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Coreia do Norte critica secretário-geral da ONU por defender desnuclearização

Foto: Sapo Desporto

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou na passada sexta-feira o seu apoio à desnuclearização completa da Coreia do Norte durante uma reunião em Seul com o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol.

Este domingo, a Coreia do Norte criticou o secretário-geral da ONU, descrevendo como “palavras perigosas” o apoio de António Guterres à desnuclearização completa da península coreana.

Segundo o Observador, o ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, Kim Son Gyong, acusou o líder da ONU de mostrar “simpatia” pelo que chamou de políticas hostis dos Estados Unidos, país que há muito defende o desarmamento de Pyongyang.

“Só posso expressar o meu profundo pesar pelas observações do secretário-geral da ONU, que são extremamente carentes de imparcialidade e justiça”, disse Kim, num comunicado divulgado pela agência oficial norte-coreana KCNA, citado pelo Notícias ao Minuto.

O ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros defendeu que a “desnuclearização completa, verificável e irreversível da Coreia do Norte seria um ataque à soberania do país”.

“Aconselhamos o secretário-geral Guterres a ter cuidado ao proferir palavras e acções tão perigosas”, afirmou Kim.

Na sexta-feira, Guterres disse, na reunião com o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que a desnuclearização da península coreana é um “objetivo fundamental para trazer paz, segurança e estabilidade a toda a região”.

Guterres encontrou-se com Yoon na capital sul-coreana como parte da sua digressão asiática, que se centra na promoção do desarmamento nuclear e da cooperação internacional em áreas como a crise climática.

Antes de Seul, o antigo primeiro-ministro português esteve no Japão, onde discursou na cerimónia do 77.º aniversário do bombardeamento atómico de Hiroshima.

Guterres repetiu no Japão o aviso contra os horrores das armas atómicas que fez em Nova Iorque na semana passada, numa conferência sobre o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

 

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