O País – A verdade como notícia

O Conselho de Estado sugeriu ao Presidente da República a “enveredar pela declaração do Estado de Emergência” no país, “devido ao elevado risco da rápida propagação” do Coronavírus.

 

Após a sua primeira sessão, esta sexta-feira, o Conselho de Estado, apreciou, entre outras matérias, a informação sobre a situação do COVID-19.

No encontro presidido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, o Conselho de Estado saudou aos profissionais da Saúde que “não têm poupado esforços no cumprimento da sua missão”.

Saudou ainda ao Governo pela criação da Comissão Técnica-Científica de Resposta ao COVID-19 e encorajar que continue a desenvolver, com zelo e profissionalismo o seu trabalho.

O Conselho de Estado agradeceu ao povo moçambicano por considerar que está consciente do contexto actual, tem acatado as recomendações emanadas pelo Governo e apelou que se continue a massificar a educação cívico-sanitária.

O órgão reconhece, no mesmo encontro, o trabalho das congregações religiosas, apelando-as a reforçarem as medidas preventivas, junto dos seus fiéis e demais cidadãos.

Refira-se que os membros do Conselho de Estado tomaram posse esta sexta-feira.

O Estado de Emergência é autorizado pela Assembleia da República, devendo este órgão legislativo pronunciar-se sobre a matéria nos próximos dias, assim que for solicitado para o efeito, pelo Chede de Estado. 

Moçambique poderá em breve receber materiais de apoio vindos da China para enfrentar a pandemia da Covid-19, o anúncio foi feito hoje, pela ministra dos negócios estrangeiros e cooperação Verónica Macamo momentos depois da sua audição pela Comissão de Relações Internacionais da Assembleia da República.

 

Numa altura em que há registos de propagação de infeções da Covid-19 no país, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação através da titular da pasta, disse que o país tem estado a manter diálogo com os outros países com os quais tem relação de cooperação bilateral no sentido de buscar soluções conjuntas para combater a doença. Desta cooperação, Verónica Macamo garantiu que o país poderá em breve receber um apoio para combater a Covid-19.

“Temos estado a coordenar com muitos países amigos, nenhuma nação pode lutar sozinha contra esta doença. Há uma oferta que vem de uma empresa chinesa e a Republica da China também prontificou-se a doar algum material para fazer face a esta pandemia. Eu penso que vamos vencer e cada um de nós tem que fazer a sua parte”, disse a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Verónica Macamo

Verónica Macamo falava esta quinta-feira, após uma audição no parlamento pela comissão de relações internacionais, “a comissão de relações internacionais, cooperação e comunidades, no âmbito das suas atribuições regimentais está a analisar o Programa Quinquenal do Governo. Mais particularmente no pilar número três que diz respeito ao reforço da cooperação internacional, e esta análise é a razão pela qual convidamos o Ministério dos Negócios Estrangeiros para aprofundar a compreensão do documento e colher mais subsídios para a elaboração do parecer”, revelou Catarina Dimande, presidente da Comissão de Relações Internacionais/ar

A comissão de relações internacionais questionou ao executivo sobre o estado de saúde dos moçambicanos na diáspora. Verónica Macamo garantiu que está tudo bem e existe um contacto permanente.

Recentemente a empresa chinesa Alibaba Group disse que vai doar 1.1 milhão de kits de testes e seis milhões de máscaras para o continente africano prevenir-se do COVID-19.

O Banco Mundial vai conceder 60 milhões de dólares para Quénia conter a pandemia. Vários países africanos começaram a suspender mais voos internacionais, sobretudo, voos de países com centenas de casos do COVID-19, bem como a proibição de concentrações públicas e encerramento de escolas e fronteiras. A vizinha sul-africana vai durante três semanas, proibir a saída de pessoas de casa, exceto em circunstâncias excecionais. Medida foi decretada pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, para combater avanço do novo coronavírus.

Na província de Manica, funcionários e agentes do Estado passam a trabalhar em regime de turno a partir desta sexta-feira. A medida surge na sequência do distanciamento social que tem em vista, evitar a propagação do coronavírus.

