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Comiche quer acabar com parques ilegais de venda de viaturas em Maputo

Foto: O País

O presidente do Município de Maputo, Eneas Comiche, diz ser necessário acabar com os parques de venda de viaturas usadas na Cidade de Maputo, por se acreditar que sejam usados para lavagem de dinheiro, venda de drogas e  financiamento de várias actividades ilícitas, incluindo o terrorismo.

É notável a proliferação de parques de venda de viaturas usadas na Cidade de Maputo, destaque para as avenidas Joaquim Chissano, Avenida de Angola e Acordos de Lusaka.  Nestes parques, havia, antes, residências cujos donos venderam. A situação está a preocupar as autoridades.

Recentemente, a Procuradora-Geral da República pronunciou-se acerca dos parques de venda de viaturas usadas, tendo tecido duras críticas e dito que se tratava de negócios ilícitos. Agora, foi o edil de Maputo que disse que os proprietários dos parques nunca são encontrados, nem são conhecidos, nas inspecções só encontram empregados, não possuem direito de uso e aproveitamento da terra nem licença de actividades.

“Nós pensamos que se deve acabar com esse tipo de actividades, porque não conhecemos quem é o responsável. Tudo leva a crer que esses parques estão ligados ao branqueamento de capitais, podem estar a vender drogas e podem estar ligados a outro tipo de criminalidade, incluindo o financiamento ao terrorismo”, disse Eneas Comiche, edil de Maputo.

Comiche diz que a capital do país não deve ser usada como depósito de lixo, referindo-se a carros já usados. “Como presidente do Município de Maputo, preocupa-me que sejamos depositários de lixo provenientes de países produtores de viaturas. São sucatas, são peças de viaturas que não sabemos qual é a origem e podem até ser resultantes do roubo e que não devíamos permitir que isso acontecesse.”

Eneas Comiche fez estes pronunciamentos, esta quinta-feira, no âmbito da visita ao Distrito Municipal KaMaxaquene.

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