O País – A verdade como notícia

A ministra da Saúde, Marta Temido, informou hoje haver quatro novos casos confirmados de infecção com o novo Coronavírus em Portugal, três no norte do país e um em Lisboa, que elevam para 13 o total de infectados.

"Destes quatro novos casos, três são no Norte e têm ligação epidemiológica a casos anteriores" e a Itália, disse Marta Temido aos jornalistas após uma reunião dos ministros da Saúde da União Europeia, em Bruxelas.

Marta Temido precisou que três destes casos estão a ser acompanhados no centro hospitalar de São João, no Porto, enquanto o outro é acompanhado no centro hospitalar de Lisboa Central.

"Continuamos com uma identificação da ligação epidemiológica dos casos, o que nos permite identificar a existência de casos e nos dá confiança de não haver ainda transmissão livre na comunidade", concluiu a ministra da Saúde.

O Presidente da República pronunciou-se, hoje, sobre o coronavírus e diz ser este um problema de segurança pública e que requer vigilância de todos. Filipe Nyusi diz que o Governo está a tomar devidas medidas para lidar com o surto em caso de possível eclosão.

Este foi o primeiro pronunciamento do Presidente da República depois do surgimento do COVID 19, que já matou mais de três mil pessoas e infectou acima de 95 mil.

Pese embora ainda não haja casos conhecidos no país, Filipe Nyusi alerta para medidas de precaução, até porque Moçambique não é nenhuma ilha isolada.

Casos do mortífero coronavírus já foram registados em alguns países africanos, tal é o caso de Egipto, Nigéria, Argélia e Senegal.

 

 

O Fundo Monetário Internacional disponibiliza 50 bilhões de dólares para apoiar no combate ao coronavírus. O financiamento é destinado aos países de baixa renda e com fraco sistema de saúde para responder à epidemia.

É uma ameaça à saúde pública, mas também à economia mundial, sobretudo dos países de baixa renda.

No comunicado enviado ao O País, o FIM reconhece que o cenário que se vive com o surto do vírus é incomum e que vai, de certa forma, afectar a oferta de bens, assim como a procura.

A instituição financeira internacional diz ainda que “a experiência sugere que cerca de um terço das perdas económicas decorrentes da doença serão os custos directos: de perda de vidas, o encerramento de locais de trabalho, e quarentenas. Os dois terços restantes serão indireta, reflectindo uma retracção na confiança do consumidor e comportamento dos negócios e um aperto nos mercados financeiros”.

E este cenário poderá ser mais difícil para os países com sistemas de saúde mais fracos, exigindo maior capacidade de intervenção para um mecanismo de coordenação global para acelerar a recuperação da procura e da oferta.

É com olho posto nos Estados-membros de baixa renda e cujos sistemas de saúde são fracos, que o Fundo Monetário Internacional colocou à disposição 50 bilhões de dólares para ajudá-los a fazer face à epidemia.

“Para os países de baixa renda, temos o financiamento de emergência rápida de desembolso de até 10 bilhões de dólares (50 por cento da quota de membros elegíveis) que pode ser acessado sem um programa do FMI, disponíveis a juros zero para os membros mais pobres, através da Facilidade de Crédito Rápido”.

Já os outros membros: “podem aceder a financiamento de emergência através do Financiamento Instrumento Rápido. Esta facilidade poderia fornecer cerca de 40 biliões de dólares para os mercados emergentes que poderiam aproximar-nos para ter apoio financeiro”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em Manica, dois cidadãos chineses foram submetidos, ontem, a quarentena domiciliária devido a suspeitas de coronavírus. Um dos indivíduos em causa entrou no país pelo Aeroporto da Beira e foi identificado em Inchope, no distrito de Gondola, em Manica.

O outro indivíduo chinês entrou no país através da fronteira com Malawi, na província de Tete.

No entanto, de acordo com as autoridades de saúde, neste momento, não apresentam nenhum sintoma do Covid-19.

