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O Arcebispo de Maputo, Dom Francisco Chimoio, salienta que as medidas decretadas pelo Governo, no âmbito do Estado de Emergência, visam evitar que a pandemia do novo Coronavírus se expanda, daí a obrigatoriedade de cumpri-las sem alarme. Francisco Chimoio diz também que é preciso “manter a esperança” lembrar sempre que “não estamos a trabalhar sozinhos. Deus está connosco e nunca vai nos deixar abandonados”

 

Qual é a leitura que a Igreja faz desta doença?

Esta pandemia, em tão pouco tempo se alastrou por muitos países, onde tem semeado muito luto, tem semeado também muita dor e espalhado muita tristeza em muitas famílias. A nossa leitura é que de facto esta pandemia tende a aumentar, tende ainda a dizimar muitas vidas e é necessário termos em consideração o caminho certo para podermos, de facto, fazer face a este grande desafio que nos arranca vidas de tantas, tantas pessoas. De facto começou na China e da China passou para Europa onde acentuadamente teve a sua incidência na Itália, sobretudo a parte norte, portanto Milão e Bergamo onde também tivemos mortes na minha congregação. Tivemos sete frades que faleceram, a Diocese de Bergamo perdeu até 26 sacerdotes e há outros que ainda estão a lutar para ver se saem disso. E isso também foi para Espanha, Espanha onde também eclodiu com muita força, sobretudo na cidade de Madrid e agora nos Estados Unidos sobretudo em Nova Iorque. E aqui também temos esta situação, o país vizinho, a África do Sul também já tem algumas mortes e nós aqui temos já um número de 28 infectados, esperamos que de facto não aumente e que não haja o alastramento disso. Mas isso preciso que se tome certas medidas para que não se expanda mais, não crie mais dor, mais sofrimento, mais mortes.

 

Mencionou que a doença está a afectar também a Igreja, aliás como já e sabido não escolhe raça, idade, etnia, nem mesmo a religião. Considerando os dados que apontam para alguns casos a nível da Europa, em África há registo de padres ou bispos que tenham sido afectados por esta doença?

Neste momento, que eu saiba, ainda não. Mas há já pessoas que foram infectadas e que já partiram, já faleceram. Mas bispos e padres em África, neste momento, ainda não resulta. Mas esperamos de facto que não chegue mas o certo é que de facto esta pandemia é muito violenta e rápida e não escolhe a categoria das pessoas, nem a idade, nem também a raça. Portanto todos estamos sujeitos a sermos alcançados por esta pandemia, por isso é indispensável que haja de facto medidas que possam prevenir-nos de sermos facilmente atingidos por esta pandemia.

 

E por falar em medidas qual é a mensagem que a Igreja Católica passa para os seus fiéis e para a sociedade para reforçar estas medidas preventivas.

A primeira coisa é realmente ter consciência de que esta doença não escolhe ninguém. Qualquer um de nós é sujeito a ser atingido, por isso a primeira medida é a famosa prevenção, que consiste em primeiro lugar em termos o cuidado de lavar frequentemente as mãos com água e sabão, depois também o distanciamento social, aquilo que geralmente se diz de pelo menos um metro ou dois metros um do outro, porque também o contacto e a proximidade podem também facilitar que o vírus se transmita. E depois usar também máscaras porque com a própria respiração e a saliva que sai da nossa boca, facilmente alguém pode inalar e ser um meio possível para que possa ser infectado por esta pandemia. Evitar também por as mãos no nariz, na boca e se espirar usar o cotovelo para evitar que se espalhe. Portanto estas medidas todas permitem realmente evitar que se expanda mais facilmente esta pandemia do coronavírus. Essa defesa é necessária por que permite-nos nos defendermos e evitar que esta pandemia possa ter mais pessoas infectadas. Essa defesa é para o bem de todas as pessoas, quer cristã ou não cristã. Toda a população deve realmente acatar essas medidas de prevenção que permitem, verdadeiramente, por longe de nós esta pandemia, que ceifa e já ceifou tantas vidas humanas e que pode ainda continuar a ceifar. Portanto a nossa atenção neste sentido é um benefício para nós. Somos nós que devemos sentir e usar os meios indispensáveis para esta pandemia não tenha espaço nas nossas vidas.

 

Qual é a mensagem de conforto que a Igreja passa para à sociedade neste momento?

