Quando “O País” chegou a mesquita, em Nampula, onde seria entrevistado o representante do Conselho Islâmico, encontrou o aspirador a tirar a poeira que se acumulou durante o período em que a mesquita estava fechada.
É que a partir desta terça-feira, os muçulmanos já podem voltar a celebrar as cinco orações diárias em congregação, à semelhança de outras religiões, não podendo exceder 50 pessoas em locais fechados e 100 em locais abertos.
“É um alívio enorme. Isso também remete-nos a um grande desafio, neste caso, temos de cumprir integralmente com essas medidas de prevenção, e estamos muito satisfeitos com esta comunicação do Chefe do Estado, por trazer esta brecha e alívio para podermos fazer nossas orações e congregações assim como vínhamos fazendo, embora, de forma gradual, de acordo com as medidas proferidas pelo Presidente, neste caso, não exceder 30 por cento da capacidade do local do culto”, disse o sheik Abdul Magide.
Os muçulmanos estão no mês do Ramadão, onde observam o jejum de 30 dias. Com esta decisão do Presidente da República voltam a fortalecer o sentido de irmandade.
“A nossa religião faz muita referência à questão da congregação e comunhão porque isto fortalece os laços e torna a sociedade coesa e muito unida cada vez mais. A congregação tem várias vantagens, na medida em que cada um preocupa-se com o outro, faz com que a pessoa se solidarize com o outro, viva os problemas do outro”, explicou Abdul Magide.
O fim do jejum está previsto para 12 ou 13 de Maio, dependendo da visualização da lua e para a celebração do IDE, o Conselho Islâmico vai emitir uma orientação para evitar grandes aglomerados, como tem sido habitual.