O País – A verdade como notícia

Pelo menos 1.755 pessoas entre líderes e agentes comunitários, membros de ligação escola/comunidade e pacientes de centros de saúde foram munidas com informações sobre a pandemia do Coronavírus e formas de prevenção no distrito da Molumbo, província da Zambézia.

A Acção abrangeu os povoados de Mongessa, Maluwa, Muguliua, Matanta/Nantuto, Nabawa, Ntocota, Camião, Malico, Namucumua, Corromana e Cazimbe e foi desencadeada pela Direcção Distrital de Saúde de Molumbo, em parceria com Projecto Vila Sustentável de Molumbo, de acordo com um comunicado enviado ao “O País”.

A iniciativa enquadra-se no âmbito da disseminação de informação educacional para prevenção do Coronavírus. Até segunda-feira, o número de infectados mantinha-se 39, em 1.150 indivíduos testados, em Moçambique, segundo dados do Ministério da Saúde.

No mundo, a doença tinha contaminado 2.414.464 pessoas e causado 165.174 óbitos, dos quais 4.356 óbitos entre o último domingo e segunda-feira.

Entretanto, 629.433 pessoas recuperaram da COVID-19.

Em África, reportava-se, ontem, 22.275 casos confirmados, um cumulativo de 1.119 óbitos e 5.489 recuperados.

O distrito da Molumbo, no nordeste da Zambézia, tem mais de 300 mil  habitantes. A maioria dedica-se à agricultura e comércio trans-fronteiriço com o vizinho Malawi e em feiras periódicas, diz o comunicado a que nos referimos.

De referir que o Projecto Vila Sustentável de Molumbo (PVSM) é implementado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP), através do Centro do Investigação e Transferência de Tecnologias para o Desenvolvimento Comunitário (CITT) e conta com o financiamento do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID), do Fundo de Solidariedade Islâmica para o Desenvolvimento (FSID) e do Governo de Moçambique, lê-se no documento.

O país não regista aumento no número de pacientes diagnosticados com o novo Coronavírus, por dois dias seguidos.

Nas últimas 24 horas, o laboratório do Instituto Nacional de Saúde testou 53 suspeitos de terem a doença, e todos revelaram-se negativos.

Entre os diagnosticados há oito recuperados.

Um grupo de jovens voluntários da cidade de Vilankulo, em Inhambane, distribuiu duzentas máscaras de fabrico caseiro no âmbito das medidas globais visando evitar o alastramento da COVID-19.

Segundo a Vilankulo TV, um boletim informativo online daquela Cidade, as máscaras são oferecidas gratuitamente a idosos, vendedores de mercados informais e outros grupos considerados de alto risco de contaminação pela pandemia.

Além da distribuição de máscaras, os jovens voluntários transmitem mensagens da necessidade do reforço na adopção de medidas de prevenção e combate contra o Coronavírus, dado o perigo que representa para a humanidade.

As mensagens difundidas pelos jovens, apelam a higienização constante das mãos, observância de distanciamento social, uso de máscaras entre outras medidas que incentivam a prevenção da doença.

Helder Matsimbe, jovem estilista, produtor das máscaras, disse a Vilankulo TV que a ideia é que através desta iniciativa, outras pessoas se sintam estimuladas para a importância da aquisição e uso da máscara.

Refira-se que há duas semanas, o Conselho Autárquico de Vilankulo arrancou com a campanha de desinfecção de veículos e de edifícios públicos e privados, bem como de locais com aglomeração de pessoas, tal é o caso de Mercados e paragem de passageiros.

 

O presidente do Conselho Municipal de Maputo confirmou ontem que ele e a esposa foram diagnosticados positivo com Coronavírus. Eneas Comiche garante que está curado, com energias para retomar o trabalho e contenta-se por não ter infectado mais gente, além da esposa. Entretanto, o edil apela às autoridades de saúde para que não tratem as pessoas infectadas pela pandemia como números.

Acompanhado pela sua esposa, o presidente da autarquia de Maputo recorreu aos órgãos de comunicação social, a partir do seu local de trabalho, no Paços do Município, para, pela primeira vez, pronunciar-se sobre o seu estado de saúde, depois da contaminação pela COVID-19.

Aparentemente fortalecido e no seu estilo característico – sorridente – Eneas Comiche começou por saúda os jornalistas, perguntando, sempre sorridente, como que estavam. Prosseguindo, disse esperar que os munícipes da capital do país, em particular, e os moçambicanos, em geral, “estejam bem e cumprir com rigor as medidas de prevenção do COVID-19 tomadas pelo nosso Governo”.  