No meio desta situação trágica não devemos nos deixar alarmar em demasia. Temos que manter a esperança e nesta esperança não estamos a trabalhar sozinhos. Também Deus está connosco e ele nunca vai nos deixar abandonados. Nós também sabemos muito bem que num caso como este, deste grande desafio para a nossa vida, a nossa oração, nossa união a Deus, a nossa ligação com o autor da nossa vida irá ser também um caminho certo. No meio desta tristeza, não nos deixemos abater, não nos deixemos alarmar em demasia. Aquele que nos criou certamente não nos quer deixar abandonados. A confiança no senhor, a nossa oração perseverante, a nossa oração cheia de confiança e sobretudo a entrega nas suas mãos, aconteça o que acontecer mas se nós nos deixarmos guiar pelo senhor, nos deixarmos encorajar pela sua palavra, certamente esta pandemia vai passar sem nos tocar. Mas isso não impede que tínhamos que usar os cuidados sugeridos para que realmente esta pandemia não venha ao nosso encontro. Ao lado deste apelo a consolação e ao estímulo também queria realmente acrescentar a situação que nós estamos a passar na província de Cabo Delgado, uma guerra que também a ceifar vidas humanas a multas famílias deste nosso país, que não se sentem verdadeiramente em paz e tranquilas. São pessoas que dormem fora das suas próprias casas porque de um momento para o outro podem chegar pessoas que lhes possam tirar a vida. Vamos todos reunir as nossas forças para pedir ao autor da vida, o príncipe da paz, para que verdadeiramente naquela parcela do nosso país reine a paz. Este é o anseio, o desejo e o apelo que faço a todos, tanto aos cristãos como aos não cristãos. O dom da Paz faz com que todos possamos juntos construir este Moçambique, livre e independente mas um Moçambique verdadeiramente forte onde os seus cidadãos se encontram unidos e trabalham para a mesma causa, o progresso do nosso país e o progresso de todos os habitantes. Também a mútua ajuda recíproca.

Moçambique já contabiliza 28 casos de COVID-19. Dos sete novos casos, cinco infectados são moçambicanos, um ucraniano e outro italiano. Do total de 28 casos, 20 são de transmissão local e oito importados.

 

Os sete novos casos resultam da investigação que está a ser feita em Cabo Delgado, onde o primeiro cidadão infectado passou a doença a outras nove pessoas e estas infectaram a mais sete.

“Foram testados 762 suspeitos, dos quais 79 casos nas últimas 24 horas e dos novos casos testados, 72 revelaram-se negativos e sete positivos para a COVID-19”, anunciou Rosa Marlene, directora Nacional de Saúde Pública.

Dada a gravidade da situação, o sector da Saúde anunciou o arranque do mapeamento da terceira rede de contactos do primeiro cidadão infectado que esteve em Cabo Delgado.

“Foram colhidas até ao momento 49 amostras de um total de 76 contactos em seguimento em Cabo Delgado”, explica o director-geral adjunto do Instituto Nacional de Saúde, que esteve também na conferência de imprensa de ontem, para depois acrescentar que “27 amostras estão neste momento estão a ser colhidas pelas equipas que estão no terreno e essas amostras serão enviadas (a Maputo) amanhã e serão testadas na quinta-feira”.

No mundo fora, 1929 casos já foram registados, dos quais mais de 72 mil registados de segunda para esta terça-feira. As mortes ascendem para mais de 119 mil, sendo que mais de cinco mil foram registados dentro de 24 horas. A pandemia continua a ganhar proporções alarmantes também em África, onde 816 pessoas morreram e há 15249 infectados.

 

80 Por cento de casos de COVID-19 passam despercebidos

Já era recomendado que se evitasse locais de aglomerações, como mercados e transportes de passageiros, ou que se usasse máscaras quando se está nelas. Mas hoje, a directora Nacional de Saúde Pública veio estender o raio de locais a serem evitados. O hospital, onde as pessoas vão a busca de saúde, deve agora ser também evitado, salvo situações de maior necessidade.

Para situações menos alarmantes de saúde, que não estejam relacionadas com a COVID-19, Rosa Marlene diz que é preciso que se contacte “o provedor de saúde” e diz que há contactos dos hospitais a serem disponibilizados para o efeito.

Esta ida aos hospitais deve ser evitada, principalmente, pelas pessoas com mais de 60 anos, porquanto “a informação disponível sobre a COVID-19 mostra que as pessoas com uma idade superior a 60 anos e pessoas com doenças crónicas como HIV/SIDA, doenças pulmonares, asma moderada ou elevada, a tuberculose, as doenças cardíacas que entre nós se manifestam muitas vezes com hipertensão arterial, obesidade, diabetes, entre outras são factores de risco para se contrair e desenvolver a COVID-19”.

“É realmente para prevenirmos. Cerca de 80 por cento das infecções por COVID-19 passam despercebidas”, refere a responsável da Direcção Nacional de Saúde Pública, acrescentando que “obviamente nós só testamos aqueles casos que tem um certo de critério de testagem. A possibilidade de a pessoa contrair uma infecção está lá”.

Num dia em que o mundo celebra o Dia Internacional do Patinador, o Federação Moçambicana de Patinagem, Nicolau Manjate, faz um apelo para que os patinadores moçambicanos sejam agentes de prevenção da pandemia, como forma de garantir que a modalidade não se feche, mas seja uma modalidade que continue com as suas actividades.

Nicolau Manjate lamentou o facto desta efeméride estar-se a realizar numa altura em que o mundo se debate com a pandemia e disse mesmo que “precisamos usar esta data para reflectirmos sobre o futuro desta modalidade e pensarmos que é possível vencer a pandemia e continuarmos a praticar a patinagem”. Aliás, o dia do patinador não só deve para reflectir, mas também para “apelar ao cumprimento rigoroso das medidas de prevenção que foram decretadas pelo governo”, afinal “queremos parar por alguns dias as actividades desta modalidade, para termos muito hóquei em patins depois disto tudo terminar”, disse Nicolau Manjate, presidente da FMP.

Em termos de provas, o país estaria a se preparar para disputar e acolher provas de caris internacional, como forma de se preparar para o campeonato do mundo da modalidade, que terá lugar em 2021, mas devido a esta pandemia tudo ficou suspenso.

“Já estávamos a falar da disputa do campeonato africano de hóquei em patins, para além de que esperávamos acolher um torneio internacional com outras selecções de fora para preparar a nossa selecção rumo ao mundial do próximo ano, mas tudo ficou suspenso e não há nada que possamos fazer, por enquanto. Só podemos continuar a apelar aos nossos patinadores para que se previnam para poderem entrar com outra determinação nas provas que virão”, disse Nicolau Manjate.

Num outro desenvolvimento, o presidente da Federação Moçambicana de Patinagem falou dos prejuízos que esta pandemia está a trazer para as competições internas, tendo em conta que a massificação era o ponto em alta no seu mandato. Por isso, houve necessidade de se sensibilizar os fazedores da modalidade a não desfalecerem nesta altura da pandemia do coronavírus. “Falamos com os atletas para que por agora se previnam desta pandemia e mais tarde vamos refazer a nossa calendarização de provas. Mas estamos cientes de que muita coisa ficou parada e que mesmo depois teremos que conversar com os atletas para serem fortes e assim podermos ter provas aliciantes de patinagem”, esclareceu Manjate.

A pandemia trouxe outra realidade a patinagem, uma vez que Nicolau Manjate teve que aconselhar os patinadores para não se aglomerarem em salões ou outros locais, por forma a levarem a cabo os treinos de manutenção da forma física, mas garantir que cada atleta possa realizar pessoalmente os treinos caseiros.

Nas últimas 24 horas, os Estados Unidos registaram mais de 1.500 mortes, elevando para 22.020 o número total de mortes devido à COVID-19, de acordo com um relatório divulgado hoje pela Universidade Johns Hopkins.

Segundo a fonte, os Estados Unidos tem mais de 555 mil casos confirmados.

O SARS-CoV-2, novo coronavírus identificado como agente etiológico da doença pelo coronavírus 2019 (Covid-19), que começou em Wuhan, na China, no final de 2019, já causou mais de 112 mil mortes em todo o mundo e infectou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.

O continente europeu, com mais de 932 mil infectados e 77 mil mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, contando 19.899 óbitos e mais de 156 mil casos confirmados.

As celas do Comando Provincial da Zambézia podem constituir perigo de transmissão da COVID-19. Se por um lado a Polícia faz a sua parte, por outro as autoridades não estão a observar o processo rastreamento das pessoas antes de serem levadas para as celas, como forma de apurar a sintomatologia da doença.

A cela da segunda esquadra da Polícia em Quelimane é um exemplo. Com capacidade para 20 detidos, vários cidadãos nacionais e estrangeiros estão encarcerados sem observância de cuidados face a contaminação da Pandemia do novo Coronavírus.

Um cidadão por sinal funcionário do Conselho Municipal está detido por ter supostamente desacatado o decreto de Estado de Emergência, ao abrir seu bar.

O porta-Voz do Comando Provincial da Zambézia, Sidner Lonzo, fez saber que às autoridades policiais apenas cabe recolher as celas, todos aqueles que constitui perigo sendo que os passos subsequentes são da responsabilidade dos tribunais.

Sobre o assunto, o sector da saúde na Zambézia por vias do seu porta-voz Ganâncio Muachana, fez saber que  tem feito recomendações constantes para que as autoridades que gerem celas e cadeias pautem por distanciamento, uso de máscaras entre outras medidas de prevenção.

Segundo a fonte, qualquer necessidade que acarrete custos caberá as devidas entidades de justiça arcar com as despesas para evitar contaminação da COVID-19.

A província da Zambézia até aqui ainda não registou nenhum caso da doença, com tudo a preocupação é maior face aos dados de contaminação existentes neste momento.

