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COVID-19: EUA limitam uso da vacina Johnson & Johnson devido a coágulos sanguíneos

A agência norte-americana da Administração de Alimentos e Medicamentos, FDA, limitou esta quinta-feira a administração da vacina contra a COVID-19 da Johnson & Johnson, devido ao risco contínuo de coágulos sanguíneos raros, escreve a imprensa internacional.

Segundo o Notícias ao Minuto que cita a agência de notícias Associated Press (AP), a vacina deve ser apenas dada a adultos que não podem receber uma vacina diferente ou que solicitem especificamente a da Johnson & Johnson.

Portanto, esta vacina da farmacêutica Johnson & Johnson passa a ser aplicada a maiores de 18 anos, mas só se as vacinas aprovadas não estiverem disponíveis ou não forem recomendadas clinicamente. Para além desta excepção, também pode ser administrada em pessoas com 18 ou mais anos que optem especificamente por receber a vacina da Janssen em prol de qualquer outra, escreve a CNN Portugal.

Há meses que as autoridades norte-americanas recomendam que os cidadãos que iniciam a sua vacinação contra a COVID-19 usem as vacinas da Pfizer ou da Moderna.

A FDA explicou num comunicado que restringiu a vacina da Johnson & Johnson depois de analisar novamente os dados sobre o risco de coágulos sanguíneos com visco de vida, nas duas semanas após a vacinação.

A vacina da gigante farmacêutica norte-americana foi inicialmente considerada uma ferramenta importante no combate à pandemia, porque exigia apenas uma dose. No entanto, a opção por uma dose única demonstrou ser menos eficaz face às vacinas da Pfizer e da Moderna.

Em Dezembro, os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomendaram como prioritárias as vacinas da Moderna e Pfizer, devido aos problemas de segurança da Johnson & Johnson.

Embora os coágulos sanguíneos que ocorreram com a vacina serem raros, as autoridades norte-americanas salientam que estes ainda estão a acontecer.

Segundo o regulador norte-americano, cientistas federais identificaram 60 casos, incluindo nove que foram fatais, em meados de março.

Este número corresponde a um caso de coágulo sanguíneo por 3,23 milhões de injecções de Johnson & Johnson, explicou ontem a FDA.

 

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