Representantes de quase 200 países estão a partir de hoje reunidos em Sharm el-Sheik, no Egito, para debater as alterações climáticas e a luta contra o aquecimento global, quando se multiplicam os avisos de catástrofe.
Uma das intervenções será a do primeiro-ministro português, António Costa, que chega hoje a Sharm el-Sheik e que estará na COP27 na segunda e na terça-feira, onde vai defender uma transição mais inclusiva e uma repartição mais equilibrada do financiamento climático, segundo fonte diplomática.
Na conferência no Egito não são esperados muitos líderes mundiais, estando no entanto anunciada a presença do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que inicialmente disse não estar presente, mas que há quatro dias revelou que irá a Sharm el-Sheik. A última conferência, COP26, realizou-se no Reino Unido.
A COP27, que marca o 30.º aniversário da adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla original) mantém basicamente os mesmos objetivos de outras cimeiras desde 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris, de limitar o aquecimento global a 02ºC (graus celsius) e se possível a 1,5ºC. Mas acontece no meio de uma crise política, energética, alimentar e económica provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia.