Terrorismo em Cabo Delgado, situação dos deslocados, desastres naturais e papel dos partidos no desenvolvimento político, económico e social do país estiveram no topo da agenda da visita do Embaixador da Rússia à Frelimo, que teve lugar hoje, em Maputo.
No encontro, que foi a porta fechada, o Secretário-geral da Frelimo saudou o apoio que o Governo do povo russo tem prestado a Moçambique, desde a preparação da luta Armada em 1964.
“A cooperação entre a Rússia e Moçambique tem muitos anos e, cada vez mais, tenta fortificar-se. Para além do apoio militar, a Rússia vem apoiando o país na questão dos desastres naturais (ciclones Idai e Keneth) e mais recentemente vem dando apoio na luta contra a pandemia da COVID-19”, declarou Roque Silva à imprensa, horas depois do encontro.
Roque Silva afirmou, ainda, que foram discutidas, no encontro, estratégias de intervenção dos partidos políticos na vida social e económica do país, como forma de dar o seu contributo no desenvolvimento de Moçambique.
Por sua vez, Alexandre Surikov, Embaixador da Rússia mostrou-se bastante satisfeito com o encontro e disse que “este vai fortificar ainda mais as relações de cooperação entre os dois países”.
Questionado sobre o apoio que a Rússia vai prestar no combate ao terrorismo, Alexandre Surikov chamou atenção à imprensa e aos governos sobre a necessidade de manter as estratégias e mais detalhes militares em segredo, para não comprometer o processo.
“Não posso dar mais detalhes sobre o apoio que a Rússia vai prestar a Moçambique, mas importa referir que o meu país sempre apoiou Moçambique, tanto no âmbito militar, assim como noutras áreas sociais e estamos disponíveis para apoiar nas condições que o Governo de Moçambique exigir”, explicou.
Com a cooperação entre Moçambique e Rússia, abre-se espaço para cada vez mais apoios na exploração das possibilidades de se estabelecer no país a prestação de serviços de Saúde, exploração de recursos naturais, tais como hidrocarbonetos e outros.