O PCA do INSS, Francisco Mazoio, e antigo director-geral da mesma instituição, Baptista Machaieie, são indiciados de terem assinado um contrato suspeito para sacar dos cofres do Instituto Nacional de Segurança Social mais 371 milhões de meticais.
O esquema que ditou a detenção de Francisco Mazoio e Baptista Machaieie foi descoberto durante a instrução preparatória do processo que investiga crimes de corrupção envolvendo a antiga ministra do Trabalho, Maria Helena Taipo, que se encontra em prisão preventiva desde Abril último.
Segundo uma nota da Procuradoria-geral da República, o esquema está relacionado com um contrato celebrado entre o INSS e a empresa Índico Dourado, visando o desenvolvimento de um projecto imobiliário no distrito de Nacala-a-Velha, em Nampula.
À luz desse contrato assinado em 2014, o INSS fez pagamentos no valor de 371.124.000 meticais, dinheiro que o Gabinete Central de Combate à Corrupção acredita que serviu para satisfazer interesses de particulares, incluindo de servidores públicos, e não do Instituto Nacional de Segurança Social.
Na sequência das investigações, o Gabinete Central de Combate à Corrupção constituiu cinco arguidos, incluindo o PCA do INSS, Francisco Mazoio, e o antigo director-geral do instituto, Baptista Machaieie, detidos em prisão preventiva há menos de uma semana em Maputo.