É que uma das medidas de prevenção do coronavírus é manter a distância de um metro entre as pessoas. Para que a mesma seja efectivada no sector público, onde muitas vezes num gabinete encontram-se um considerável número de funcionários a atenderem utentes que eventualmente possam estar infectados, entende o Estado que deve reduzir-se o número, introduzindo-se o sistema de turnos.

Numa primeira fase, a medida deverá ser observada ao nível das direcções provinciais, segundo avançou Edson Macuácua, Secretário de Estado em Manica.

“Os nossos compartimentos de algumas direcções provinciais, pela sua configuração, não estão preparados para uma situação de um funcionamento normal de instituições com observância de distanciamento de um metro entre funcionários de diferentes repartições e departamentos”, disse Macuácua, avançando que “a medida que vamos avançar é trabalhar em turnos, para evitar que num compartimento não tenhamos muitos funcionários, em observância da distância de um metro”.

A informação foi tornada pública a margem da criação esta quinta de uma equipa multissectorial que ao nível da província de Manica encarregar-se à de tratar sobre assuntos relacionados com o COVID-19.

 

“A vida tem de continuar e a situação passará em breve. O vírus chegou. Está a ser enfrentado por nós e brevemente passará. A nossa vida tem de continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado”, afirmou esta terça-feira, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Ainda esta terça-feira Jair Bolsonaro pediu as autoridades estaduais e municipais a reabertura de escolas, comércio e fim do isolamento.

“Algumas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o encerramento do comércio e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas”, questionou Jair Bolsonaro, sublinhando que o país deve “voltar à normalidade”.

Porém, as declarações de Bolsonaro contrariam as recomendações do seu próprio governo. Na página “online”, o Ministério da Saúde brasileiro aconselha a população a evitar aglomerações, a reduzir as deslocações para o trabalho, defendendo o “trabalho remoto” e a “antecipação de férias em instituições de ensino”.

Segundo o Observador, as declarações de Bolsonaro foram emitidas no dia em que o Brasil ultrapassou os dois mil casos confirmados da Covid-19, com o país a registar 2.201 casos confirmados e 46 mortos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

“A vida tem de continuar e a situação passará em breve. O vírus chegou. Está a ser enfrentado por nós e brevemente passará. A nossa vida tem de continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado”, afirmou esta terça-feira, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Ainda esta terça-feira Jair Bolsonaro pediu as autoridades estaduais e municipais a reabertura de escolas, comércio e fim do isolamento.

“Algumas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o encerramento do comércio e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas”, questionou Jair Bolsonaro, sublinhando que o país deve “voltar à normalidade”.

Porém, as declarações de Bolsonaro contrariam as recomendações do seu próprio governo. Na página “online”, o Ministério da Saúde brasileiro aconselha a população a evitar aglomerações, a reduzir as deslocações para o trabalho, defendendo o “trabalho remoto” e a “antecipação de férias em instituições de ensino”.

Segundo o Observador, as declarações de Bolsonaro foram emitidas no dia em que o Brasil ultrapassou os dois mil casos confirmados da doença, com o país a registar 2.201 casos confirmados e 46 mortos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

O Grupo Sir Motors introduz medidas de prevenção contra o novo coronavírus nas unidades de comboio e autocarros que são o metro e metro-bus. O objectivo é prevenir a propagação do COVID-19 aos cerca de três mil utentes que diariamente usam aqueles meios de transporte.

Caía chuva ligeira na manhã desta quarta-feira em alguns pontos da Cidade de Maputo. O que colocava algum receio nas viagens interurbanas de alguns passageiros. Mas tal cenário não foi notório na estacão central dos CFM, na baixa da Cidade de Maputo, onde com a luz intermitente o comboio anunciava a sua chegada à aquela estacão dos caminhos-de-ferro de Moçambique.

