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Consolidação de universidades nas províncias reduz candidatos à UEM

O número de candidatos aos cursos da Universidade Eduardo situada na capital do país baixou de 21.211 candidatos em 2016 para 20.741 em 2017.São menos 2,27 por cento. Este cenário, segundo o reitor, Orlando Quilambo, pode estar relacionado com a implantação de instituições de ensino superior nas outras províncias e as dificuldades de alojamento na capital.                                                                                 

Orlando Quilambo falava durante a reunião anual da Universidade, havida esta sexta-feira.

“Há uma tendência de redução do número de candidatos aos cursos de licenciatura nos últimos anos. Esta redução pode estar associada ao aumento do número e consolidação de instituições de ensino superior a nível nacional”, explicou.

O reitor da UEM falou igualmente da comodidade de frequentar o ensino superior nas províncias de origem, associada a problemas de alojamento enfrentados pelos estudantes em Maputo, como sendo outros factores que estimulam a preferência pela formação superior ao nível local ou regional.

Quilambo referiu ainda que “esta redução não deve constituir motivo de preocupação, uma vez que a capacidade de oferta continua a ser excessivamente inferior à procura”.

Enquanto isso, o número de vagas oferecidas na UEM regista um ligeiro aumento nos últimos anos. Em 2017 a UEM dispunha de 5.265 vagas contra 4.995 em 2016, que representa um crescimento de 5,4 por cento.

Em relação ao corpo discente, Quilambo disse que em 2017 foram inscritos 34.910 estudantes, contra 40.741 estudantes em 2016, este número representa uma redução em 14 por cento.

“Esta redução resulta de uma acção deliberada de melhoria do rigor no processamento de dados de estudantes que se matriculam pela primeira vez ou que renovam as suas matrículas”, explicou.

Disse que do universo de estudantes de 2017, 13.139 são mulheres, o equivalente a 38 por cento contra 35.2 por cento de 2016, o que representa um, aumento da proporção de estudantes do sexo feminino nesta instituição.

Com 8.926 estudantes a Faculdade de Letras e Ciências sociais, é a que regista a maior população.

O Reitor anunciou ainda que, no ano passado, foram graduados 1.876 estudantes, sendo, 1.033 homens e 834 mulheres. Deste número 1.810 foram do nível de licenciatura, 63 mestrado e três do nível de doutoramento.

“Em termos globais o número de graduados baixou em cerca de 23 por cento comparativamente a 2016, o que contraria a tendência crescente que se vinha registando nos últimos anos”, disse.

Quilambo, noticia a AIM, também abordou a greve feita pelos membros Corpo Técnico e Administrativo (CTA), que marcou o ano em 2017, realizada nos dias 12 e 13 de Julho, reivindicando o pagamento do bónus de efectividade.

Para responder a situação disse ter sido já constituída uma equipa multissectorial para reflectir sobre a legalidade e sustentabilidade da atribuição de bónus de efectividade, bem como foram realizadas reuniões para o esclarecimento e principalmente auscultação e reflexão sobre o papel da CTA nesta universidade.

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