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O número de pessoas infectadas pela COVID-19 em Moçambique subiu para 4.557, nas últimas 24 horas, com registo de mais 113 casos positivos. Segundo dados do Ministério da Saúde (MISAU) dos novos casos suspeitos testados, 893 foram negativos e 113 foram positivos para COVID-19.

“Dos 113 casos novos hoje reportados, 112 casos são indivíduos nacionalidade moçambicana e um (1) caso é de um estrangeiro de nacionalidade indiana. Destes, 111 são de transmissão local e dois (2) casos são importados. Os casos importados são de dois (2) cidadãos de nacionalidade moçambicana provenientes da África do Sul”, lê-se no comunicado do MISAU enviado para “O País”.

Assim sendo, Moçambique tem cumulativamente 4.557 casos positivos registados, dos quais 4.276 são de transmissão local e 28 casos são importados.

Segundo a fonte, “dos novos casos, hoje, registados, 52.2% são do sexo masculino e 47.8% são do sexo feminino. Destes, cinco (5) casos são crianças menores de cinco anos de idade e dois (2) casos são indivíduos com mais de 65 anos de idade. As faixas etárias de 2534 anos de idade e 3544 anos 4 de idade registaram o maior número de casos, com trinta (30) casos cada, correspondendo a 53% do total dos casos hoje reportados. Os casos hoje reportados encontram-se em isolamento domiciliar”.

Em relação ao número de internados, o país conta com 101 indivíduos internados devido à COVID-19, dos quais 19 estão sob cuidados médicos nos centros de isolamento.

Ainda nas últimas 24 horas, o país registou 82 casos totalmente recuperados da pandemia, elevando o número de pessoas curadas para 2.697.

“Dos oitenta e dois (82) casos recuperados hoje reportados, 81 casos são indivíduos de nacionalidade moçambicana e um (1) caso é estrangeiro, de nacionalidade indiana. Destes, quatro (4) casos recuperaram na Província de Cabo Delgado, seis (6) casos na Província de Niassa, quarenta (40) casos na Província de Nampula, um (1) caso na Província da Zambézia, quatro (4) casos na Província de Inhambane e 27 casos na Província de Maputo”, anunciou o MISAU.

Nas últimas 24 horas, o país não registou nenhum óbito. Actualmente Moçambique conta com 27 óbitos devido à COVID-19 e tem 1.829 casos activos da COVID-19.

Mais uma pessoa morreu, nas últimas 24 horas, devido à COVID-19. O óbito ocorreu na cidade de Maputo e, segundo o Ministério da Saúde, trata-se de um cidadão de nacionalidade moçambicana, de 57 anos de idade e do sexo masculino.

Com o registo do óbito, Moçambique conta, actualmente com 27 mortes pelo novo Coronavírus.

O país registou, igualmente, mais 103 casos positivos da COVID-19. Destes, 101 são de nacionalidade moçambicana e dois de nacionalidade portuguesa. Dos novos casos, 93 são de transmissão local e dez importados.

“Assim, o nosso país tem cumulativamente 4.444 casos positivos registados, dos quais 4.165 casos são de transmissão local e 27 casos são importados”, informou o Ministério da Saúde, em comunicado.

Dos 103 novos casos reportados pelo Ministério da Saúde, quatro são da província de Cabo Delgado, dois de Niassa, um de Nampula, dois da Zambézia, um de Manica, quatro de Inhambane, dois da província de Gaza, dois da província de Maputo e 85 são da cidade de Maputo.

Mais 36 pessoas ficaram recuperadas da COVID-19. Todos os casos ocorreram na província de Maputo e são indivíduos de nacionalidade moçambicana

A cidade chinesa, Wuhan, onde foram registados os primeiros casos do novo Coronavírus, regista um crescimento significativo no sector do turismo. A taxa de ocupação de hotéis cresceu 13% em Agosto, comparando com o igual período do ano passado.

O lugar que outrora foi epicentro da pandemia que abala o mundo vê no turismo uma forma de ressurgir das cinzas.

No dia 07 de Agosto, foi anunciada a entrada gratuita de turistas domésticos nas atracções turísticas de nível “A” – a menor classificação do país.

Dados da agência de viagens on-line Trip.com mostram que o número de hospedeiros na cidade subiu 36%, comparativamente ao mês de Julho. A situação beneficiou o sector de aviação, que registou, no período em análise, um crescimento de 30% nas receitas.

As entradas grátis em Wuhan, província de Hubei, permanecerão até ao fim deste ano. A medida é tida como uma forma de demonstrar gratidão pela assistência que a nação prestou àquela cidade durante o período de pico da pandemia da COVID-19.

A Índia registou mais de 90 mil casos positivos da COVID-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde diário no país. Os novos casos surgem numa altura em que nas últimas semanas, tem sido registado o maior número de infeções, de acordo com o Ministério da Saúde indiano.

Mais de um milhão de casos foram diagnosticados na Índia em menos de duas semanas. As autoridades dizem que os testes diários no país excedem agora um milhão, citou a agência de informação LUSA.

