O comércio entre Moçambique e China registou um salto considerável nos primeiros 11 meses de 2018, comparativamente a igual período do ano anterior.
É que de acordo com as estatísticas dos serviços das alfândegas daquela que é a segunda maior economia do mundo, divulgadas esta segunda-feira, as trocas comerciais sino-moçambicanas atingiram 2,324 biliões de dólares norte-americanos entre Janeiro e Novembro de 2018, representando um aumento de 37,66% em relação a igual período de 2017.
Segundo dados replicados do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (CPLP), as autoridades daquele país asiático revelaram que Pequim comprou de Maputo 589,8 milhões de dólares norte-americanos em produtos diversos, o que representa uma subida homóloga de 22,11%.
As exportações chinesas para Moçambique foram de 1,73 bilião de dólares norte-americanos, um valor que representa um aumento de 43,89% relativamente ao mesmo período de 2017.
Apesar do aumento das trocas comerciais em termos acumulativos, em Novembro de 2018, houve queda em 18,46% negativos, ou seja, de USD 212,7 milhões; em Outubro para USD 173 milhões no mês seguinte.
Ainda em Novembro, de acordo com os dados das autoridades chinesas, aquele país asiático comprou muito menos de Moçambique (-37,71%) se comparado ao mês de Outubro, fixando as importações da China em apenas USD 46 milhões.
As exportações também quedaram ligeiramente (-8,26%), fixando-se nos 127 milhões de dólares norte-americanos, revela a fonte que temos vindo a citar.
CRESCE O COMÉRCIO ENTRE CHINA E LUSÓFONOS
Apesar do aumento em termos globais, das trocas comerciais entre a china e Moçambique, os serviços das alfândegas da China colocam o país na 4ª posição entre os oito países da CPLP com os quais mantém relações comerciais.
Nos primeiros 11 meses do ano passado, o Brasil manteve-se como o principal parceiro da China, com trocas comerciais no valor de 101,553 biliões de dólares.
No fundo da tabela, surge São Tomé e Príncipe, com 6,52 milhões de dólares norte-americanos.
Já entre Portugal e a China, as trocas comerciais alcançaram, entre Janeiro e Novembro passados, 5,53 milhões dólares, com Lisboa a importar mercadorias no valor de 3,45 biliões de dólares e a exportar para Pequim 2,088 biliões de dólares.
O resultado conseguido pelos países contribuiu significativamente para a subida das trocas comerciais entre a China e os países lusófonos.
Segundo as autoridades chinesas, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa atingiram, entre Janeiro e Novembro passados, 134,981 biliões de dólares (cerca de 119 biliões de euros).
As estatísticas dos serviços da alfândega da China revelam que este valor representou um aumento de 25,3% em relação a igual período do ano anterior.
Entre Janeiro e Novembro de 2018, as importações da China Moçambique, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste cifraram-se em 96,670 mil milhões de dólares, o que representa uma subida homóloga de 29,3%.
As exportações chinesas para o bloco lusófono foram de 38,311 biliões de dólares, um aumento de 16,1% relativamente ao mesmo período de 2017, indicaram os mesmos dados publicados no site do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa.
Em Novembro passado, o volume das trocas comerciais desceu 8,56% em relação ao mês anterior para 12,682 mil milhões de dólares.
Em Outubro de 2018, as trocas comerciais entre a China e os países lusófonos tinham registado um aumento de 1,8% em relação a Setembro, para 13,9 mil milhões de dólares, enquanto entre Janeiro e Outubro passados, o comércio bilateral foi 122,300 mil milhões de dólares (107,6 mil milhões de euros), ou mais 24,8%.