“Sinto-me na obrigação de aprestar esclarecimentos em torno da situação em que eu e a minha famílias nos vimos envolvidos, nas últimas semanas, relativa ao nosso estado de saúde”, começou assim o seu discurso de cerca de 22 minutos.

Antes de fazer o esclarecimento que pretendia, o edil de Maputo fez uma contextualização sobre as circunstâncias em que se contaminou pela COVID-19, fora do país. Disse que depois de regressar de Londres, onde participou na Cimeira sobre Água e Clima e criou parcerias para o financiamento de alguns projectos de desenvolvimento e melhoramento de infra-estruturas da capital do país, no valor de 50 milhões de dólares, “gerou-se uma situação pouco clara em torno” da sua saúde.

Eneas Comiche garante que logo que a sua família recebeu a notícia de que “Sua Alteza Serena o Príncipe Albert II, do Mónaco” – que igualmente esteve cimeira anteriormente referida, “havia sido diagnosticado positivo para a COVID-19, submeteu-se a um teste”, no dia 20 de Março passado, e ficou em quarentena domiciliar.

A 23 do mesmo mês, o presidente do Conselho Municipal de Maputo submeteu-se a um segundo teste do Coronavírus e começou a “ficar preocupado e desconfortável” por não ter recebido, “dentro dos prazos previstos, informação oficial” a si dirigida “sobre os resultados” dos exames que havia realizado.

“Por ter começado a ver uma onda de desinformação e especulações sobre o meu estado de saúde, gerou-se um mau estar, não só a nível da minha pessoa e da minha mulher, como no seio da minha família. Esta situação de desconforto atingiu o Conselho Municipal” e todos os outros que nos dias subsequentes tinham estado em “contacto directo comigo, em encontros de trabalho e privado, incluindo membros de diferentes órgãos do partido Frelimo e do Estado (…)”, afirmou Eneas Comiche.  

Por causa do clima a que ele a esposa estavam envoltos, decidiram procurar ajuda à médica da família, a qual advertiu o casal sobre a necessidade de fazer análises clínicas para esclarecimentos sobre o estado de saúde.  

“Recebi três resultados positivos, sendo dois em meu nome e um em nome da minha mulher, Lúcia Maria Comiche”, contou Comiche, sublinhando que o primeiro resultado foi enviado por e-mail, pelo Instituto Nacional de Saúde, a 26 de Março passado e “em formato físico no dia 6 de Abril corrente”, cuja colheita da amostra foi feita a 20 de Março.

O segundo exame positivo para a COVID-19 “recebi por e-mail no dia 14 de Abril”, cuja colheita de amostra aconteceu a 23 de Março último. “No dia 6 de Abril, recebi em formato físico, do Instituto Nacional de Saúde, o resultado positivo da minha mulher, cuja colheita foi feita no dia 23 de Março findo e enviado novamente pelo Instituto Nacional de Saúde e recebido no dia 11 de Abril corrente”.     

“Face a esta situação, submeti-me, de imediato, ao tratamento médico recomendado, tendo eu ficado internado no Instituto do Coração e a minha mulher em isolamento domiciliário”, narrou Comiche e afirmou: “caros compatriotas, a COVID-19 é real, não escolhe famílias, raças, região, idade, origem ética ou social”. Adiante, o edil alertou que “esta doença pode afectar qualquer um de nós e é fatal”.

“Fico feliz em saber que, para além da minha mulher, não infectei ninguém. Sei que os meus familiares directos, os quadros anteriormente referidos que trabalham comigo, fizeram testes com resultados negativos. Os testes foram feitos também aos meus empregados domésticos, motoristas e ajudantes de campo, com resultados negativos para a COVID-19”, disse.

Num outro desenvolvimento o edil de Maputo disse que tanto ele como a esposa já gozam de boa saúde.
“Estamos recuperados da COVID -19. Estamos bem. Nesta oportunidade, quero agradecer, muito profundamente, o carinho e o encorajamento que recebi da minha mulher, desde a primeira hora. Peço-lhe perdão por tê-la infectado. Agradeço o carinho e o apoio dos meus filhos, noras e netos, dos meus irmãos e respectivos cônjuges e dos meus sobrinhos”.

