O Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Filipe Nyusi, dirigiu, hoje, a Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Defesa e Segurança. No encontro, o CNDS condenou o envolvimento de crianças nas manifestações, vandalização de bens públicos e privados, e limitação de circulação de pessoas e bens.
No comunicado enviado ao “O País”, Conselho Nacional de Defesa e Segurança diz ter notado com “satisfação a evolução do combate ao terrorismo no Teatro Operacional Norte, facto que contribui para a consolidação da segurança e progressiva retoma da vida das populações.”
Sobre as manifestações, o órgão reconhece o direito consagrado na Constituição da República e nos demais instrumentos legais.
Contudo, “deplora nos termos mais veementes o envolvimento de crianças e a tentativa velada de subversão da ordem democrática legitimamente instituída e de colocar entraves ao funcionamento das instituições, à livre circulação de pessoas e bens, com consequências desastrosas sobre a economia nacional.”
O órgão, lê-se no documento, “endereçou sentidas condolências às famílias que perderam os seus ente queridos, como resultado das manifestações e solidariza-se com os empresários cujos empreendimentos foram vandalizados e/ou saqueados. Neste contexto, as autoridades competentes foram instadas a identificar os responsáveis pelos actos em alusão para a devida responsabilização.”
O CNDS apreciou, ainda, o relatório da Comissão de Inquérito que investigou o acidente de viação que vitimou Bernardo Constantino Lidimba, Director-geral do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE), ocorrido a 2 de Novembro de 2024, no distrito de Mapai, Província de Gaza e “lamentou a perda de um alto dirigente do Estado cuja vida foi dedicada ao serviço dos interesses supremos do povo moçambicano. Nestes termos, foram apresentadas condolências à família do malogrado e aos colegas da instituição que serviu com muito zelo e dedicação.”
O CNDS saudou, ainda, as Forças de Defesa e Segurança pela postura e sentido de Estado demonstrados durante as manifestações, facto que concorreu para o restabelecimento de segurança e tranquilidade públicas. No entanto, apelou para que as Forças de Defesa e Segurança continuem a privilegiar o diálogo com a população e que a sua actuação priorize a protecção da vida e dos bens dos moçambicanos.