O País – A verdade como notícia

O julgamento por corrupção do ex-Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, foi ontem adiado para 08 de Dezembro. Jacob Zuma é acusado num caso de suborno com mais de 20 anos.

Inicialmente previsto para Maio, o julgamento de Jacob Zuma foi, numa primeira fase, adiado para Junho devido à pandemia da COVID-19, tendo sido posteriormente alterado para Setembro, por razões administrativas, escreve a Lusa.

Desta vez, o juiz responsável pelo processo no qual Jacob Zuma está implicado explicou que a audiência foi novamente adiada para 08 de Dezembro, acrescenta o órgão a que nos referimos, citando a Agência France-Presse.

O juiz afirmou que está à espera da “retoma do tráfego aéreo internacional”, em particular devido à chegada de testemunhas e representantes do grupo francês Thales, acrescenta a Lusa.

Zuma enfrenta várias acusações de associação ilícita, fraude, corrupção e lavagem de dinheiro por envolvimento em operações, supostamente fraudulentas, a favor de um contrato público de aquisição de armamento com o grupo francês Thales de mais dois mil milhões de dólares, em 1999, quando era vice-presidente da República.

Zuma negou todas as acusações afirmando ser uma “caça às bruxas” política do partido no poder, diz a Lusa.

 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou ontem aos seus concidadãos para que sejam “mais vigilantes” na sua vida privada e respeitem as limitações impostas no sentido de evitar mais infecções pelo novo Coronavírus.

Na sua deslocação à região de Auvergne – centro da França – Emmanuel Macron afirmou: “não devemos relaxar nos momentos da vida privada, porque muitas vezes é nas festas privadas, nos momentos familiares, que ocorrem as infecções”, escreve a Lusa.

O Presidente francês deu indicação de que os momentos de relaxamento “são perfeitamente normais”, mas apelou a uma responsabilização das pessoas que negligenciam as medidas de prevenção da COVID-19 naquele país.

O Chefe de Estado francês anunciou que novas medidas de luta contra o Coronavírus serão analisadas num conselho de defesa sanitária esta sexta-feira, diz a Lusa, acrescentando que será discutida a questão da “utilização diferenciada de testes”, entre, por exemplo, “testes nasofaríngeos” e testes de “saliva ou antigénicos”, “muito mais simples e rápidos”.

O número de pessoas infectadas pela COVID-19 na França continua a aumentar. Por isso, Macron entende que é necessário “estudar o que fazer nas zonas onde há cada vez mais” casos.

O Presidente francês considerou, de acordo com a Lusa, “preocupante” a nova subida do “número dos casos que chegam ao hospital numa situação de urgência”.

O Serviço Nacional de Migração (SENAMI) introduziu um “serviço de marcação de atendimento online” para evitar aglomerações e filas longas nesta altura da COVID-19. Numa primeira fase, a medida abrange a província e cidade de Maputo.

O Coronavírus tem originado novas abordagens em diversas instituições no que diz respeito às medidas de prevenção contra a doença. Neste contexto, o SENAMI criou uma nova forma de atendimento aos utentes para efeitos de pedido de documentos como passaporte e Documento de Identificação de Residência de Estrangeiro (DIRE).

“O SENAMI criou uma nova plataforma de atendimento online aos requerentes de documentos migratórios. Medida que visa promover o distanciamento interpessoal, garantindo que o requerente passe menos tempo nas instalações da migração”, informou a instituição através de um comunicado de imprensa a que “O País” teve acesso.

Para proceder com a marcação de atendimento, o requerente dispõe de três opções: A primeira tem a ver com o acesso à plataforma www.sigav.senami.gov.mz.

De seguida, é preciso cumprir as instruções, que vão desde a marcação, através da central de atendimento. A terceira fase é a o atendimento presencial na SENAMI.

“Acho que é uma boa medida e também vai evitar aglomerações”, neste período da pandemia, segundo Acácio de Oliveira, utente dos serviços do SENAMI, ouvido pelo “O País”.

“Pelo menos a pessoa vem a saber de forma antecipada sobre a sua situação de atendimento”, disse Filimão Quembo, outro entrevistado.

Refira-se que na fase piloto, o serviço de marcação de atendimento estará disponível nas direcções provinciais de migração da província e cidade de Maputo.