Os passageiros desembarcam meios que atrasados, outros correndo para se albergar dos chuviscos e outros com guarda-chuvas conseguiam conter a chuva. Entretanto com pressa ou não, com chuva ou não havia na saída uma paragem obrigatória. É naquele ponto onde o pessoal devidamente treinado e equipado faz a desinfecção aos utentes.

Dércia acabara de desembarcar do metro, ela foi logo desinfectar as mãos e diz sentir-se protegida.
“A iniciativa é muito boa, pelo menos viajamos com muita segurança, pelo menos ficamos tranquilos que dentro do metro não vamos ter coronavírus. Estou suficientemente informada a cerca das medidas de prevenção e a lavagem constante das mãos com água e sabão é uma delas”.

Os comboios permaneciam nos carris, após desembarcarem os passageiros, os comboios são imediatamente desinfetados as superfícies frequentemente tocadas pelos utentes incluindo toda área interna e externa. Esta acção está em curso já há três semanas segundo fez saber o Director Geral do grupo Sir Motors Amade Camal.

“Estamos muito gratos aos nossos utentes que colaboram, 99% já perceberam que não é um interesse da metro bus, é um interesse da sociedade. Por tanto, fazemos por todos e todos devem fazer por nós também”, disse Amad Camal que monitorava nos CFM as acções de desinfecção.

Porque neste momento o mundo e o país estão em alerta máximo por conta do COVID-19 e o sector dos transportes sendo um dos mais críticos, o titular da pasta dos transportes e comunicações equaciona apoios as empresas do ramo de transporte e neste momento encoraja as medidas de prevenção contra o coronavírus.

Adulai Janfar sumarizou da seguinte forma. “Nós estamos cientes das medidas que representam sobretudo no sector de transporte dado a demanda que supera a oferta dos meios de transporte com tudo gostaríamos de apelar que todos os intervenientes cumpram estas medidas, uma vez que é uma questão de emergência”.

Oficialmente o país tem até ao momento três casos que testaram positivo e a directora nacional adjunta de saúde pública diz que é preciso continuar a apostar na prevenção.

Benigna Matsinhe disse ao “O País” que há uma observação das medidas de prevenção em vários sectores e empresas. “Orientamos que para que seja cumprida esta questão de desinfecção dos autocarros, a questão da redução do número de passageiros nos autocarros. Isto para nós é uma alegria porque confirma que o nosso esforço está a ser conjunto e não de uma única instituição”.

O Governo através dos ministérios da saúde e dos transportes e comunicações desencorajam as viagens nos meios de transporte de um número superior de 50 passageiros por viagem.

O Governo da Zambézia vai encerrar espaços culturais de grande aglomeração populacional. A medida tem em vista estancar prováveis casos de transmissão do covid-19.

Esta quarta-feira foi apresentada a matriz das recomendações no âmbito da prevenção do coronavírus durante uma reunião que envolveu alguns directores provinciais e a secretária de Estado Judite Faria.

Ainda nesta quarta-feira o governador da Zambézia Pio Matos, reuniu com representantes das organizações não-governamentais que operam na área da saúde. O encontro visava solicitar a colaboração sobre tudo em meios para salvar doentes assim que notificado os casos do covid-19.

Os parceiros asseguraram que tudo farão para prestar apoio ao Governo.

A província da Zambézia ainda não registou nenhum caso de Covid-19. Entretanto neste momento mais de 60 pessoas estão em quarentena domiciliária. Dentre eles chineses, Malawianos, tanzanianos, sul-africanos, americanos entre outras nacionalidades.

Arrancou hoje a primeira sessão ordinária da nona legislatura da Assembleia da República com a pandemia do Covid-19 a dominar parte dos discursos. Durante a sessão que se prevê que termine no próximo dia 29 de Maio, os deputados irão apreciar 20 matérias, com destaque para o Programa Quinquenal do Governo, o Plano Económico Social e o respectivo orçamento, e a sessão de perguntas e informações do Governo.

Contrariamente ao que tem sido habitual, a primeira sessão ordinária da Assembleia da República, arrancou hoje com apenas 160 deputados contra os 250 previstos. A ausência dos 90 representantes do povo justifica-se pelo facto de o mundo e o país estarem a ser assolados pela pandemia do Covid-19.