Nem mesmo os insistentes apelos foram suficientes para alguns comerciantes acatarem as medidas de prevenção da COVID-19. Em Inhambane ainda há bares que ficam abertos para venda de bebidas alcoólicas e pelo menos duas caíram nas malhas das autoridades.

Trata-se de uma mulher detida em Maluvane flagrada com o bar aberto e a vender bebidas alcoólicas. O mesmo aconteceu na Cidade da Maxixe em que o dono de um bar simulou que estava com o bar fechado, quando no fundo do quintal tinha um aglomerado de pessoas, clientes do bar a consumir bebidas alcoólicas.

O oportunismo na venda de produtos alimentares também verifica-se em alguns pontos da Província. Tal é o caso da Cidade da Maxixe em que a Inspecção Nacional de Actividades Económicas apreendeu cebola que era comercializada a preços superiores ao normal, entretanto sem nenhuma razão justificável.

Em Inharrime, a Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) apreendeu açúcar que está comercializado a um preço elevado. Questionado sobre o assunto, o proprietário do referido estabelecimento disse que teria adquirido o açúcar na Cidade de Xai-Xai, entretanto sem nenhum comprovativo de compra.

Ernesto Tafula da inspeção nacional de actividades econômicas diz ainda que não há motivos para pânico e garante que há produtos alimentares em quantidades suficientes para abastecer a província até Junho deste ano.

 

África ainda enfrenta escassez de quites de testes numa altura em que a COVID-19 já infectou pelo menos 13 mil pessoas, das quais cerca de 700 morreram no continente.

Apesar de África continuar a ser um continente responsável por uma pequena fracção dos 1.8 milhões de casos da COVID-19 registados a nível global, o certo é que ainda tem vários desafios para conter a propagação da pandemia. Um dos maiores desafios é a escassez do material de saúde, especialmente, quites de teste desta doença, revelou o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças em África.

Excepto Lesoto e Comores, todos os países africanos já têm registo de casos da COVID-19, e já contam-se pelo menos 13 mil infectados, dos quais aproximadamente 700 morreram e cerca de 2 200 estão recuperados. Estes números tem preocupado as autoridades.

Desde o início da pandemia, o CDC África já disponibilizou 60 mil quites de testes. Entretanto, o facto de muitos países africanos terem encerrado fronteiras tem criado dificuldades de acesso ao material de saúde.

A ministra da Administração Estatal e Função Pública, Ana Comoana, defendeu esta segunda-feira, que o aumento salarial para 2020, deve ser “cuidadosamente estudado”, devido aos impactos do novo Coronavírus na economia.

A governante falava durante uma audição com os deputados da Comissão da Administração Pública, Poder local e Comunicação Social, também conhecida por Quarta Comissão, que apreciou a proposta de Plano Económico e Social deste ano.

“Fomos todos apanhados de surpresa com a pandemia da COVID-19. Vários sectores não estão a produzir, logo não haverá receitas suficientes. Qualquer reajuste salarial terá que ser estudado cuidadosamente, ou seja, pode haver ou não um aumento”, explicou a governante.

A distribuição e limites orçamentais para cada província foi também objecto de análise pela 4ª comissão da Assembleia da República, com os deputados a questionarem os critérios da alocação dos recursos financeiros.

Só para se ter uma ideia, a província de Gaza terá mais fundos que Sofala e Zambézia, contrariando o princípio lógico de densidade populacional. “Isso não faz sentido”, atirou o deputado e vice-presidente desta comissão, António Muchanga.

No geral, o parecer desta comissão mostra-se favorável, embora defenda que há espaço para algumas revisões na proposta do Plano Económico e Social apresentado pelo Executivo de Filipe Nyusi.

O Ministério da Saúde desaconselha o uso de luvas para a prevenção da COVID 19 por considerar que podem ser vectores de transmissão do vírus. O alerta foi lançado num dia em que o país não notificou qualquer novo caso de contaminação entre os testes realizados nas últimas 24 horas.

Numa balanço baseado em quatro testes realizados nas últimas 24 horas, os resultados indicam uma estagnação do número de infecrtados já diagnosticados no país: 21.

Numa altura em que aposta continua centrada nas mensagens de prevenção, o MISAU desdobra-se em reiterar o que se deve fazer, mas, também, no que não se deve fazer, tais como, o uso de lusas.

E porque o combate à COVID 19 é tarefa de todos, o INGC diz ter activado os comités operativos de emergência para ajudarem no processo de sensibilização comunitária e já está em prontidão para responder em caso de agravamento da situação.

O INGC diz ter disponível bens para assistência de 200 mil pessoas que, devido a COVID 19, venham estar em situações de necessidades.

 

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