Entretanto, o SENAMI assegura que mais tarde o mesmo serviço será expandido para todas as direcções provinciais do país, a começar pela província de Nampula, a seguir Sofala e depois em Tete, por estas apresentarem um grande fluxo de pedidos de emissão dos documentos acima referidos.

É com agrado e com esperança de dias melhores que o sector de hotelaria e restauração tem recebido informações de relaxamento de algumas medidas restritivas anunciadas pelo Chefe de Estado. No Hotel Vilas das Mangas, por exemplo, as solicitações de eventos sociais tendem a aumentar nos últimos tempos. “Temos recebido solicitações de baptizados, aniversários e casamentos. Com o aumento de participantes em eventos privados, as pessoas têm vindo ao nosso restaurante para celebrar esses momentos”, disse Olgito Guambe, representante do hotel.

Não são só moçambicanos a solicitar esse tipo de serviços, mas também estrangeiros graças à decisão presidencial de permissão de entrada de investidores. “Na semana passada por exemplo recebemos um grupo de investidores provenientes de Portugal que estiveram connosco por alguns dias”, precisou Guambe.

Por seu turno, Luís da Silva, chefe executivo do restaurante Mokotó Parrilla, disse ser ainda muito cedo para colher benefícios do aumento do horário de funcionamento dos restaurantes porque os prejuízos da paragem da actividade continuam a impactar o negócio.

Mas nem todos estão felizes…é o caso da gestão do South Beach que defende alargamento do horário para além das 22 horas.

Segundo a gestão da empresa, porque a situação não está boa teve que dispensar mais de uma dezena de trabalhadores. “Eles não foram dispensados, foram colocados em espera porque não temos capacidade de pagar a todos eles. Ficamos com um número reduzido para continuarmos com o nosso negócio. Mas os prejuízos causados pela pandemia são mesmo grandes”, lamentou Linda Argiropulos, gestora do South Beach.

Apesar de nem todos estarem satisfeitos, os gestores garantem estar a obedecer a todas as recomendações de prevenção da COVID-19. Recorde-se que Filipe Nyusi justificou que as medidas de relaxamento visam reanimar a economia abalada pela pandemia.

Em coordenação com outras instituições governamentais de interesse, a Inspecção Nacional de Actividades Económicas (INAE) inspeccionou 2.320 estabelecimentos comerciais entre 19 de Agosto e 5 de Setembro, tendo constatado uma estabilidade nos preços dos produtos alimentares e alguns problemas na comercialização do cimento.

Apesar de se ter registado uma estabilidade nos preços de produtos alimentares, no período em análise foram apreendidos diversos produtos fora do prazo, avaliados em 30.000 meticais.

Tomás Timba, porta-voz da INAE, diz haver uma grande preocupação com a qualidade do cimento produzido no país.

“Algumas fábricas não têm laboratórios de ensaios internos para poder testar o seu cimento e isto coloca em causa a vida de todos nós”, informa Timba.

E foi este um dos motivos que levou a suspensão de uma fábrica de cimento localizada na cidade da Matola.

Sem avançar o nome da fábrica em questão, Timba informa que além da falta de um laboratório para controlo de qualidade, o cimento produzido na referida fábrica não era certificado.

A avaliação vai mais longe. Timba diz haver aspectos que dificultam a fiscalização deste mercado.

“O que nós entendemos é que devia haver clarificação sobre quem é distribuidor, quem é que é grossista e quem é que é retalhista… isto poderia facilitar a todos nós, no controlo do mercado da comercialização de cimentos”, disse.

Foi igualmente constatado que a maioria dos retalhistas não afixam os preços do produto, revelando intenção de cobrar por ele, um valor muito acima do recomendado pelo produtor.

No âmbito do relaxamento gradual de medidas restritivas contra a COVID-19, 126 ginásios também foram inspecionados e apenas 87 reuniram condições para a reabertura.

Falando em conferência de imprensa, Timba apelou à população para que mantenha a calma e não faça compras em quantidade exagerada, pois, a elevada procura favorece o oportunismo por parte de alguns comerciantes.

Pouco mais de 90% das empresas foram afectadas pela COVID-19 entre Abril e Junho do presente ano, mostram os resultados do inquérito sobre o impacto da pandemia nas firmas produzido pelo Instituto Nacional de Estatística. Inhambane lidera a lista, com 98,8% das empresas atingidas.