Eneas Comiche afirmou ainda que já está pronto para retomar as suas actividades, “retorno ao trabalho, com a mesma energia e com mesma determinação nas funções de presidente do Conselho Municipal de Maputo – que todos vocês me confiaram, comprometo-me a prosseguir com a implementação do nosso Plano de Desenvolvimento Municipal, no quadro dos desafios que nos são impostos pela Pandemia da COVID-19 contra a qual exorto a todos os munícipes unirmos esforços”.

O edil da capital moçambicana usou a ocasião para criticar o método usado pelas autoridades da saúde na divulgação dos casos positivos da pandemia no país.

 

Cada dia que passa, cerca de mil pessoas ficam infectadas com o novo coronavírus no continente africano. Até esta segunda-feira, a COVID-19 infectou mais de 22.200 pessoas, das quais pelo menos 1.121 estão mortas e quase cinco mil estão recuperadas.

África do Sul continua o país com maior número de casos no continente, registando actualmente 3.158 infectados, dos quais 54 já morreram e mais de 900 recuperados. Entretanto, desde o lockdown, o número de infectados tem crescido ligeiramente na África do Sul.
Mas nem todos têm cumprido as medidas de restrição, o que já levou a detenção de mais de 10 mil pessoas só em Kwazulu-Natal.

Já Egipto é o segundo país com maior número de infectados, contando actualmente com pelo menos 3 144. Em termos de vítimas mortais, Argélia é o mais afectado no continente com mais de 360 óbitos. Sudão do Sul é um dos menos infectados de África com apenas quatro casos.

O vizinho Zimbabwe tem pelo menos 25 casos, Tanzânia 148, Zâmbia 61 e Malawi 17 infectados. A nível global, cerca de 2.389 estão infectados, dos quais 6.90% já morreram e 25.70% estão recuperados.

Enquanto o mundo reforça medidas de restrição contra a pandemia COVID-19, o presidente brasileiro continua a remar contra a maré.

Este domingo, Jair Bolsonaro liderou uma marcha apoiada por vários apoiantes da direita, tendo mais uma vez apelado ao povo brasileiro a voltar ao trabalho.

Durante o discurso contra medidas de confinamento, Bolsonaro não usava máscara assim como os seus apoiantes e teria tossido algumas vezes.  

Brasil actualmente conta com aproximadamente 39 mil infectados, dos quais pelo menos 2 462 já estão mortos, tornando-se assim o país mais afectado da América Latina.

E porque em meio a qualquer crise, os pobres são mais assolados, líderes comunitários das Favelas do São Paulo decidiram usar todos os meios possíveis para proteger os mais carenciados.

Com os fundos da associação e doações, as comunidades contrataram ambulâncias privadas e profissionais de saúde para lidarem com casos de emergência, rastrear as pessoas e, quando necessário, leva-las ao hospital.

 

O Estado de Emergência de 30 dias decreto, em finais de Março, pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, está a chegar ao fim. Ainda que seja preliminar, o balanço não me parece positivo, olhando para os números, aliados àquilo que era o objectivo principal da medida: evitar a propagação do coronavirus no território nacional.

Quando entrou em vigor, a 1 de Abril, o país só tinha 10 casos, sendo oito importados e dois de contaminação interna. Hoje, estamos a falar de 39 pessoas infectadas. Os casos importados não evoluiram, mas a outra linha, a de infecções locais, a mais perigosa porque significa a ramificação ou a expansão da doença dentro do país, cresceu de dois para 31 casos.

Para quem olha para estes números e compara-os com dos outros países da região, como é o caso da África do Sul e de outros, pode dizer que estamos bem, que não há motivos de alarme. Mas se prestarmos atenção, vamos verificar que antes era só a cidade de Maputo, mas agora o virus chegou à província de Maputo, cidade nortenha de Pemba e Afungi, na província de Cabo Delgado.

O outro detalhe muito importante deste balanço é que, de repente, o epicentro de coronavirus passou de Maputo, no sul, para Cabo Delgado, no norte do país. Estes pormenores são, em si, preocupantes. Significa que em três semanas o vírus atingiu mais três novas regiões do país. Só o caso Afungi já levou ao registo de 29 positivos.

A julgar pelo mapa das diferentes linhas de contacto estabelecidas pelas equipas da saúde na sequência da investigação em curso em Cabo Delgado depois da descoberta do primeiro caso, nada me surpreenderia que nas próximas actualizações de dados o Ministério da Saúde anunciasse o alastramento do vírus para novas zonas do país.    