Até então, já foram rastreados 35 mil cidadãos naquela província onde as autoridades de saúde asseguram estar em alerta máxima, sobretudo no aeroporto de Chimoio e fronteiras de Machipanda e Espungabera.

 

A África do Sul tornou-se esta quinta-feira o mais recente país africano a registar um caso do COVID-19. Trata-se dum paciente de 38 anos que viajara para Itália, tendo retornado à Africa do Sul no dia 1 de Março na companhia de 10 pessoas, informou o Ministro de Saúde Zweli Mkhize. As autoridades sul-africanas já mobilizaram uma equipa de rastreio na província de Kwazulu-Natal com objectivo de localizar os indivíduos que mantiveram contacto com o infectado.

O paciente ter-se-ia apresentado a um posto médico privado na terça-feira, reclamando de febre, dores de cabeça, tosse e dores de garganta, avançou News 24. O tema foi imediatamente tema de debate no parlamento sul-africano para encontrar-se medidas de prevenção para estancar a propagação.

Já o Senegal registou na quarta-feira mais dois casos, elevando o número de infectados para quatro no país. Argélia registou nove casos, totalizando 17 infectados. E a Nigéria continua com único caso confirmado do novo coronavírus.

Na Europa, Portugal conta com oito casos, sendo que o último paciente é uma professora de físico-química que dá aulas numa escola de Amadora. As autoridades portuguesas tiveram que colocar em isolamento cinco turmas que tiveram aulas com a professora.

A Itália é já o segundo país com mais mortos, tendo registo de 107 vítimas mortais e mais de três mil infectados. O governo de Roma ordenou o encerramento de todas as escolas. O Irão é o terceiro país com mais vítimas mortais, tendo actualmente 92 mortos. O presidente iraniano Hassan Rouhani afirmou que o novo coronavírus já infectou quase todas as províncias daquele país.

Ao todo, já são 84 países com casos de COVID-19, sendo que mais de três mil pessoas já morreram e 95 mil continuam infectadas.

A Associação de Transportes Aéreos Internacionais (IATA), citada pela Reuters, prevê que para este ano as companhias aéreas africanas percam 40 milhões de dólares devido ao cancelamento de voos de para China e outros países do mundo com mais casos de infecção.

O surto do novo coronavírus ocorre numa altura em que algumas companhias africanas lidam com a crise económica. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde tem apelado aos países a não banirem voos internacionais. Desde o surgimento do COVID-19, em Dezembro do ano passado, as companhias aéreas têm registado baixa procura dos voos para China.

Esta noite, na cidade de Maputo, o Ministro da Saúde (MISAU) realizou uma conferência de imprensa para informar aos moçambicanos sobre os passos que estão a ser dados no contexto em que o COVID-19 tem chegado a mais países africanos. De acordo com o Ministro, Armindo Tiago, o MISAU lançou um plano multi-sectorial de resposta a eventual eclosão do COVID-19 no país.

No dia em que se confirmou um caso do COVID-19 na África do Sul, o MISAU anunciou a criação de comité técnico que vai fazer análise de tendências do caso a nível global e actualizar a lista dos países com COVID-19. Além de disso, o Governo vai reforçar a vigilância ao nível dos aeroportos e fronteiras terrestres.

Armindo Tiago assegurou, esta noite, que o país tem uma equipa em prontidão para dar resposta a eventual eclosão do Coronavirus e material de proteccão para atender os primeiros 100 casos. Tal precaução, exigiu que se fizesse um orçamento adicional para aumentar aquisição de produtos de proteccão individual.

Neste momento, o país tem capacidade de isolamento nas unidades províncias, caso surjam pessoas infectadas. Em função do fluxo de cada província, a capacidade pode ser aumentada.

O MISAU apela à população ao reforço das medidas de prevenção, face ao relato confirmado do COVID-19 na África do Sul. De sua parte, garante aumentar esforço de fortalecer medidas de segurança nos serviços de urgência.