Durante o seu discurso de abertura, a Presidente da Assembleia da República, Esperança Bias saudou os esforços do Governo e encorajou as autoridades a prosseguirem com as acções de prevenção.

“Saudamos as medidas que o Governo tem vindo a tomar em função da evolução do coronavírus e encorajamos o Presidente da República a continuar a acompanhar o alastramento desta pandemia que já afecta o nosso país. Encorajamos igualmente ao Governo e aos profissionais de saúde a não vacilarem na busca de soluções e na divulgação de medidas de prevenção e de mitigação deste vírus”, disse Esperança Bias, Presidente da Assembleia da República.

Por outro lado, Esperança Bias, reiterou o apelo a todos os cidadãos moçambicanos e aos estrangeiros residentes no país, as instituições públicas, privadas, as confissões religiosas e as organizações da sociedade civil para que sigam escrupulosamente as recomendações do executivo, evitando assim, a desinformação e situações de pânico.

Para esta sessão serão arroladas diversas matérias com destaque para a proposta do programa quinquenal do governo 2020-2024, programa das actividades e o orçamento da AR para o corrente ano, proposta do plano económico e social para 2020 e o projeto de lei que aprova o orçamento do Estado.

Porque a sessão acontece numa altura em que as regiões centro e norte do país registam alguma intranquilidade, a chefe do órgão legislativo manifestou a sua preocupação.

“Acompanhamos igualmente com preocupação a recente incursão de malfeitores sem rosto, na vila de Mocímboa da Praia. As populações afectadas por estas incursões vão as nossas palavras de conforto e de solidariedade e apelamos a população para o reforço da vigilância e denúncia dos malfeitores as autoridades”.

Já os chefes das três bancadas parlamentares da Assembleia da República, que falavam pela primeira vez após a sua tomada de posse. Como não deixaria de ser, também manifestaram a sua preocupação com a saúde dos cidadãos tendo em conta a eclosão do COVID-19.

O primeiro encontro ordinário contou para além dos deputados com a presença do Governo, representado pelo Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, bem como dos órgãos de soberania.

Aliás, os ataques nas regiões centro e norte do país, também mereceram menção dos três chefes das bancadas, durante os seus discursos, tendo encorajado o Governo a redobrar seus esforços para devolver a ordem e segurança nas províncias afectadas.

Há mais duas pessoas infectadas pelo Coronavírus no país, perfazendo, agora, cinco casos no total.

Ainda assim, falando numa conferência de imprensa realizada esta tarde, na cidade de Maputo, o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, defendeu que Moçambique tem hipóteses de fazer uma prevenção eficaz, já que o número de casos ainda é reduzido. Para o efeito, os moçambicanos devem praticar os conhecimentos sobre as medidas preventivas que possuem.

À semelhança dos três casos reportados anteriormente, os anunciados hoje pelo MISAU são assintomáticos ou de sintomas ligeiros. Por isso mesmo, todos os infectados encontram-se em isolamento domiciliar. Doravante, o Ministério da Saúde vai acompanhar 61 pessoas que directamente ou indirectamente contactaram-se com os infectados.

Os dois casos do COVID-19 confirmados hoje acusaram positivos em testes feitos no sector privado e, actualmente, no país, estão em quarentena 663 pessoas.

Numa altura em que há falta de desinfectante e álcool à venda, Armindo Tiago disse que as medidas de prevenção devem considerar o que está disponível no mercado. Por exemplo, o javel, numa concentração que o MISAU vai disponibilizar em termos técnicos de preparação fácil e caseira, pode ser uma solução menos onerosa e mais disponível, segundo o Ministro.  

Até às 10 horas de hoje, ao nível do continente africano, foram registados 2412 casos, envolvendo 43 países. Desse universo, 203 indivíduos no continente estão recuperados em 14 países.

Quatro casos de Coronavírus no país são importados e um é de transmissão local.

 

 

 

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