Subiu para 198 o número de civis mortos desde o início dos confrontos armados no Sudão, de acordo com o Sindicato dos Médicos do Sudão. O sindicato diz que este valor é inferior ao que foi fornecido pela OMS que indica a morte de 300 pessoas desde sábado passado. Os dados da mesma fonte indicam que 1.207 pessoas ficaram feridas.
Através da plataforma digital Facebook, o Sindicato dos Médicos do Sudão apontou que, na quarta-feira, 24 civis foram vítimas dos confrontos frisando que a região de Al Fasher, no Darfur, e Cartum são as zonas mais afetadas pelos combates.
“Há um número de feridos e mortos que não está incluído neste balanço porque não foi possível o acesso aos hospitais devido às dificuldades de mobilidade no país”, esclarece o sindicato.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que morreram 300 pessoas desde o início dos confrontos registados entre as duas fações militares do Sudão.
O motivo pelo qual se verifica uma grande disparidade nos dois balanços pode estar relacionada com o facto de a agência das Nações Unidas manterem ainda presença em muitas zonas do país.
Na quarta-feira começou um novo período de tréguas de 24 horas, que deve terminar hoje à tarde.
Mesmo assim, o acordo destinado a permitir aos civis reunirem-se com as famílias, assim como garantirem o abastecimento de emergência, não foi integralmente respeitado.
Vários países mantêm esforços diplomáticos e políticos para que o Exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido venham a alcançar um acordo com vista ao fim dos combates antes do início do Ramadão que começa na sexta-feira.
MAIS DE METADE DOS HOSPITAIS ENCERRADOS EM CARTUM
Mais de metade dos hospitais estão encerrados em Cartum, capital do Sudão, devido à falta de pessoal médico.
“Dos 59 estabelecimentos hospitalares da capital e das zonas adjacentes às áreas onde se verificam os confrontos, há 39 [hospitais] que se encontram fora de serviço”, disse ontem o Sindicato dos Médicos do Sudão, citado pela DW.
Entre os hospitais que deixaram de prestar serviços, nove foram bombardeados e 16 foram evacuados, disse ainda o sindicato sem se referir aos autores dos ataques.
Neste momento 20 hospitais estão a funcionar de forma total ou parcial, sendo que a maior parte só garante primeiros socorros.