O número total de vítimas mortais do novo Coronavírus supera os 3 100 e mais de 90 mil pessoas estão infectadas. Entretanto, cerca de 50 mil pacientes recuperaram do vírus.

Mantém-se o ritmo de abrandamento do Covid-19 na China. Nas últimas 24 horas morreram 38 pessoas, um ligeiro aumento do número de mortos face ao dia anterior e registaram-se 119 novos casos, uma diminuição face a esta terça-feira.

Na Coreia do Sul, o número de infecções está em sentido oposto ao da China. As autoridades sul-coreanas anunciaram mais de 516 novos casos, elevando para mais de 5 300 o total de pessoas contagiadas pelo novo Coronavírus.

Em Itália, o número de mortos ascendeu aos 79. Esta terça-feira descobriu-se que a primeira morte provocada pelo vírus na Europa aconteceu em Espanha, ao contrário do que se pensava.
Em Portugal foram diagnosticados mais dois casos ontem, e outro hoje, subindo para cinco o número de pessoas infectadas com o novo Coronavírus.

Entretanto, foi publicado o despacho que salvaguarda a protecção dos trabalhadores do privado, indicando que os funcionários que tiverem de ficar em isolamento vão receber o seu salário por inteiro.

NBA e FIBA cancelam prova na qual o Ferroviário de Maputo, representante moçambicano na competição, devia disputar a divisão Nilo entre os dias 21 e 22 de Março, em Monastir, na Tunísia, devido ao novo Coronavírus.

Lembre-se que a Liga Africana de Basquetebol devia iniciar no dia 13 de Março, em Dakar, Senegal.

A sessão inaugural do torneio estava agendada para 13 de Março na capital senegalesa, Dakar.
"Seguindo a recomendação do governo senegalês face às crescentes preocupações com a saúde relacionadas com o Coronavírus, a temporada inaugural da BAL será adiada", anunciou o presidente da BAL (Basketball Africa League), Amadou Galo Fall num comunicado.

Entretanto, a organização não avança datas para o início da prova.
O Senegal é um dos seis países africanos com casos registados de Coronavírus, tendo sido confirmado ontem o segundo caso positivo.

No continente africano, segundo os dados mais recentes do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, foram registados um total de dez infecções, nomeadamente na Argélia (3), Nigéria (1), Egito (2), Marrocos (1), Tunísia (1), e Senegal (2).

As 12 equipas do BAL iriam disputar cinco jogos cada uma, num total de 30, em sete cidades africanas: Cairo (Egito), Dakar (Senegal), Lagos (Nigéria), Luanda (Angola), Rabat (Marrocos) e Monastir, onde o representante moçambicano, Ferroviário de Maputo, vai disputar a divisão Nilo, sendo o desafio final em Kigali (Ruanda).

 “Locomotivas” falam das implicações do adiamento
De acordo com Isidro Amade, chefe do Departamento de Basquetebol do Ferroviário de Maputo, o clube ainda não recebeu uma comunicação oficial da BAL (Basketball África League) sobre o adiamento da prova, mas diz que a agremiação teve conhecimento do facto através do comunicado de imprensa feito pelo Presidente da BAL, Amadou Gallo Fall.

“Oficialmente ainda não recebemos nada da Liga Africana de Basquetebol, mas vimos o comunicado da organização. O Coronavírus existe e é uma realidade”, começou por dizer o dirigente.

Com a prova ainda sem data para começar, depois de informado o adiamento, o Ferroviário de Maputo avança que todos os jogadores contratados para a prova já estão em Maputo e que isso pode ter implicações financeiras, visto que os mesmos tem um contrato de um mês com o clube a alguns tem outros compromissos depois do tempo previsto no contrato.

“As inscrições já fecharam. Precisamos saber da organização da prova, se o adiamento nos dá a possibilidade de trocar de jogadores. Mais, se devemos acrescentar o valor a pagar aos atletas”, comentou Amade.
Contudo, Isidro prevê que o adiamento possa criar mais coesão na equipa e contribuir para a rodagem dos jogadores.

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