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Cólera ameaça continente africano

Foto: Observador

Mais de mil milhões de pessoas, em 43 países, incluindo Moçambique, correm risco de contrair cólera. Segundo a Organização das Nações Unidas, os países mais afectados, em 2023, são até agora Moçambique e Malawi.

A cólera continua um desafio tanto para a saúde quanto para o desenvolvimento. Os surtos ocorrem num contexto de eventos climáticos extremos, conflitos e recursos financeiros limitados.

A Organização Mundial da Saúde estima que mil milhões de pessoas em 43 países corram o risco de contrair a cólera. Desde o início do ano corrente, 24 países relataram surtos da doença. Moçambique e Malawi são os mais afectados até agora.

Burundi, Camarões, República Democrática do Congo, Etiópia, Quénia, Somália, Síria, Zâmbia e Zimbabwe são outros países considerados em “crise aguda”.

A cólera, que se alastra rapidamente com a falta de água potável e condições sanitárias adequadas, causa diarreia e vómitos e pode ser particularmente perigosa para as crianças.

Segundo a ONU, 2022 foi um ano sem precedentes em relação a surtos de cólera. Houve um aumento de 50% no número de nações com casos da doença, se comparado a 2021. Em Janeiro de 2023, os casos registados estiveram 30% acima do total de todas as notificações do ano passado.

Há falta de recursos para combater a pandemia, segundo a ONU, que destaca que são necessários cerca de 600 milhões de euros para combater a doença.

A organização alerta que quanto mais tempo se esperar para mitigar a cólera, a situação pode agravar-se.

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