A Correios de Moçambique deve mais de 50 milhões de meticais aos trabalhadores. Devido às dificuldades financeiras, a empresa vai diminuir metade dos trabalhadores e vender acções no âmbito da restruturação já aprovada pelo governo.
Foram quase 50 trabalhadores que esta quarta-feira paralisaram as actividades na empresa Correios de Moçambique para reivindicar o pagamento de salários atrasados, mas o problema é, afinal, muito mais profundo do que se podia imaginar.
As dificuldades financeiras são antigas, mas pioraram quando o serviço Post-bus sofreu com os impactos do ciclone Idai. Aliás, essa foi a causa do atraso do salário de Março.
Para tirar as contas do vermelho, o conselho de administração decidiu restruturar a empresa, uma solução que pela redução de 362 dos 650 trabalhadores através de despedimentos e reformas antecipadas, venda de cinco imóveis e privatização da empresa com a venda de quase metade das acções.
O plano de reestruturação da empresa já foi aprovado pelo governo, e no próximo mês inicia a análise da proposta alienação, um trabalho que irá envolver o Banco de Moçambique e o Ministério da Economia e Finanças.