O Indicador de Clima Económico (ICE) continuou em queda pelo terceiro mês consecutivo, tendo mais uma vez o respectivo saldo se situado no nível mais baixo da respectiva série cronológica.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), essa situação foi influenciada pela queda contínua das expectativas de emprego e da procura, que vem diminuindo pelo terceiro e quarto mês respectivamente.
“Em termos de dimensão empresarial, o estágio do indicador de clima Económico foi influenciado pela queda deste indicador em todos os grupos, com maior realce para o grupo das micro e pequenas empresas que se ressentiram profundamente no mês”, escreve o boletim mensal do INE.
Sectorialmente, a tendência negativa do ICE deveu-se, igualmente, à apreciação negativa da confiança em todos os ramos empresariais com maior destaque em termos de amplitude para os sectores dos outros serviços, de transportes e de alojamento e restauração, facto que foi suficiente para suplantar a avaliação ligeiramente abonatória da confiança no sector de construção.
Em média, 61% das empresas inquiridas enfrentaram algum obstáculo no mês de Maio, o que correspondeu a um incremento de 1% com limitação de actividade face ao mês anterior.
Essa situação foi influenciada, pelos sectores de alojamento e restauração e similares (82%), transportes (71%), da produção industrial (58%), do comércio (56%) e dos outros serviços não financeiros (52%) que apresentaram mais de 52% das empresas com alguma limitação de actividade.
No entanto, o sector de construção (48%) viu menos de 50% das suas empresas afectadas por algum obstáculo no desempenho normal das suas actividades no mesmo período de referência.