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Confiança na paz impulsiona crescimento do país em 2018 e 2019

Duas entidades, dois relatórios, mas um único resultado, a economia vai mesmo crescer no próximo ano. Depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter publicado as suas perpectivas sobre as economias da África Subsaariana para 2018 e 2019, agora é a vez do Banco Standard.

No mais recente relatório enviado aos investidores, citado pela plataforma Noticias ao Minuto, os analistas escrevem que "a previsão de crescimento do PIB para 2018 e 2019 é de 3,5% e 3,7%, derivado do abrandamento da política monetária mais prudente que o antecipado".

No documento, tal como o fez o FMI, explicam que "a maior parte da aceleração esperada no PIB é atribuível ao aumento da confiança associada com os progressos no processo de paz".

Para este ano, os analistas do Standard Bank, um dos maiores a operar em África, esperam um défice orçamental de 4,3% e para o próximo ano antecipam um desequilíbrio orçamental de 3,2%.

No ano passado, Moçambique teve um excedente orçamental, "pelo menos no papel, de 0,1% do PIB, depois de um défice de 3,4% em 2016", escrevem os analistas, desvalorizando este resultado porque "reflete principalmente o impacto positivo do imposto de 353 milhões de dólares pagos pela ENI/Exxon-Mobil".

No Plano Económico e Social, o Governo estima um crescimento de 4,7% este ano, uma revisão em baixa face aos 5,3% anteriormente previstos, mas ainda assim acima das previsões do FMI, que antecipa uma expansão económica de 3,5% este ano e de 4% em 2019.

Os progressos no processo de paz, dizem, "têm sido encorajadores, o que ajuda a construir a ideia de que a estabilidade política vai prevalecer".

Recorde-se que o FMI considerou os avanços no processo de paz em Moçambique e a melhoria da governação em Angola são positivos e oferecem uma janela de oportunidade para estes países melhorarem a economia.

Os economistas do FMI sublinham também que o principal problema que atravessa a região da África Subsaariana é o crédito malparado que subiu significativamente desde a descida dos preços do petróleo, em meados de 2014.

 

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