O país registou, igualmente, mais 1.065 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 70.626.

A pandemia do novo Coronvírus já provocou pelo menos 875.703 mortos e infectou mais de 26,6 milhões de pessoas em 196 países, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP, citada pela LUSA.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Com mais de 4 mil casos da COVID-19 no país, cresce a consciencialização dos cidadãos para a adopção dos métodos de prevenção. Entretanto, a implementação dos métodos de prevenção continua deficiente em muitos sectores, em particular o de transportes.

 

No terminal rodoviário interprovincial da Junta, na Cidade de Maputo, as viaturas são desinfectadas à entrada e à saída. Os passageiros e utentes medem a temperatura com termómetro infravermelho e desinfectam as mãos. Há também na junta uma tenda de isolamento para casos suspeitos da COVID-19. Facto que deixa tranquilo aos que naquele terminal trabalham ou apanham o transporte.

Afonso Malhuza é um dos transportadores que acabava de chegar ao terminal rodoviário interprovincial da junta ido da fronteira de Ressano Garcia levando passageiros que seguem viagem para diferentes destinos do país partindo daquele terminal. Malhuza pára o seu veículo que imediatamente é desinfectado e em reacção saúda a iniciativa por considerá-la positiva para prevenir e combater o novo coronavírus.

O controlador de tráfego naquele terminal garante que o método adoptado pelas autoridades naquele local evitam a inclusão da covid-19. “Temos termómetros para medir a temperatura e desinfeção em todos portões, quem não tiver máscara ou desenfectar as mãos  não entra “.

Mas o que ninguém pode imaginar é que na junta falta água para lavagem das mãos. As casas de banho não têm água corrente. No local das sanitas, colocou-se depósitos. Mas o uso destes sanitários é mediante o pagamento de 5 meticais.

O uso das máscaras tende a generalizar-se, mas é notável que há os que usam incorrectamente. O sector de transporte é dos mais críticos. Os passageiros deploram a falta de observância das medidas de prevenção contra a COVID-19 nos transportes. Maria Tivane estava a bordo de um dos autocarros cujo destino é Mozal no Distrito de Boane na Província de Maputo. Ela diz que no transporte não se observam medidas de prevenção contra a COVID-19. Jocelino Tima é outro passageiro que partia da baixa da Cidade de Maputo com destino a Bela Vista no Distrito de Matutuine também na província de Maputo, ele deplora que os transportadores não cumpram com as medidas de prevenção e preocupem-se apenas em dinheiro.

Atanásio Marco no volante de um dos autocarros da rota baixa-Mozal não alinha com os passageiros e diz que há observância das medidas de prevenção. Para ele há observância de medidas de prevenção. ?Nós obrigamos os passageiros a usarem mascaras e desinfetarem-se com álcool em gel?.

O distanciamento entre os passageiros é outro ponto crítico enquanto eles aguardam pelo embarque.

 

Subiu para 2.511 o número de recuperados da COVID-19 no país, com o registo de mais 141 pessoas livres da doença, nas últimas 24 horas. Destes, um é da província de Tete e os restantes 140 da cidade de Maputo.

Dos 141 casos recuperados, hoje reportados pelo Ministério da Saúde, 132 de nacionalidade moçambicana e nove são estrangeiros, sendo um indivíduo de nacionalidade ruandesa, outro de nacionalidade brasileira, mais um de nacionalidade ucraniana, dois indivíduos de nacionalidade portuguesa e quatro de nacionalidade dominicana.

“Actualmente, 2.511, correspondente a 58.9% dos indivíduos previamente infectados pelo novo Coronavírus estão totalmente recuperados da doença”, indicou o Ministério da Saúde, em comunicado.

O país conta, igualmente, com mais 58 casos positivos da doença. Destes, 57 são indivíduos de nacionalidade moçambicana e um de nacionalidade malawiana.

Até hoje, em Moçambique foram testados cumulativamente 101.888 casos suspeitos, dos quais 1.015 nas últimas 24 horas. Assim, o país conta com 4.265 casos positivos registados, dos quais 3.998 são de transmissão local e 267 importados.

A distribuição dos novos casos por província é a seguinte: um caso na Província de Cabo-Delgado; quatro casos na província de Niassa, dois casos na província de Nampula, cinco em Tete; 15 na província de Maputo e três na cidade de Maputo.

De acordo com o Ministério da Saúde, os casos hoje reportados encontram-se em isolamento domiciliar e decorre o processo de mapeamento dos seus contactos.

Nenhum óbito foi registado nas últimas 24 horas, mantendo o cumulativo de 26 mortos devido à COVID-19. Neste momento, Moçambique tem 1.724 casos activos da COVID-19.

 

O presidente da Comissão Executiva do Banco Nacional de Investimentos (BNI), Tomás Matola, testa positivo para a COVID-19, segundo um comunicado da instituição a que “O País” teve acesso.

De acordo com o documento, Tomás Matola fez, recentemente, um périplo pelas província no contexto da divulgação das linhas de financiamento concedidas pelo Governo, destinadas a reforçar a tesouraria e/ou apoiar o investimento visando a promoção da revitalização ou melhoria operacional das Micro, Pequenas e Médias Empesas naciinais, com vista a minimizar os impactos negativos da pandemia da COVID-19.

