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Consórcio luso-chinês confirmado para construir linha Moatize-Macuse

O consórcio constituído pelo grupo português de construção civil Mota-Engil e pela empresa China National Complete Engineering Corporation assinou um contrato com a Thai Moçambique Logística para construir no país uma linha de caminho-de-ferro com uma extensão de 500 quilómetros, informou o grupo em comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Segundo o documento, o projecto, integrado no corredor logístico que ligará a zona mineira de Moatize, província de Tete, ao porto de Macuse, na província da Zambézia, terá uma duração contratual de 44 meses e um custo de 2 389 milhões de dólares.

A China National Complete Engineering Corporation é uma subsidiária do grupo China Machinery Engineering Corporation, cotado na Bolsa de Valores de Hong Kong, sendo este o primeiro consórcio em que empresas portuguesas e chinesas entram em pé de igualdade.

O comunicado adianta que atendendo ao facto de poder ter lugar uma incorporação elevada de bens e serviços provenientes da China é muito provável que as instituições chinesas de crédito às exportações, caso do Banco de Exportações e Importações da China possam contribuir “positivamente” para o processo de montagem do financiamento do projecto.

O início das obras de construção poderá ocorrer em 2018, assim que forem concluídas as negociações do cliente para o financiamento do projecto.

O presidente executivo da Thai Moçambique Logística, José Pires da Fonseca, já havia anunciado, em Março passado, ter o projecto sido adjudicado ao consórcio constituído em partes iguais pelo grupo Mota-Engil e pela empresa China National Complete Engineering Corporation.

Uma das grandes particularidades para a linha de Macuse é que ela arrasta interesses de quatro companhias indianas com licenças para a exploração do carvão em Moçambique e que precisam do recurso para alimentar as suas centrais térmicas. Isto porque em Macuse está o porto de Macuse, que deverá ter capacidade para receber navios de até 80 mil toneladas, o que permite uma maior competitividade em relação ao Porto da cidade da Beira, que recebe navios de menor calado.
 

 

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