De acordo com os resultados do mais recente inquérito sobre o impacto da COVID-19 nas empresas, por culpa da doença, as receitas das empresas baixaram em 41% no primeiro semestre deste ano comparativamente ao mesmo período de 2019.

“Nos meses de Abril, Maio e Junho apenas 87,3%, 80,9% e 80,2% de empresas conseguiram pagar as remunerações dos seus trabalhadores na totalidade, respectivamente”, segundo apurou o Instituto Nacional de Estatística.

Em termos de distribuição geográfica, as quatro províncias da zona sul do país são as mais afectadas com percentagem média da região a situar-se em 95,0%. Entretanto, Zambézia é a província com mais empresas encerradas, ou seja, 13.6%, prejudicando a 27726 trabalhadores.

O inquérito avaliou o impacto do Coronavírus também na óptica do ramo de actividade, onde a educação, a arte, os espectáculos, desportos e as recreações não escaparam, tendo sido afectadas na totalidade.

“As actividades com empresas menos afectadas foram as dedicadas à venda e arrendamento de casas e edifícios (48%), Captação, Tratamento e distribuição de Água, Saneamento, Gestão de resíduos e despoluição (52%) e Agricultura, Produção Animal, Caça, Florestas e Pescas (76%) ”, indica o inquérito.

Em termos de dimensão, as grandes empresas, que representam cerca de 0,5% do universo, foram as mais afectadas com 91,1%. Em termos de impacto visível, o destaque vai para mais de 70000 pequenas empresas afectadas pela Covid-19.

Nos cálculos do INE, 56% das empresas afectadas optaram pelo regime de rotatividade e 41,7% aplicam a rotatividade semanal. Embora as empresas forçadas a encerrar as portas representem perto de 3,0% do universo afectado, a decisão levou ao desemprego cerca de 43578 trabalhadores.

“Para as medidas jurídicas sensíveis, por colocar em risco o emprego e a situação económica das famílias, os resultados do inquérito revelam que a suspensão de contratos foi a medida mais adoptada pelas empresas (7.6%), afectando 62 700 trabalhadores, equivalentes a 1.9% do pessoal afectado. No entanto, foi a rescisão de contrata adoptada por 4,5% de empresas que afectou mais trabalhadores na magnitude de 77489, que correspondeu a 2,3% do total de afectados em todas empresas”, refere o INE.

Segundo o inquérito cujos resultados foram publicados nesta terça-feira, os sectores de comércio a grosso e a retalho, bem como reparação e manutenção de viaturas foram os que mais despediram, tendo criado 24200 desempregos.

O inquérito apurou ainda que apenas 20,9% das empresas afectadas planeavam ou beneficiaram de alguma suspensão de obrigações tributárias e 15% beneficiaram de crédito bancário com juros bonificados ou garantias do Estado. O documento refere que o Estado pode ter perdido cerca de 13% de receita nos primeiros três meses da vigência do Estado de Emergência.

“Os resultados do inquérito apuraram que mais de 80% de empresas referiu que pagou na totalidade nos meses de Abril e Maio, tendo essa proporção reduzida para 79% em Junho”.

Em fim, os resultados do inquérito indicam que a maioria dos agentes económicos afecatados declarou como constrangimento nos três meses em análise a baixa procura de bens e serviços (75.5%), dificuldades de tesouraria (47.8%), dificuldades de compras ou vendas no estrangeiro (43.9%) e falta de matéria-prima ou mercadoria (39.8%).

É o primeiro passo para a retoma, nos próximos dias, aos treinos com o horizonte na Taça das Confederações, também conhecida por Taça Nelson Mandela, cujos jogos da pré-eliminatória foram marcados para o período entre 20 e 22 de Novembro.

Jogadores, equipa técnica e o “staff” da União Desportiva do Songo foram submetidos, esta segunda-feira, aos testes de despiste da Covid-19.

Segue-se o recomendado processo de isolamento, no caso específico de dez dias e, depois de conhecidos resultados, os “hidroelétricos” regressam aos treinos.

Numa primeira fase, na vila do Songo, estarão os atletas nacionais, nomeadamente Guirrugo, Leonel, Valério, Daúdo, Lau King, Belito, Dário, Bhéu, Tony, Amadou, Gildo, Telinho, Agenor, Sidique, Mucuapel, Infren, Laque, Cremildo e Amorim.

