Subiu para dois o número de pessoas que morreram por causa da cólera em Sofala. A última vítima foi registada na semana finda, no distrito de Caia, e a primeira, em princípios deste ano, no distrito de Marínguè.
Este segundo óbito acontece numa altura em que as autoridades suspeitam que a doença já tenha atingido o distrito de Nhamatanda, onde há, nos últimos dias, registo alarmante de casos de diarreias em adultos.
Nhamatanda é um corredor, pelo que o sector da saúde considera preocupante o registo das diarreias e activou uma equipa rápida, que já colheu amostras, que estão a ser analisadas.
“Activámos, igualmente, o Centro Operativo de Emergência distrital ao nível de Nhamatanda, no sentido de se fazer a vigilância e apurar a origem dos casos, como, por exemplo, vigilâncias epidemiológicas, isto é, se viajaram para áreas de risco. Com estes dados, vamos tratar todos os casos de diarreias em Nhamatanda como cólera, até prova contrária. Portanto, os casos de diarreias alarmantes em Nhamatanda estão em estudo e, a qualquer momento, caso as amostras sejam positivas, iremos declarar cólera naquele distrito”, explicou Priscila Filimone, directora provincial de Saúde em Sofala.
Em Sofala, já foram registados 1190 casos de cólera em cinco distritos. Em dois deles, nomeadamente Marínguè e Caia, há regressão dos casos.
Ainda em Sofala, o sector da saúde recebeu cinco viaturas, duas delas acopladas com um frigorífico, entregues pela Secretária de Estado (SE), que irão reforçar o transporte de vacinas e técnicos de saúde para o campo, em actividades de prevenção de doenças.
A SE garantiu, entretanto, que há stock suficiente de medicamentos para os próximos nove meses. 80 por cento dos medicamentos são para doenças comuns e 20 por cento, para doenças que necessitam de cuidados especiais.