Antes de chegarmos às cadeias de contaminações comunitárias (até agora são esporádicas) e passarmos a números assustadores, porque é que não se isola Cabo Delgado? De quê o governo está à espera para agir? Os novos casos notificados nos últimos dias pelo MISA, têm como origem aquela província. Há o risco de alguns positivos, ainda não identificados e sem sintomatologia, poderem movimentar-se para outros distritos ou províncias, transportando consigo o virus.

Aliás, o MISAU confirma que alguns trabalhadores do acampamento de Afungi sairam antes da descoberta do primeiro caso naquele local. Se um deles estiver infectado pode estar a espalhar o vírus pela província de Cabo Delgado e não só.

A outra questão é que dos 29 positivos relacionados com a investigação em Cabo Delgado, três são casos não profissionais ou seja de pessoas que nunca estiveram em Afungi e que se infectaram através de um contacto com um trabalhador positivo daquele acampamento da TOTAL.

Estes pormenores reforçam a opinião de que se deve bloquear Cabo Delgado. Todo o cuidado é pouco. É preciso cortar, por alguns dias, as ligações rodoviárias, ferroviárias e aéreas entre Pemba e o resto da provincia e com outras capitais provinciais. É preciso também suspender a comunicação inter-distrital e fazer uma vigilância clínica ou testagem em grande escala nos bairros de Pemba e em Afungi só para termos a certeza da situação.

Em caso de viagem forçada, obrigar que todos que vêm de Cabo Delgado fiquem em quarentena no destina, sem excepção. Sei que são medidas duras, impopulares e susceptíveis de críticas. Sei que vão afectar as trocas comerciais entre as populações, mas esta é a única via que existe para controlar os movimentos das pessoas e suster a propagação de coronavirus a nível da província e no país em geral.  

Sei que muitos vão olhar para a decisão como sendo um exagero ou excesso de zelo da parte do governo, mas este é o caminho certo para evitar, tão sedo, que pessoas infectadas, não descobertas e sem sintomatologias, continuem a viajar pelo país e a espalhar o vírus.

Angola está nesta direcção. Estabeleceu uma cerca sanitária em que durante a vigência qualquer angolano que se movimentar de uma província para a outra é obrigado a ficar em quarentena domiciliária no destino.

Em caso de resistência, teria de cumprir a institucional. Talvez por isso que a situação de coronavirus naquela país está estacionário. Há mais de uma semana que não se registam novos casos.

Os chineses também fizeram o mesmo que estou a propor aqui e algo mais. Tomaram medidas de choque. Para começar, bloquearam cidades que estavam no centro da covid-19, limitando as entradas e as saidas das pessoas.

O uso da máscara no dia a dia passou a ser obrigatório para todos e a observância dessa medida era fiscalizada através de drones doptadas de alto-falante que aconselhavam a quem não tivesse a voltar para casa.

Suspenderam todas as ligações aéreas, rodoviárias e ferroviárias entre as cidades com casos de infecções e outras. Os chineses tinham que se inscrever antes de sairem ou entrarem numa localidade.

Como uma medida de prevenção, o banco central instruiu aos bancos comerciais para desinfectarem as notas yuan com luz ultra-violeta e em altas temperaturas. Depois disso ficaram armazenados durante uma ou duas semanas antes de serem colocadas de volta em circulação.

O dinheiro proveniente de áreas de alto risco de contaminação, como é o caso dos hospitais, era canalizado directamente ao banco central para a sua destruição. Em compensação, a instituição libertou grandes quantidades de dinheiro novo.

À partida, esta medida foi mal vista por alguns círculos de opinião como um exagero da parte do governo de Xi Xinping, mas, parecendo que não, a mega operação teve um peso significativo no combate ao virus.

Sendo que o coronavirus pode sobreviver por algum tempo no papel, o dinheiro, que passa de mão em mão, pode ser um vector para a fácil e rápida propagação da doença.

Se nós não estamos em condições de fazer este tipo de intervenção, pelo menos que lavemos as mãos várias vezes ao dia, principalmente aqueles cuja actividade obrigue ao manuseamento sistemático do dinheiro: funcionários bancários, vendedores de mercados e ambulantes, os caixas dos supermercados, restaurantes e de outros sectores.

Uma outra decisão chinesa que mereceu críticas internas e externas foi a proibição da venda no país de medicamento para combater a tosse e a febre. O objectivo era evitar a automedicação e incentivar as pessoas a procurarem o tratamento numa unidade sanitária.

