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Consultas externas nos hospitais só para doentes crónicos

As consultas externas nos hospitais centrais, postos e centros de saúde estão canceladas por tempo indeterminado, passando-se a priorizar doentes crónicos, vítimas de acidentes de viação e/ou pessoas com outro tipo de traumas de carácter de urgência, para além do seguimento a crianças prematuras e com malnutrição.

O país conta com quatro hospitais centrais, em Maputo, na Beira, em Quelimane e na cidade de Nampula. Trata-se de unidades sanitárias de referência e muito concorridas por disporem de serviços de especialidade.

Entretanto, neste momento de emergência nacional face ao Coronavírus o Ministério da Saúde decidiu introduzir medidas de restrição, que passam pelo cancelamento de consultas externas, abrindo-se excepção aos doentes crónicos que precisam de acompanhamento permanente.

Falando na manhã desta terça-feira, a directora clínica do Hospital Central de Nampula, Bainabo Sahal, deu mais pormenores: “a partir do dia 30 de Março restringimos as consultas externas, deixando que as de doentes crónicos, como os que têm hipertensão, diabetes, HIV e Sida, como necessitam de controlo regular vamos continuar o seu seguimento dentro da unidade sanitária. Na área infantil salvaguardamos as consultas de neonatalogia, crianças prematuras e como temos um número elevado de crianças que faz consultas de seguimento de malnutrição porque têm alguns nutrientes, algum acompanhamento que temos que fazer na unidade sanitária”.

As vítimas de acidentes de viação ou pessoas com outro tipo de traumas devem dirigir-se aos serviços de urgência no banco de socorros. No role das restrições, consta também o cancelamento de cirurgias marcadas, cujos pacientes não estão internados.
“Estamos a dar vazão aos casos que estão internados na enfermaria e os que precisam necessariamente de ser internados, que são as urgências”.

As visitas aos pacientes internados no Hospital Central de Nampula, por exemplo, passam a ser das 12 às 13 horas e apenas será permitida a entrada de uma pessoa por paciente. Com estas medidas, os médicos passam a atender o máximo 10 doentes crónicos por dia, para evitar aglomerados, numa altura em que se procura conter a propagação do Coronavírus.

Em contacto telefónico com a nossa reportagem, o director nacional de Assistência Médica, Ussene Issi, acrescentou que as restrições acima referidas abrangem todas as unidades sanitárias, incluindo centros de saúde, pelo que até decisão contrária, só deverá fazer-se ao hospital aquele que tiver um quadro de saúde crítico.

 

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