O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai estender as sanções ao Sudão até Setembro de 2025. As repreensões em vigor terminam este ano. A extensão foi aprovada em resolução esta quarta-feira.
O documento foi aprovado por unanimidade e inclui medidas de restrição do movimento de armas para Darfur e sanções a indivíduos e entidades que contribuem para desestabilizar o Sudão.
Tudo isso, segundo as Nações Unidas, é fundamental para ajudar a acabar com o conflito crescente, aliviar a catástrofe humanitária e colocar o Sudão de volta ao caminho da estabilidade e segurança.
Em reacção, o representante do Sudão disse que há evidências irrefutáveis de que a guerra neste país do norte de África resulta do apoio dos Emirados Árabes Unidos às milícias que estão a cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Darfur.
O Sudão enfrenta uma sangrenta guerra civil desde Abril de 2023, um conflito que já deixou dezenas de milhares de mortos e mais de 10 milhões de deslocados, segundo as Nações Unidas.
O conflito coloca de um lado o Exército, liderado pelo general Abdel Fattah al Burhanm, e do outro os paramilitares das Forças Rápidas de Apoio, comandados por seu ex-número dois, o general Mohamed Hamdan Daglo. Este último grupo contesta a não integração no exército após o golpe de Estado, sendo que o país é agora dirigido pelos militares. Os líderes das partes beligerantes são acusados de crimes de guerra, sobretudo de bombardeios indiscriminados em zonas habitadas.