O clube aguarda, neste momento, pela autorização do Ministério do Interior para que os atletas estrangeiros que fazem parte da estrutura sejam autorizados a entrar no país. Trata-se de Jhon e Frank Banda e Kuwali (malawianos) e Thomas Nyerenda (zambiano).

O objectivo, nas Afrotaças, passa por chegar a fase de grupos da Taça Nelson Mandela, segundo deu a conhecer ao “O País” Cláudio Tonetti, director desportivo da União Desportiva do Songo. a UD Songo projecta, de resto, uma campanha irrepreensível na prova.

“O objectivo é sempre chegar a um lugar onde a UD Songo nunca chegou. Almejamos sempre subir. É com este pensamento que vamos fazer a nossa trajectória. Sempre com esta perspectiva de chegarmos o mais longe possível. Vamos trabalhar arduamente atingirmos os nossos objectivos que é chegar a fase de grupos. Vamos sonhar sempre alto. Este vai ser o nosso lema”, frisou.

Mas antes, os vencedores da Taça de Moçambique tem que preencher todos os requisitos para o licenciamento. O da Taça de Moçambique devem cumprir os critérios e requisitos estabelecidos no Regulamento de Licenciamento que são a nível financeiro, infra-estrutura, desportivo, legal, administrativo e pessoal.

“A União Desportiva do Songo tem todos os documentos reunidos. Já havíamos submetido o processo e este voltou para nós. Faltavam apenas alguns detalhes, mas estamos muito perto de concluir. Posso garantir a massa associativa da UD Songo que estamos no caminho certo porque trabalhamos de forma árdua neste quesito de reunir todos os requisitos para o nosso licenciamento. Se tudo correr bem, vamos ter o processo concluído esta ou próxima semana. Já dia tudo depende da Federação Moçambicana de Futebol”, assegurou Tonetti.

Mais um paciente morreu vítima da COVID-19 no país, anunciou esta terça-feira o Ministério da Saúde (MISAU), em comunicado de imprensa.

Na nota do MISAU, consta que a vítima, do sexo masculino, tinha 61 anos de idade e residia na cidade de Maputo.

O MISAU informa ainda, que o paciente “foi admitido no Hospital Geral de Chamanculo no dia 28 de Agosto com quadro de doença respiratória grave”, tendo ainda, sido “transferido para o Hospital Geral da Machava onde manteve o estado geral grave e foi declarado óbito na manha de hoje”, o que eleva o total de óbitos para 28.

O MISAU informou, na mesma nota, que o cumulativo de positivos por COVID-19 elevou-se para 4.647 casos em Moçambique, depois de mais 90 diagnósticos terem sido positivos, nas últimas 24 horas.

Quanto aos recuperados, o número aumentou para 2.715 casos, o que equivale a 58.4% de todos que já foram diagnosticados com a doença.

Mais uma pessoa afecta a uma empresa que presta serviços à Direcção Nacional de Identificação Civil (DNIC), na cidade de Maputo, testou positivo para a COVID-19, na última sexta-feira.

Trata-se de um homem com idade entre 30 e 40 anos. Sobre o facto, o porta-voz da DNIC, Alberto Sumbana, clarificou que o paciente trabalha numa empresa contratada, que presta serviços de manutenção do equipamento de produção de bilhetes de identidade.

O técnico em alusão encontra-se em tratamento e os seus colegas em quarentena domiciliária. Esta quarta-feira serão submetidos aos testes da COVID-19.

A fábrica encontra-se temporariamente encerrada para efeitos de desinfecção, mas Alberto Sumbana assegurou que a mesma será reaberta esta quarta-feira.

“Queremos apelar à calma. O encerramento da fábrica não vai pôr em causa a produção de bilhetes de identidade, porque nesta fase inicial [após paralisação forçada pela pandemia do novo Coronavírus] temos recebido cinco mil pedidos por dia e a nossa capacidade de produção é de 15 mil”, explicou o porta-voz da DNIC.

É o segundo paciente com COVID-19 que as autoridades de saúde descobrem na instituição que presta serviços de manutenção do equipamento de produção de bilhetes. O primeiro foi na cidade da Matola.

Num outro desenvolvimento, Alberto Sumbana referiu que na semana finda houve 14.698 pedidos de emissão de bilhetes de identidade. Dos anteriores pedidos, 12.617 bilhetes foram levantados pelos proprietários.

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