamento de um valor de 500 rands a todos os desempregados sul-africanos durante os próximos seis meses. Trata-se de “um subsídio especial Covid-19 de Socorro Social de 350 rands por mês pelos próximos seis meses será pago a indivíduos que estão atualmente desempregados e não recebem nenhuma outra forma de subsídio social ou pagamento de UIF”.
Entre as medidas consta ainda um pacote de financiamento de 200 biliões de rands para ajudar as empresas com custos