Foi, sem dúvida, uma medida de risco e ousada, mas o governo chinês foi em frente porque queria garantir que todo o mundo com febre e tosse fosse aos hospitais para a testagem. É um facto que um ser humano, quando tem algum problema de saúde, prefere, primeiro, fazer uma automedicação. O hospital é relegado ao terceiro plano e fica como uma alternativa em caso de persistência da doença.

A outra medida do governo do Partido Comunista chinês, talvez a que deu mais trabalho, foi a de destacar equipas que andaram de casa em casa para ver se as pessoas tinham febre. As que apresentavam sintomas eram recolhidas em autocarros para alguns estádios e outros sítios para a quarentena.

No mínimo, esta operação exige investimento em recursos humanos, mas acho exequível entre nós. A Cruz Vermelha de Moçambique, os Escuteiros, voluntários, as equpas do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e outros podem reforçar esses grupos de trabalho.

Foram estas as armas principais que a China usou para enfrentar e derrotar o coronavirus. Foi uma guerra que durou cerca de três meses de restrições severas. Quase tudo fechou e a economia chinesa parou para reduzir o movimento das pessoas na via pública e permitir melhor controlo.

Por termos sido dos últimos a lidar com a situação de coronavirus, estamos numa posição privilegiada de podermos contar com as experiências dos outros países que foram os primeiros a serem infectados pelo virus e podermos tomar medidas certas, na hora certa e implementá-las no devido momento para a prevenção da doença.

 

Moçambique continua com 39 casos de COVID-19. Dos 69 suspeitos testados nas últimas 24 horas, nenhum acusou positivo. As autoridades de saúde apelam a todos para que continuem a observar as medidas de prevenção.

 

Não aumentaram os casos do novo Coronavírus em Moçambique, pelo menos entre domingo e esta segunda-feira. O país continua a contar com 39 pacientes que já foram diagnosticados com a doença, sendo que oito estão recuperados.

Ainda esta segunda-feira, pela primeira vez, o Instituto Nacional de Saúde assumiu aos jornalistas sobre o Caso Comiche e apontou a burocracia como a causa para a demora na entrega do resultado positivo do edil de Maputo.

Dos 39 casos positivos de COVID-19 em Moçambique, 31 são importados, e oito de transmissão local. O Ministério de Saúde assegura estar a trabalhar com vista a mais acções de sensibilização.

 

 

O Governo apresentou hoje os dados preliminares dos Planos Multi-sectoriais de Resposta e Mitigação dos Impactos da pandemia da COVID-19 no país.

Os dados, apresentados no decurso do Conselho Coordenador do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), apresenta uma série de acções consideradas “prioritárias urgentes e especificas” com um orçamento globalidade de cerca de 34 biliões de Meticais, o equivalente a quase 10% do Orçamento do Estado para o presente ano.

De com os dados apresentados durante a sessão, os sectores da saúde e agricultura vão absorver grande parte do valor orçado, com um cumulativo de 33 biliões de Meticais.

O sector de Saúde tem como necessidade, 17.4 biliões de Meticais (cerca de 260.7 milhões de dólares) e prevê realizar acções a construção de 15 Centros de Isolamento, disponibilização de três mil camas, instalação de tendas comunitárias para triagem, aquisição de duas ambulâncias por província, contratação de mais de dois mil profissionais de saúde e 2.200 Agentes Polivalentes Elementares de Saúde, de entre outras acções.

Do valor orçado, pouco mais de 10 biliões de Meticais (USD 152.7 milhões) serão destinados a aquisição de medicamentos, equipamentos e artigos médicos.

Segundo a modelagem das autoridades da saúde, num dos piores cenários Moçambique poderá registar um total de 20 milhões de infectados, dos quais, 350 mil precisarão de estar hospitalizados. Destes, 40 mil estariam em  Unidade de Cuidados Intensivos.

Neste cenário o país estará durante uma situação pandémica durante um período de seis meses.

 

Contas super deficitárias

Do orçamento estipulado para o plano de resposta, a tabela do sector da saúde indica que o défice representa está acima de USD 200 milhões.

De acordo com a tabela que tivemos acesso, o sector já tem disponível o equivalente a USD 28 milhões. Tem também assumido o compromisso de USD 73.7 milhões sendo que o défice total é de USD 232.6 milhões.

Refira-se que, no geral, os planos sectoriais tem como pontos de convergência, as medidas de higiene pessoal e colectiva, campanhas de sensibilização comunitária, soluções alternativas para compensar a interrupção do curso normal dos serviços e ou actividades socioeconómicas vitais, entre outras.  

 

 

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