Entretanto, após o regresso, no dia 01 de Setembro corrente, Matola “sentiu um mal-estar, tendo-se deslocado a uma unidade hospitalar, onde foi submetido ao teste da COVID-19, cujo resultado disponibilizado na manhã do dia 03 de Setembro acusou positivo para”, a doença.

O presidente da Comissão Executiva do BNI “encontra-se sob cuidados médicos na sua residência onde observa um total isolamento”.

A nota a que “O País” teve acesso indica ainda “o Banco Nacional de Investimento apela e encoraja todas as pessoas que estiveram em contacto com o presidente da Comissão Executiva [BNI] a realizarem o teste da COVID-19 e a tomarem as necessárias medidas de precaução”.

O Hospital Central de Maputo (HCM) recebeu, na manhã desta quinta-feira, de uma equipa médica chinesa, material de protecção contra a COVID-19, para os profissionais de saúde daquela unidade sanitária.

Os profissionais de saúde fazem parte dos grupos mais expostos à pandemia do novo Coronavírus. Apesar de não ser público o número exacto de profissionais com COVID-19, já há registo de vários profissionais com casos positivos no país. E por estarem expostos à esta doença, o Hospital Central de Maputo recebeu 25 mil máscaras, 500 macacões e 300 óculos de protecção facial, para reforçar a segurança deste grupo.

“Pensamos que a doação deste material vai ajudar o Hospital Central de Maputo a elevar a capacidade de prevenção e controlo da pandemia e como queremos ver os nossos colegas moçambicanos fortemente protegidos da doença, estamos aqui para ajudar”, disse o chefe da equipa médica chinesa, Jin Tao, tendo garantido que o apoio poderá continuar, não só com equipamentos de proteção, mas também, com conhecimento prático, para ajudar no tratamento e controlo da pandemia.

Por seu turno, o director do hospital, Mouzinho Saíde, disse que a oferta surge “num momento oportuno”, uma vez que tende a aumentar o número de profissionais de saúde com COVID-19 no país.

Conforme avançou Mouzinho Saíde, este material é “uma mais valia” para os profissionais deste sector porque serão usados durante o atendimento aos doentes que acedem o Hospital Central de Maputo, mas também irá motivá-los trabalharem, e, sobretudo, poderão evitar a contaminação dos pacientes.

Num outro desenvolvimento, Mouzinho Saíde, explicou que o apoio da equipa médica chinesa vem desde o início da pandemia, através da formação dos profissionais em matérias de COVID-19.

“Este ano tivemos mais de 10 formações com a equipa médica chinesa, onde aprendemos como manejar as diferentes situações relacionadas com a COVID-19, mostraram-nos a utilização de diferentes tipos de equipamentos, a testagem, a gestão hospitalar de doentes e todos aspectos ligados a COVID-19”, mencionou Saíde.

Além da formação com profissionais de saúde chineses, já decorreram outras formações com equipas italianas e espanholas, para que os profissionais de saúde possam da melhor forma, lidar com a doença.

Milhares de pessoas que fogem dos ataques armados na região norte da província de Cabo Delgado, estão expostas ao risco de infecção pelo novo coronavírus na cidade de Pemba, onde procuram abrigo e segurança.

De acordo com uma o Chefe de Operações do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Pemba, “as famílias chegaram a Pemba exaustas e traumatizadas após deixarem suas casas e praticamente todos os seus pertences para trás” e “trocam o perigo do conflito armado, pelo risco da COVID-19”.

“As pessoas que fogem do conflito armado em Moçambique trocam o perigo do conflito pelo risco de infecção por COVID-19. O novo centro de tratamento ajudará a comunidade a responder à crise sanitária, mas essas famílias não poderão voltar enquanto houver combates próximos das casas dos civis”, afirmou Raoul Bittel, chefe de operações do CICV em Pemba, citado num comunicado de imprensa recebido na nossa redacção.

A fonte realça que “o risco de contrair COVID-19 em Pemba, um dos epicentros do vírus mais preocupantes de Moçambique, é muito real. A maioria das pessoas deslocadas encontra abrigo com familiares, o que representa uma carga adicional para eles e agrava as condições de superlotação que favorecem a propagação da doença, já que o distanciamento físico se torna impossível”.

A nota descreve a nova vaga de ataques em Mocímboa da Praia como “o exemplo mais recente de uma tendência preocupante, em que o conflito armado aumenta enquanto o acesso humanitário diminui. Em Mocímboa da Praia, Macomia e outras cidades e povoados de Cabo Delgado, o conflito não poupou os civis nem os bens civis. Casas foram incendiadas, escolas e estabelecimentos de saúde saqueados e destruídos, e cultivos agrícolas arruinados. Centenas de pessoas morreram, ficaram feridas ou desapareceram, e centenas de milhares são deslocadas à força de suas casas, precisando se esconder na mata ou fugir”.

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