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“Continuaremos a investir na modernização e reforço das capacidades operativas das FDS”

O primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, assegurou, hoje, no parlamento que o Governo vai continuar a investir no aumento da capacidade operativa das Forças de Defesa e Segurança para melhor combater o terrorismo na província de Cabo Delgado.

Falando no encerramento da sessão de perguntas do Executivo, do Rosário explicou que o reforço das capacidades tem por objectivo permitir que as FDS “prossigam com a sua nobre missão de proteger a população e defender a integridade territorial e soberania nacional em face das agressões terroristas e outras ameaças”.

Mas o governante alertou que a missão dos militares de proteger o país das agressões terroristas pode ser colocada em causa devido a alegadas campanhas de desinformação e divulgação de notícias falsas, rumores e boatos. Segundo Carlos Agostinho do Rosário, essas tácticas “fazem parte da estratégia ou táctica de actuação dos grupos terroristas e seus seguidores com o principal objectivo de criar agitação, pânico e espalhar o medo no seio da população”.

Na mesma sessão foram chamados outros membros do Governo para fazer esclarecimentos sobre questões de insistência levantadas pelos parlamentares, além de assuntos da actualidade, mesmo que não tenham sido levantadas nesta sessão da Assembleia da República.

Depois da veiculação de notícias sobre a intenção de incineração pelo Ministério da Saúde de medicamentos orçados em cerca de 20 milhões de meticais, sem responsabilização de algum servidor públicos pelo facto de terem ficado fora do prazo, sem que tenham sido disponilizados aos doentes, o Ministro do pelouro, Armindo Tiago esclareceu.

“Nós, Ministério da Saúde, não vamos incinerar nenhum medicamento. Nós vamos incinerar um conjunto de equipamentos, incluindo panfletos antigos, livros antigos e temos a devida lista. Mas o mais importante é que esse equipamento é proveniente de ajuda humanitária, com prazo muito próximo a expirar. Distribuímos às províncias, as províncias devolveram e nós vamos incinerar”, explicou.

Na área da agricultura, o ministro do pelouro Celso Correia também colocou “Pontos nos II” sobre o plano de importação anual de cerca de dois mil tratores, a partir de 2021. “O termo usado é que Moçambique poderá virar um cemitério de tratores”, introduziu o titular da Agricultura e Desenvolvimento Rural, detalhando que “a procura do trator não é do Estado neste momento. Existem moçambicanos, produtores, que neste momento tem capacidade de comprar tratores. Portanto, a procura é do produtor e o que nós temos que fazer como Governo e como Nação é assegurar a oferta desses tractores”, terminou, afirmando que não deve ser o Governo que importa, mas sim o produtor que já tem financiamento para aquisição desses equipamentos.

O Parlamento volta a reunir-se em plenária nos dias 28 e 29 de Abril para apreciação do Informe da Procuradora-Geral da República sobre a situação geral da Justiça e Legalidade.

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