A 58ª sessão ordinária da Comissão Política da Frelimo, que teve lugar na Sede Nacional do partido, esta quarta-feira, debruçou sobre seis principais pontos da vida social, política e econômica do país, entre os quais destacou as reformas apreendidas para tirar Moçambique da lista cinzenta.
Foram seis pontos debatidos pela Comissão Política da Frelimo reunida esta quarta-feira em mais uma sessão, com destaque para a vida social, económica e política do país, nomeadamente a acção governativa, as parcerias estratégicas para o desenvolvimento e ação diplomática, o trabalho político ao nível nacional e internacional, a premiação ao presidente Joaquim Alberto Chissano, antigo estadista moçambicano, o desempenho da bancada parlamentar na Assembleia da República e o desempenho das Forças de Defesa e Segurança.
Um dos pontos de destaque debatidos pelo núcleo duro do partido no poder em Moçambique foi a saída do país da “lista cinzenta” internacional de branqueamento de capitais, que segundo o porta-voz resulta das “reformas” governamentais dos últimos anos e “abona” a imagem do país nos mercados internacionais.
“No que diz respeito à acção governativa, importa referir que a Comissão Política felicita ao governo pelo conjunto de reformas empreendidas que contribuíram para a retirada de Moçambique da lista cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional, também conhecida por GAFI. O facto de se ter retirado Moçambique desta lista cinzenta significa uma verdadeira premiação em relação ao árduo trabalho de reformas levadas a cabo pelas instituições nacionais”, diz a Frelimo.
A Comissão política “felicita”, por isso, o Governo pelas reformas que levaram à retirada do país da Lista Cinzenta do GAFI, reiterando que “premeia o esforço do executivo, instituições nacionais e de todos os actores económicos e sociais, na promoção dos mecanismos internacionais de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”.
Para a Comissão Política da Frelimo esta decisão “concorre para uma imagem abonatória do país nos mercados nacionais e internacionais, conferindo maior credibilidade e confiança aos investidores, contribuindo para a dinamização da economia nacional”.
A plenária do GAFI proclamou em 24 de Outubro, em Paris, a saída de Moçambique da “lista cinzenta” internacional de branqueamento de capitais, três anos após a inclusão.
Moçambique integrava desde 2022 a “lista cinzenta” internacional de branqueamento de capitais do GAFI, mas o Governo anunciou em meados deste ano que já cumpria todas as recomendações para a sua retirada e que o objectivo era assegurar, após a retirada, a manutenção desse estatuto em próximas avaliações.
“No quadro dos esforços para a remoção de Moçambique da lista cinzenta, Moçambique já cumpriu com as 26 ações do plano do GAFI, o que levou esta instituição a reconhecer a capacidade das nossas instituições em prevenir e combater crimes de branqueamento de capitais e de financiamento de terrorismo”, disse a 16 de Junho a ministra das Finanças, Carla Loveira, que está agora em Paris a acompanhar a plenária do GAFI.
Moçambique recebeu em Setembro uma visita de elementos do GAFI, etapa então descrita como essencial para o processo de remoção de Moçambique da “lista cinzenta”.

